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terça-feira, 4 de setembro de 2018

23º DOMINGO TEMPO COMUM ANO B-José Salviano


23º DOMINGO TEMPO COMUM
ANO B
9 DE SETEMBRO DE 2018

EVANGELHO - MC 7,31-37

-ESTAMOS SURDOS?-José Salviano

PRIMEIRA LEITURA
         O profeta Isaías está anunciando a vinda daquele que nos salvará dos pecados, que nos aliviará dos nossos sofrimentos físicos, mentais e da alma. Porque para Deus nada é impossível...


SALMO
         É o Senhor que alimenta os famintos, aqueles que estão na calçada e só têm a roupa do corpo, e às vezes nem isso.  Pois é Ele que toca o nosso emocional, que nos conduz a ter pena dos necessitados, e nos faz dar o que nos sobra para matar a sua fome.

SEGUNDA LEITURA
         Não devemos fazer acepção de pessoas.  A palavra acepção, significa distinção, separação, escolha, etc.  Fazer acepção de pessoas é escolher uns e rejeitar outros. Deus não faz acepção de pessoas, por que Ele não nos acolhe pela  raça, pela cor, pela beleza, pela riqueza, pela inteligência, nem pela perfeição. Entre os dos 12 apóstolos havia: Pecadores, menos inteligentes, e todos eles, como acontece conosco, tinham seus respectivos defeitos. 
         Então, meus irmãos, e irmãs, por que nós nos achamos no direito de fazer acepção de pessoas? Por que achamos que os mais inteligentes, os mais importantes socialmente, as mais bonitas, aqueles que falam bem, os bem nascidos, devem ser os preferidos para serem nossos amigos, os admitidos em nossa comunidade?
           É, meus irmãos. Será que lá na sua comunidade todos são acolhidos de braços abertos? Ou será que os bem vestidos são bem acolhidos enquanto que  os mal vestidos são ignorados? Não foi isso que Jesus nos ensinou com palavras e com exemplos.  Tiago em sua carta nos explica de forma bem simples  e detalhada, que não podemos fazer discriminação, principalmente no meio da comunidade cristã, isso não pode acontecer.
         Quando tratamos de modo especial aquele que está bem vestido e desprezamos o mal vestido, estamos sendo juízes com critérios injustos, critérios egoístas, interesseiros, e contrários ao Evangelho.  E isso acontece porque  muitos de nós que nos apresentamos como cristãos seguidores do Filho de Deus, não agimos conforme o Cristo nos ensinou com palavras e exemplos.
         Jesus fez exatamente o contrário. Ele escolheu, deu preferência aos pobres, os discriminados, os excluídos, os marginalizados, os sofredores, injustiçados...  Ele fez isso principalmente para conduzi-los a terem uma fé grande e merecedores da salvação eterna. Pois os pobres podem ser ricos na fé. Ora, dizemos que podem, pois sabemos que nem todos os humildes são pessoas contritas, e obedientes a Deus. Sabemos que muitos são revoltados com a sua condição social, e o Demônio encontra nesse aspecto, uma grande oportunidade para instigar o pobre a ser violento e mais pecador, e portanto, merecedor do inferno.
         Porém, a maioria dos pobres, são humildes, e portanto, parecidos com um solo fértil, receptível a palavra de Deus, e ao seu Plano de salvação.  E é nesse espaço que vamos trabalhar, semeando a palavra de Deus. E para isso, precisamos seguir as palavras do Papa Francisco, o qual nos aconselha a sair do nosso conforto, e nos aventurar pela periferia, para levar aos irmãos distantes, a semente que germinará e fará crescer o Reino de Deus entre nós.
         Fazendo isso estamos dizendo NÃO a violência, ao desespero, ao ódio do rico gerador de muitos crimes, e principalmente não a condenação dos nossos irmãos marginalizados. Deus não faz acepção daqueles nossos irmãos. Nós também não devemos fazer! 
                 
         Caríssimos. Precisamos tomar muito cuidado com esse tipo de escolha. Pois ela pode custar a nossa condenação eterna!  É sério! Você acha que estamos exagerando? Então faça o seguinte: Tente se enturmar  em uma comunidade de um bairro de classe alta. Mas vai lá com a sua pior roupa. Aquela bem surrada, ou fora de moda. Você vai sentir na carne o desprezo daqueles que mesmo sendo cristãos, vão olhar você de cima para baixo, e em seguida ignorá-lo Podem até lhe dar a mão na hora do abraço da paz. Mas... será um gesto frio... mesmo que o dia esteja fazendo aquele calor.. ,

EVANGELHO

Será que estamos surdos?

         Como  já fora anunciado pelo profeta, Jesus abre os ouvidos daquele homem e sua língua se soltou, e ele que era mudo, voltou a falar fluentemente.
         Aquele homem surdo falava com muita dificuldade. Isso porque o mudo não fala por que não escuta. Pois não escutando, ele não aprendeu a falar.  Nós aprendemos a falar porque desde pequenos escutamos as demais pessoas falando em nossa volta. E todos falavam a nossa língua. Por isso, não vamos ver uma criança francesa falando inglês e uma criança grega falando francês.  Copiamos  a fala que desde cedo escutamos. Mas para isso é preciso que escutemos.
         Do mesmo modo, encontramos hoje muitas pessoas surdas espiritualmente, no que se refere à palavra de Deus, pois elas não ouvem desde crianças, ninguém em casa falando de Deus, ou sobre o Evangelho. O que elas escutam?  Palavrões,  xingamentos, desafetos e desamor por parte dos adultos que as cercam, inclusive os seus próprios pais.
          A surdez espiritual nos torna uns inúteis ao Reino do Céu. Nos torna como aquela figueira que não dava frutos. Pois assim como o mundo que não fala por que não escuta, a surdez espiritual, é ocasionada pela falta de ouvir e de ler a palavra de Deus. Assim, se não aprendemos a mensagem de Jesus, não podemos falar de Deus ao nosso irmão, e nos tornamos uns inúteis nesta vida passageira, cujo objetivo nosso, é ouvir a Deus, ouvir sua palavra, praticá-la, e levá-la ao irmão, a irmã. Se não agimos assim, nos tornaremos como palhas que devem ser jogadas ao fogo. Fogo ardente.
         Por outro lado, existe outro tipo de surdez. Nós somos surdos aos queixumes dos nossos irmãos.  A convivência humana é composta de um dar receber. Mas no nosso egoísmo, nós queremos somente receber. Queremos tudo o que temos direito dos nossos familiares e amigos: Queremos que ouçam o que falamos com toda atenção e respeito, queremos  compreensão, amor, carinho, palavras de incentivo, elogios, acolhimento, inclusão, e muito mais. 
         E em troca de tudo isso o que nós damos aos demais? Desatenção, críticas, xingamentos, cara emburrada, indiferença...
         Queremos o amor dos nossos filhos. Porém nós o amamos na teoria e na prática?
         Exigimos o amor dos nossos pais. E nós? O amamos de verdade?
         A esposa reclama o carinho do marido. E ela? Faz a sua parte sem reservas?
         O esposo exige compreensão, fidelidade  e a total entrega de sua esposa a qualquer hora.  E Ele? É totalmente dela em pensamentos, palavras e obras?
         Com os seus amigos você não admite piadinhas e criticas...
         E você? Nunca "tirou um sarrinho" dos seus colegas? Nunca falou mal de ninguém? Nunca colocou apelidos pejorativos  em nenhum deles?
         No campo da sobrevivência também ocorre o mesmo. Uma grande maioria das pessoas, querem ter tudo o que tem direito e muito mais: Muito dinheiro, conforto, prazer, lazer...
         Porém, essas pessoas gostam de planejar um atalho para se completar naquilo que buscam.  E fazem isso através do roubo, da corrupção, da venda de produtos ilegais que destroem a saúde, usando a esperteza, a astúcia, o jogo de influências, e a violência! Ou seja, fazem política.
         A palavra política, significa: A arte ou a maneira de agir para se conseguir alguma coisa.
Exemplos: A filha interessada em ganhar um novo celular da hora de presente do seu pai, dias antes do seu aniversário, ela se torna dócil, e carinhosa para com ele. 
O patrão, querendo absorver ou sugar mais esforços dos seus empregados com o objetivo de aumentar os lucros, começa a tratá-los de forma mais agradável.
O paquerador, com o objetivo de conseguir mais intimidades no relacionamento com sua namorada, passa a tratá-la com muita gentileza, e fingindo não ver nenhum dos seus defeitos. É por isso que muitos dizem que o casamento estraga o relacionamento. Isso porque na convivência diária, começa a vir à tona, os defeitos de cada um. E sem fraternidade, sem amor ao próximo e sem fé, o relacionamento "vai para o brejo!"
         Porém, felizmente existem aqueles como você, que sabem que é dando que se recebe, e primeiro tratam os outros como gostariam que eles o tratem. Há ainda muitas pessoas no mundo que semeia  amor, e colhem amizade e compreensão, e futuramente, a salvação. E muitos buscam a sua sobrevivência pelo modo certo, honesto, e difícil. Por isso esses têm a consciência tranquila do dever cumprido. Existem também bons patrões, que sabem que para se conseguir colaboração dos seus empregados, é preciso também e por sua parte, serem justos com eles.
         Prezadas irmãs e prezados irmãos.  Roguemos ao bom Deus que abra os nossos ouvidos, para que possamos escutar a sua palavra, para que a nossa mudez tenha um fim e assim possamos  também praticá-la, levando-a ao irmão para que ele também não seja surdo e mudo.


Bom domingo, José Salviano.

Um comentário:

  1. Eu, Jair Ferreira da cidade de Cruz das Almas - Ba todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo.

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