Quinta-feira, 11 de
janeiro de 2018.
Evangelho: Mc 1, 40-45
Libertai-nos, Senhor, pela vossa compaixão! (Sl
43)
O evangelista Marcos não descreve o
lugar onde o leproso encontra com Jesus, mas
fica cheio de ira quando um homem
de joelhos pede a cura da lepra: “se queres, tu tens o poder de me
purificar”.
Jesus contradiz a lógica da
sociedade e toca no homem doente e liberta das feridas. Como pode ficar furioso
com o pedido da cura e ainda tocá-lo? Diante da leitura do versículo 40 do
capítulo um, pode assustar o leitor.
Ademais, Jesus sempre é descrito como libertador e amigo dos marginalizados,
jamais um perverso que escandaliza os pobres excluídos.
Entretanto, um
leproso na época de Jesus não tinha o direito de viver nos centros urbanos. Era
excluído da sociedade. Vivia isolado, distante das pessoas com intuito de
preservá-las sadias. Diante da situação
do enfermo era impedido participar dos atos religiosos, pois se alguém o
tocasse, ficaria impuro.
O nervosismo de
Jesus foi com a sociedade injusta e discriminadora. Como pode uma sociedade que
preza os ensinamentos de Moisés, ter bons sacerdotes oradores nos templos,
rejeitar membros doentes? Uma sociedade
que preza a doutrina do Evangelho deve observar a unidade e o apoio da todos
com equidade. Trazer o enfermo para si e dar suporte necessário para libertar
do mal. Somente com ajuda e o comprometimento
social que muitos males devem deixar de incomodar o bom convívio mútuo.
Mais uma vez
Jesus mostra com tenacidade o projeto de vida, pois, a vida deve estar acima de
qualquer privilegio. A vida feliz se concretiza na participação e no
acompanhamento social. Como pode alguém ser feliz excluído do meio social? Como
pode julgar uma sociedade harmoniosa
quando seus membros são deixados a mercê da sociedade, largado a própria
sorte? Como pode visualizar transformações relevantes numa sociedade
maléficas que mata aos poucos seus
integrantes? Assim, entende-se a ira de
Jesus, não com o leproso, mas com os dirigentes e com os sacerdotes.
Ao mandar o
homem curado do enfermo embora e se possível ir ao templo dar testemunho da
cura para contradizer os sacerdotes, Jesus não quer interpretação falsa da sua
atitude e nem ficar popular diante da sociedade. Mas expressar aos poderosos da
cidade que nada poderá impedir que a felicidade se completa na pessoa. Todos
têm o direito de ser feliz e ter saúde.
A felicidade do
homem curado foi tamanha que não cumpriu o que Jesus pediu de não revelar a
cura. Mesmos assim a multidão acerou em torno de Jesus. Ele foi morar distante
da cidade no meio do povo marginalizado para dar testemunho da sua vinda.
A lepra no
Evangelho representa a podridão da sociedade injusta. O cuidado com o povo não
estava sendo realizado, deixando muitos cidadãos morrendo a míngua. Neste
caso, a dignidade reservada ao povo como
direito não está sendo assegurada, deixando a desejar a prática acionária de
atender as necessidades prioritárias do povo. O exemplo de Jesus de curar o
enfermo foi uma dica para os administradores da sociedade: primeiramente
acomodar os cidadãos com excelência e depois realizar projetos com intuito de
crescimento social.
Portanto, há
muita coisa a se fazer para os marginalizados. Eles são pessoas que merecem
toda atenção e cuidado. Se alguém tem o poder e a chance de acelerar a saída da
marginalidade, as pessoas isoladas dos recursos disponíveis, não deve perder
tempo, quanto antes ajudar os irmãos necessitados, mais rápidos sua tarefa está
sendo cumprida. O que não pode é deixar irmãos morrerem por falta de cuidado ou
por arrogância própria. Sejamos um
libertador do mal. Amém.
Abraços
Claudinei
M. Oliveira
Eu, Jair Ferreira da cidade de Cruz das Almas - Ba todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo.
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