07- Segunda
- Evangelho - Lc 6,6-11
Bom
dia!
Vejamos
o que a reflexão proposta pelo site da CNBB propõe para hoje:
“(…)
Duas perguntas podem ser feitas a partir do Evangelho de hoje: a primeira é
sobre o motivo da existência da lei, e a segunda é sobre a nossa atitude em
relação ao modo de agir das outras pessoas. No primeiro caso, a lei pode
existir tanto para garantir direitos como para ser instrumento de opressão e de
dominação. Os fariseus e os mestres da Lei fizerem da Lei de Deus não um meio
para garantir o bem, mas um meio de estabelecerem relações de poder e
dominação. No segundo caso, quando uma pessoa faz algo que nos surpreende, nós
podemos condená-la e excluí-la porque não segue os padrões da normalidade ou
podemos buscar os seus motivos, e talvez aprendamos novas formas de amar“.
Esse
texto me fez refletir muito quanto à forma que respondemos as necessidades dos
irmãos. Será que ao ver alguém retornar ou “cair na real” após uma falta,
deslize ou fraqueza o recebemos? Será que seus erros são mais importantes que o
seu desejo de voltar? Que conceitos ou pré-conceitos temos antes de ajudar?
Um
exemplo. Aqui na cidade nossos semáforos estão tomados por malabares e artistas
de rua que em troca de uma moeda, fazem aquele tempo do sinal vermelho ficar
mais curto. Ao passar o chapéu, colaboramos? Por que não? E por que deveríamos?
Uns dirão que não dão para não incentivar esse trabalho e esse tipo de vida;
alguns já não ajudam, pois dizem que o dinheiro se converterá em bebida ou
drogas; outros ajudam reconhecendo o esforço, mas uma coisa é certa, todas as
opiniões são possíveis dentro do SEU PONTO DE VISTA.
Será
que Jesus fez mal em curar no Sábado? Será que o Senhor deveria ter indagado
sobre a vida do rapaz da mão seca, sobre os motivos que levaram a ficar daquele
jeito; se ele mereceria ou não ser curado?
Bem
sabemos que a esmola não ajuda na mudança de vida daquele rapaz do sinaleiro,
mas se deu, foi dado, foi uma recompensa, ponto! Sabemos que esse gesto não o
ajudará a sair dessa e agarrar a uma nova proposta, um trabalho formal, a busca
de horizontes, mas quem foi que disse que todos nós precisamos ser empregados
de alguém? Um cigano precisa trabalhar de carteira assinada? Um índio tem que
falar português?
Jesus
ao curar aquele homem nota em seu coração a vontade que querer mudar aquilo que
vivia, pois o orgulhoso, mesmo vivendo a pior das situações não reconhece, não
“levanta à mão”, não baixa a crista! A vontade de curar de Jesus se baseia no
fato que aquele simples gesto poderia encorajar aquele homem a mudar de vida e
muitas vezes não permitimos o milagre apenas embasado no MEU PONTO DE VISTA, no
que penso, no que acho…
“(…)
O olhar de Cristo esconde nas entrelinhas complexos fenômenos intelectuais e
uma delicadeza emocional. Mesmo no extremo da sua dor ele se preocupava com a
angústia dos outros, sendo capaz de romper o instinto de preservação da vida e
acolher e encorajar as pessoas, ainda que fosse com um olhar… Quem é capaz de
se preocupar com a dor dos outros no ápice da sua própria dor? Se muitas vezes
queremos que o mundo gravite em torno de nossas necessidades quando estamos
emocionalmente tranqüilos, imagine quando estamos sofrendo, ameaçados,
desesperados”. (Augusto Cury – Mestre dos mestres)
Jesus
questiona os motivos daqueles que desejam que o milagre não aconteça e ao
deparar com a inveja e os falsos valores, possivelmente se entristece, mas não
deixa de cumprir sua missão.
Não
permitamos que nossos pré-conceitos nos afastem de realizar ou sermos o milagre
na vida dos irmãos!
Um
imenso abraço fraterno.
Nenhum comentário:
Postar um comentário