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quinta-feira, 25 de junho de 2020

PEDRO E PAULO PLANTARAM A IGREJA E A REGARAM COM SEU PRÓPRIO SANGUE - Maria de Lourdes Cury Macedo.



Domingo, 28 de junho de 2020.
Evangelho de Mt 16,13-19.       

“O coração desta liturgia é a memória dos apóstolos Pedro e Paulo, as duas testemunhas mais marcantes do cristianismo das origens, cujos legados se estendem pelos séculos afora. Um pescador galileu transformado em pescador de seres humanos; um fariseu fanático e perseguidor de cristãos que se tornou apóstolo das nações. Ambos assumiram um protagonismo incomparável nas primeiras décadas do cristianismo, a ponto de aventarmos que o livro dos Atos dos Apóstolos poderia tranquilamente ser chamados de Atos de Pedro e Paulo. Com caminhos e métodos diferentes – como eram tão diferentes em personalidade e história de vida -, tiveram em comum a paixão por Jesus Cristo e o zelo pelo seu evangelho, recebendo, como prêmio,  coroa do martírio”. (Vida Pastoral – junho de 2020 pág. 62). 
A Solenidade de São Pedro e São Paulo leva-nos a refletir sobre a importância desses dois grandes santos da Igreja, Pedro representando a instituição, Igreja: "Tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja" (Mt16,18) e Paulo representando o papel missionário da Igreja no mundo. Eles são considerados as duas colunas, as pedras fundamentais da Igreja. Dois Grandes evangelizadores atuaram em campos diferentes, divergiram em pontos de vista, desentenderam-se também, mas o grande amor pelo Mestre Jesus e o forte testemunho os uniram na vida e no martírio. A vida, a paixão, a morte e ressurreição de Cristo foi um prolongamento na vida e no martírio de Pedro e de Paulo, porque não só tomaram a cruz no sentido de assumir a cruz de Cristo, mas a experimentaram totalmente no sofrimento, perseguição e morte. Nessa Solenidade também nos lembramos do nosso querido papa Francisco continuador do anúncio fundamental de Cristo.
O episódio do evangelho de hoje acontece bem ao norte da Galileia, na cidade imperial de Cesareia de Filipe (filho de Herodes, o Grande). Nesse lugar o culto ao imperador era imposto, ele era uma divindade a ser adorada, respeitada, obedecida. E bem nesse lugar Jesus faz pergunta aos seus discípulos provocando uma resposta, que manifesta a divindade d’Ele, pela boca de Pedro, que o proclama como o Filho de Deus, o Messias. Assim podemos considerar que a religião imperial foi desmascarada pela messianidade de Jesus.
Quando Jesus perguntou aos discípulos o que o povo dizia a respeito do Filho do Homem, Ele não estava preocupado com sua pessoa, mas com o entendimento do povo e principalmente com seus discípulos, pois esses teriam que anunciar a todos a sua mensagem. Era muito importante que seus discípulos e apóstolos entendessem, reconhecessem que Ele era o Messias enviado por Deus, que trazia a esperança e a libertação para todos, para a humanidade inteira.
Naquele tempo o povo esperava um Messias glorioso, lutador, valente que pegaria em armas e expulsaria os romanos de seu território libertando sua pátria da escravidão que vivia. O perfil de Jesus não era esse, Ele veio ensinar a verdade, o amor, a fraternidade, a justiça, a paz..., denunciar a falsidade do culto ao imperador romano que se dizia ser filho de uma divindade.
Jesus já estava sendo conhecido como um grande profeta pelos milagres que fazia, pelo acolhimento a todos, pela sua misericórdia aos doentes, pecadores, pobres, excluídos, marginalizados. Mas nem o povo e nem os seus discípulos ainda não tinham a clareza que Ele era o Messias esperado.
O Pai do céu revelou a Pedro que Jesus era o Messias, o Filho de Deus. “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!” (v16). Em outras palavras Pedro está dizendo: nós acreditamos que tu és o Salvador prometido. Tu és aquele que vem com o poder de Deus para nos salvar. Pedro em nome dos discípulos está declarando sua fé, sua confiança completa em Jesus.
Jesus tornou Pedro o chefe da Igreja. Jesus disse a Pedro: “És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que te revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus. E Eu também te digo a ti: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a Minha Igreja, e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na Terra ficará ligado nos Céus, e tudo o que desligares na Terra ficará desligado nos Céus”. Assim Jesus fundou sua Igreja na profissão de fé em Cristo, feita por Pedro. Jesus confiou a Pedro a missão de ser o chefe deste novo povo, a Igreja, pedras vivas, gente que ama, que leva o nome de Jesus a todos com amor, fé responsabilidade, entusiasmo, gratidão, misericórdia...
Pedro recebeu das mãos de Jesus a missão de ser o primeiro papa, aquele que tem como missão confirmar os irmãos na fé, e a responsabilidade em manter a unidade da fé em Cristo e na Igreja. Pedro ficaria no lugar de Jesus para comandar o grupo dos apóstolos e todos que se convertessem ao cristianismo.  Em nome do Senhor deve ensinar e julgar, isto é, ser porta-voz da vontade de Deus. Jesus simboliza a missão que está dando a Pedro pela entrega das chaves do Reino dos céus. O poder de ligar e desligar indica a autoridade para transmitir a doutrina do Mestre e decidir o que é de acordo ou contrário ao evangelho.
É exatamente isso que Jesus espera de cada um de nós. Quer que nos tornemos ‘Pedro’, quer ver-nos convertidos em ‘Paulo’. Jesus quer ver suas ovelhas apascentadas e quer que façamos das nossas vidas uma carta viva, com exemplos concretos de como viver o amor. Não podemos nos esquecer de que somos Igreja e que podemos evangelizar onde estivermos, em casa, na nossa comunidade, em toda pequena ou grande missão cotidiana de anunciar Jesus.
Essa Solenidade de São Pedro e São Paulo é uma excelente oportunidade de revermos nosso comportamento como discípulos e discípulas, avaliarmos se estamos centrados no poder ou no serviço. Se nosso serviço está apontando para Jesus que nos liberta do pecado, dos males e até de nós mesmos.
Festejemos hoje, com muita alegria, gratidão e fé as duas colunas da Igreja: Pedro e Paulo! Rezemos pelo nosso papa Francisco!
        
Abraços em Cristo!
Maria de Lourdes


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