Dia 24 de Junho de 2020
Evangelho de Lc1,57-66
Com grande alegria, celebramos hoje, a natividade de São João Batista, o único santo, além da Virgem Maria, cujo nascimento é celebrado.
O evangelho que a liturgia deste dia, nos convida a refletir, narra o acontecimento que marcou a passagem do tempo da espera, para o tempo da realização das promessas de Deus. Com o nascimento de João Batista, iniciou-se uma nova etapa da realização do projeto de Deus, iniciado na concepção de Maria.
Devido a significante participação de João Batista, na história da salvação, a liturgia de hoje, própria desta festa, nos apresenta o nascimento e a missão profética deste grande homem, que ajudou e que ainda continua ajudando nossas comunidades de fé, a trilharem o caminho aberto por ele, para chegar à Jesus.
A vida de João Batista, o maior de todos os profetas que precederam Jesus, foi marcada por grandes contrastes, ao mesmo tempo em que ele vivia o silencio do deserto, ele movia multidões, o próprio Jesus o reconhecia como o maior dentre os nascidos de mulher, (Lc
7,28).
João Batista desempenhou um papel importantíssimo na história da salvação, ele veio dar testemunho da Luz, abrir caminho para o encontro do humano com o Divino. Encontro este, que ele experimentou ainda no ventre de sua mãe Isabel. (Lc1,41)
São João Batista, o santo mais popular da Igreja, experimentou, durante sua vida terrena, a força dos dois lados do coração humano: a força do amor, que gera vida e a força do ódio que gera morte. Os opositores do projeto de Deus tiraram sua vida, mas não conseguiram calar a sua voz, voz, que continua ressoando com mais intensidade ainda, no coração da humanidade, de geração a geração: “Convertei-vos e credeno evangelho”. “Eis o cordeiro de Deus”...
João Batista, assim como Maria, foi um grande exemplo de quem viveu exclusivamente a vontade de Deus, ele não se acomodou nas tradições do seu povo, nem de sua Família, pelo o contrário, ele buscou algo novo, fazendo-se anunciador de um tempo novo, um tempo que traria um novo sentido para humanidade, uma humanidade que se distanciava de sua verdadeira origem.
Como João Batista, nós também, viemos ao mundo com uma missão: realizar a vontade de Deus na vivencia do amor, e assim sendo, devemos assumir o compromisso de cultivar em nossos corações, a disposição de renovarmos a cada dia mediante a palavra de Deus que é sempre atual.
Colocar Jesus, como centralidade da nossa vida, como fez João Batista, é pensar, é viver, é falar é mover em função do amor!
A festa de hoje, nos convida a refletir sobre a importância do profetismo. O mundo requer urgentemente de pessoas que façam a diferença, de homens e mulheres que a exemplo de João Batista, apontem algo novo, renovador, no sentido de suscitar nos corações das pessoas, sentimentos positivos.
Há uma necessidade muito grande de profetas, profetas que não se calam diante as injustiças que desfilam diariamente diante dos nossos olhos, profetas, que estejam dispostos a dar a vida, se preciso for, pela causa do Reino!
Na maternidade da anciã Isabel, nos é revelado o poder grandioso de Deus, mostrando- nos que para Deus, o impossível não existe.
Podemos dizer que o ventre antes estéril de Isabel, simboliza a humanidade sem vida, mas que ao receber a intervenção amorosa de Deus, passa a gerar vida! Duas das grandes virtudes que marcou a vida de João Batista, foi a humildade e a coragem. Ele sempre se colocou no lugar de mensageiro, não aproveitando do seu prestígio junto ao povo, para se autopromover, ele não intimidou frente aos poderosos.
Como Anunciadores da Boa Nova do Reino, peçamos a Deus, a graça da humildade e da coragem de João Batista; humildade, para reconhecer que somos apenas uma seta a indicar Jesus, corajosos para anuncia-Lo, mesmo entre os que o rejeita.
São João Batista rogai por nós...
FIQUE NA PAZ DE JESUS! Olivia Coutinho
Como sempre suas reflexões são belíssimas. Deus lhe abençoe cada vez mais.
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