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quinta-feira, 11 de junho de 2020

11o Domingo do Tempo Comum-Jorge Lorente


Evangelhos Dominicais Comentados
14/junho/2020 – 11o Domingo do Tempo Comum
 Evangelho: (Mt 9, 36-10,8)
 Vendo o povo, Jesus sentiu compaixão dele porque estava cansado e abatido, como ovelhas sem pastor. Então disse a seus discípulos: “A colheita é grande mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao dono da colheita que mande trabalhadores para a sua colheita”. Jesus convocou os doze discípulos e deu-lhes poder sobre os espíritos impuros para os expulsarem e para curarem toda enfermidade e doença. Os nomes dos doze apóstolos são os seguintes: o primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o cobrador de impostos; Tiago filho de Alfeu, e Tadeu; Simão o Zelotes e Judas Iscariotes, que o traiu. Estes doze Jesus os enviou, com estas recomendações: “Não sigais pelos caminhos dos pagãos nem entreis em cidade de samaritanos. Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel. Pelo caminho, proclamai que está próximo o reino dos céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os demônios. Recebestes de graça, dai de graça!”
 O evangelho de hoje nos mostra a grande preocupação de Jesus com aqueles que o seguem. Vendo a multidão sofrida, abatida e cansada, Jesus sente compaixão. O povo está sozinho e desorientado.
Preocupado e compadecido, Jesus pede ajuda para poder mudar aquela situação. Convoca imediatamente os doze apóstolos para que dêem continuidade à sua missão libertadora. Todos os apóstolos, todos os discípulos são encarregados de cumprir a obra salvadora do Pai.
Este evangelho de Mateus tem uma dimensão vocacional e, acima de tudo, uma dimensão missionária. Tem também a pretensão de lembrar-nos que, ainda hoje Jesus nos pede ajuda. Ele quer ser ajudado e sabe que somente doze não bastam. O Mestre precisa, urgentemente, de milhares de operários.
Jesus pede vocações, quer nossas orações para que mais operários se apresentem e nos dá o exemplo de como agir. O verdadeiro missionário deve estar permanentemente em ação, sem desanimar, nem se desesperar.
No entanto, observe que Jesus não fica esperando o tempo passar e fazendo planos futuros. Ele sabe que se não agir rapidamente, milhares de ovelhas jamais encontrarão o caminho de volta. Tem que tomar providências urgentes, por isso, no mesmo instante, envia em missão a totalidade dos voluntários que dispunha... os doze.   
Se pudesse contar com milhares, teria enviado milhares. Se tivesse apenas um voluntário, enviaria apenas um. Mas, se não houvesse ninguém, com certeza, como sempre fez, iria pessoalmente em socorro da multidão cansada, abatida e oprimida. Tudo faria para dar alento às ovelhas sem pastor.
 “Não se preocupem com os pagãos, nem entrem nas cidades dos samaritanos! Procurem antes as ovelhas perdidas da casa de Israel”. Com estas palavras, Jesus deixou clara a sua preocupação com as ovelhas desgarradas, aquelas que um dia já foram propriedade sua.
Jesus conhece cada uma pelo nome e quer nosso empenho para recuperá-las. Precisam de proteção. Longe de Deus, fora do curral os riscos são enormes. São ovelhas vulneráveis, rodeadas de perigos e precisando de ajuda para retornar. A continuidade dessa obra, a salvação da humanidade, depende de cada um de nós. 
Nós somos os operários. É nossa a missão de levar alento e segurança para milhares de ovelhas sem pastor, cansadas, abatidas, sem fé nem esperanças. Ovelhas que desconhecem a Palavra de Deus, sozinhas e desgarradas pelo mundo e a mercê dos predadores.
Vamos rezar por nossos pastores, pelas vocações e por todos que dedicam suas vidas para a libertação dos irmãos. Rezar acima de tudo, por nós mesmos, para que sejamos de fato, um sinal de esperança para nossos irmãos  tão distantes da paz e do amor, distantes de Deus. 
Vamos viver a gratuidade do amor, porque de graça devemos dar tudo àquilo que de graça recebemos.  


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