29 de Maio-2020
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terça-feira, 26 de maio de 2020
-PEDRO, TU ME AMAS?-José Salviano.
Evangelho Jo 21,15-19
O três é um número completo. Na cultura judaica, ele era sinal de
perfeição. Jesus disse a Pedro que antes que o galo cantasse pela terceira vez,
Ele o trairia também 3 vezes. E assim aconteceu.
Depois de ressuscitado, Jesus perguntou a Pedro: Pedro, tu me amas?
E repetiu isso por três vezes. Foi então
que Pedro ficou triste, pois lhe caiu a fixa, e ele percebeu o que Jesus estava
fazendo. Assim como
E apesar de Pedro ter ficado com medo naquela noite de agonia de
Jesus, e o ter negado, Jesus o perdoou, e o escolheu para cuidar do rebanho
mundial, a Igreja que estava nascendo ali entre o ressuscitado e os seus
apóstolos, tendo como o líder principal, aquele que embora tenha fraquejado,
foi perdoado pelo amor do Pai em Jesus Cristo.
O perdão é necessário na vida comunitária, familiar e social. Sem
perdão não haverá continuidade da harmonia, da vida em sociedade, seja a pequena
ou a grande família.
Constantemente estamos cometendo erros. E os nossos erros atingem,
afetam os nossos companheiros de caminhada. Seja o professor, seja o irmão de
sangue, seja o pai, a mãe, vizinhos, etc.
Para que a nossa caminhada
partilhada tenha continuação, é preciso o perdão sincero. É
necessário perdoamos e que também nós
sejamos perdoados, constantemente, nos mínimos contatos. Pois o tempo todo estamos errando. Seja de
forma voluntária, ou mesmo intencional.
Se o amor entre o casal foi ferido com a traição, urgentemente se
faz necessário o perdão. E quem ama perdoa, esquece tudo e volta as boas
novamente.
Quem não ama, que em sua mente só guardar o ódio, o ressentimento,
nunca vai perdoar, e um dia vai terminar
a sua vida sozinho. Pois a solidão é o castigo natural e merecido de quem não
consegue perdoar, e muito menos reconhecer os seus erros e pedir perdão.
Se o amor ao irmão foi arranhado, então se faz necessário pedir
perdão. Logo após um atrito, uma briga, é quase impossível, para a maiorira das
pessoas, o pedido de perdão. É necessário deixar as coisas se esfriarem, para
então, numa oportunidade, voltar, reconhecer, e se desculpar. Assim é que que
funciona melhor. Em muitas vezes,
ficamos sem jeito de proferir a palavra perdão, ou me desculpa. Neste caso, o
pedido de perdão poderá ser substituído por pequenas brincadeiras, as quais
demonstram que o que se passou não foi nada e que a amizade continua sem mais
problemas.
Se o amor a Deus foi
truncado pelo egoísmo, pela idolatria, pelo pecado, é necessário o reconhecimento, o arrependimento, e a
confissão do mesmo pecado. Depois da absolvição, e de cumprir a penitência, a
amizade com Deus está completamente restabelecida.
Pedro, tu me amas? Quem ama demonstra o seu amor, perdoando,
tolerando os defeitos do outro, da outra. Pois o amor leva ao perdão, e a volta da amizade, a
volta do amor.
O rancor, o ódio, a dificuldade pessoal de perdoar, leva a solidão.
Quem não consegue perdoar, sozinho vai ficar.
Jesus perdoou a Pedro, por ter reconhecido a sua situação de perigo
naquela noite. Porém, Jesus reconheceu
que Pedro embora estivesse com medo de também ser preso, ele estava ali,
naquele velório, muito triste com tudo o que estava acontecendo.
Muitas vezes nós pecamos, sem o querer. Fazemos algo que não é
totalmente certo, e que nós não admitimos, impelidos pela própria solidão, pela raiva,
pelas injustiças, pelo instinto represado, etc.
E Deus, em sua bondade e no seu amor infinito, reconhece tudo isso
e nos dá mais uma chance, como fez a Pedro. O Pai nos perdoa quantas vezes
forem necessárias.
Sem amor não há perdão. Sem perdão não haverá mais amor, o amor não
continuará, e só restará a amargura da solidão.
Perdoe para que você seja também perdoado, tanto pelo seu irmão
como por Deus que nos perdoa. Esse mesmo Deus que nos deixou o sacramento da
confissão.
Perdoa e será perdoado(a).
José Salviano
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