Domingo, 5 de agosto de 2018.
Evangelho de Jo 6, 24-35.
O povo não entendeu o sinal
de Jesus com a multiplicação do pão. Procura Jesus na esperança de conseguir
pão com facilidade, sem trabalho, pão para todo dia, espera de Jesus o milagre.
Apesar do povo de Deus esperar pelo Messias, não percebeu que Jesus era o
Messias enviado por Deus. Ele queria que Jesus fosse como Moisés no deserto que
alimentou o povo o tempo todo com o maná.
As ações de Jesus
eram os sinais que Ele dava para o
povo reconhecê-Lo como o Filho de Deus. O povo estava preocupado somente com a
vida terrena. Estava voltado para sua necessidade, no caso matar a fome
biológica e não percebia o que estava sinalizando aquele milagre da
multiplicação dos pães. Via em Jesus um homem poderoso como Moisés que poderia
tornar-se um Rei, resolvendo seus problemas matérias, sociais, políticos,
restabelecendo um Novo Reino de Israel.
Os judeus estavam pensando só no plano material, ao contrário
deles, Jesus estava falando do sobrenatural. Jesus diz-lhes: “Trabalhai, não
pela comida que perece, mas pela que dura até a vida eterna”. Diante da
resposta de Jesus o povo se interessou pela resposta de Jesus e lhe
perguntaram: “Que faremos para praticar as obras de Deus?” Com essa pergunta
Jesus atinge o que queria. Com isso Jesus vai levando o povo a entender aonde
Ele quer chegar. O maná foi enviado por Deus, por intermédio de Moisés, agora é
preciso que se creia naquele que Deus Pai enviou, Jesus Cristo, o verdadeiro
Pão do Céu. Cristo falava de si mesmo: “... o Pão de Deus é o Pão que desce do
Céu e dá vida ao mundo”. Cristo é a Palavra, o Verbo de Deus que se fez homem.
Palavra de Deus é Alimento que orienta e dá força para os homens. Cristo é o Alimento
que dá vida ao Mundo, pois é o Pão enviado pelo Pai aos homens. Os judeus
disseram: “Senhor, dá-nos sempre desse pão!”
Nesse trecho do evangelho fica claro que o Pai e Jesus são
um só. “Deus já deu o pão, o dom-presente. Deus
é pão em Jesus. Não precisa mais pedir. Indo a Jesus e crendo nele as
pessoas participam dessa unidade e comunhão, e fazem parte daquele projeto que
Deus gostaria de ver realizado na humanidade, sem fome e sem sede. A tarefa é
exigente: trata-se de assimilar Jesus e o projeto de Deus da mesma forma como o
organismo assimila o pão. Mas assimilar Jesus é não mais sentir necessidade.
Por que? Porque ele é “pão para a vida do mundo”. Em outras palavras, ele é
amor que se doa. E quem se achega a ele não o faz para preencher a si próprio,
mas para aprender a doar-se e a amar. Quando aprendermos isso, não haverá mais
carentes, pobres ou marginalizados, pois o projeto de Deus que encarnamos é
liberdade e vida para todos.” (Pe. José Bortolini).
Portanto, aprendemos mais uma vez que é preciso ser
solidários e não pensar só em si mesmo, sem se preocupar em partilhar tudo que
temos e somos. Por isso é preciso nos alimentarmos do Pão da vida que é Jesus
para termos forças de caminharmos sempre para frente e não retroceder ou
permanecer na escravidão. Se ainda existe tanta fome no mundo é porque muita
gente não está se alimentando desse Pão da vida como é preciso, isto é
assumindo o compromisso que esse sacramento pede. Não entenderam as propostas
de Jesus, não estão em comunhão com Cristo, apesar de comungar aos domingos.
Quem comunga tem
que se empenhar em transformar o mundo, em ter relações fraternas, só assim não
existirá excluídos, famintos e miseráveis. A Eucaristia é partilha. Deus se dá
todo a nós, a fim de que também nós possamos nos dar totalmente aos irmãos. A
partilha é uma ordem da Nova Aliança é compromisso comunitário. Ao receber
Jesus na Eucaristia nós temos que nos
tornar um outro Cristo para nossos irmãos. Temos que seguir seus
ensinamentos, suas pegadas. “Amar a todos como Ele amou”. Todos que comungam
devem refletir Cristo em todos os lugares onde estiver: em casa, na família, no
trabalho, no lazer, na rua, no bar, nas festas.... Quem comunga deve se sentir
comprometido com o plano de Jesus, de instalar aqui na terra o seu Reino de
Amor para que a dignidade humana seja respeitada e não mais exista fome,
desemprego, violência, corrupção, exploração, mas exista mais vida, saúde, paz,
união, fraternidade entre todos.
Jesus deu sua
vida, partilhou-a com a humanidade inteira, se deu em alimento para que nós
também partilhemos a nossa vida com os nossos irmãos e nos alimentemos deste
pão descido do céu para nos fortalecer e nos santificar nesta caminhada no
nosso dia a dia.
Nesse domingo vamos rever nossos procedimentos cristãos, se
realmente estamos comungando Cristo e seu projeto de amor.
Abraços em Cristo!
Maria de Lourdes
Eu, Jair Ferreira da cidade de Cruz das Almas - Ba todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo.
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