10- Quinta
- Evangelho - Lc 6,27-38
Bom
dia!
Mais
um texto do ano passado e vital como sequência de ontem…
Esses
dias assistindo um filme sobre a vida de João Paulo II na TV Aparecida. Aquela
história me faziam meditar tantas coisas, mas em especial um momento bem no
fim, representou muito.
O
Papa, já debilitado, não conseguia ir a seu púlpito e falar para as pessoas.
Doente, cansado e com ajuda de uma cadeira, não conseguiu fazer a sua
proclamação da reflexão dominical, mas mesmo vencido pela doença, olhou para os
seus e disse: “AMANHÃ TENTAREI NOVAMENTE”.
Esse
evangelho de hoje nos propõem diversos desafios que vão de encontro ao que
aprendemos no dia-a-dia e nas relações humanas. Ele propõe uma mudança radical
na forma de responder aos desafios que nos serão impostos. A resposta sugerida
pelo Senhor não é a subserviência ao problema ou ao agressor pela resignação,
mas o NÃO SE DEIXAR ABATER ou esmorecer pelo que acontece, ou seja, aconteceu,
“AMANHÃ TENTAREI NOVAMENTE”.
Aceitar
essa proposta de vida requer uma disciplina diária de amor ao próximo,
humildade, simplicidade e uma profunda decisão de fazer o que é certo. Padre
Pio tem uma frase instigante que diz:
“(…)
O VERDADEIRO SERVO DE DEUS é aquele que usa a caridade para com seu próximo,
que ESTÁ DECIDIDO A FAZER A VONTADE DE DEUS A TODO CUSTO, que vive em profunda
humildade e simplicidade”. (Padre Pio)
Se
olharmos essa frase e o gesto de João Paulo II entenderemos o que é de fato
servir.
Perguntemo-nos
se é possível…
Ser
ofendido e não revidar?
Ficar
sozinho (a) e não sofrer?
Estar
cansado e não desistir?
Humilhado,
e mesmo assim persistir?
Sim!
É uma grande mudança!
O
santo padre tentou quantas vezes que foram necessárias para se fazer o que
tinha que ser feito. Maiores foram os insucessos do que os sucessos, mas ele
persistiu. A doença e as limitações impostas pelo Parkinson e pela senilidade
não o intimidavam, elas calejavam seu espírito. E os nossos irmãos que pairam
pelo mundo? Falo daqueles que vivem “tentando” por suas vidas a margem dos
olhos do Pai e não conseguem coordenar seus esforços para poder voltar. Esse
filho de Deus que ainda insiste deve ser ajudado.
Outro
ponto… Imagino esse povo, esses filhos e filhas, nós (…), como o alpinista que
sobe uma parede vertical e ao se aproximar do cume e da segurança do ponto mais
alto, por um mínimo descuido cai e volta a estaca zero. Cair é duro, mas é mais
complicado olhar nos olhos das pessoas e ver os julgamentos se naquela hora
gostaríamos de ver uma mão amiga pra ajudar a levantar. “(…) Não julguem os
outros, e Deus não julgará vocês. Não condenem os outros, e Deus não condenará
vocês. Perdoem os outros, e Deus perdoará vocês. Dêem aos outros, e Deus dará a
vocês. Ele será generoso, e as bênçãos que ele lhes dará serão tantas, que
vocês não poderão segurá-las nas suas mãos. A mesma medida que vocês usarem
para medir os outros Deus usará para medir vocês”.
Boa
parte daqueles que nos agridem é motivado por coisas fúteis e mais engraçado
que isso, é saber que se revidarmos na “mesma” altura na verdade estaremos nos
igualando no andar de baixo e não crescendo.
Essas
pessoas merecem que redobremos nossos esforços a mostrá-los que existe algo
melhor que ainda não descobriram. Precisamos nos revestir de misericórdia e
pelo menos rezar para que elas cresçam, pois na verdade é por elas que o Senhor
mais investe seu santo tempo.
Perseguições
fazem parte da vida do cristão. Mantenhamo-nos confiantes.
“(…)
Bendito seja Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias,
Deus de toda a consolação que nos conforta em todas as nossas tribulações, para
que, pela consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus, possamos
consolar os que estão em qualquer angústia! Com efeito, à medida que em nós
crescem os sofrimentos de Cristo, crescem também por Cristo as nossas
consolações. Se, pois, somos atribulados, é para vossa consolação e salvação.
Se somos consolados, é para vossa consolação, a qual se efetua em vós pela
paciência em tolerar os sofrimentos que nós mesmos suportamos. A nossa
esperança a respeito de vós é firme: sabemos que, como sois companheiros das
nossas aflições, assim também o sereis da nossa consolação”. (II Coríntios 1,
3-7)
Hoje
ainda não dá? “AMANHÃ TENTAREI NOVAMENTE”.
Um
imenso abraço fraterno
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