32º DOMINGO TEMPO COMUM
Evangelho
- Lc 20,27.34-38
Deus não é Deus dos
mortos, mas dos vivos
10 de Novembro
Os judeus pensavam que na outra vida, nós viveríamos numa situação igual ou semelhante a nossa vida terrena, com as mesmas necessidades vitais com as quais temos de conviver aqui.
A liturgia deste domingo nos revela e garante que
a ressurreição é uma realidade, é mais um dos mistérios existentes no Plano de
Deus. Só que dentro da nossa cabeça
limitada e voltada para essa realidade humana, não conseguimos captar ou
entender, essa realidade que nos espera,
e que foi anunciada por Jesus. E, assim
como os saduceus, a nossa tendência é de imaginar a vida eterna, como uma vida
semelhante a vida terrena. Com relação
ao nosso pós morte, uns acreditam por causa das palavras de Jesus, porém, não
gostam de tocar nesse assunto, deixando-o sempre para uma outra
oportunidade. Em outras palavras, nós
fugimos dessa verdade, por não termos uma convicção, uma idéia exata de como
ela realmente será, apesar da nossa fé.
A vida após a morte para nós continua sendo uma incógnita, da qual evitamos
pensar, apesar de não duvidarmos das palavras do Divino Mestre. É realmente uma
coisa muito complicada, mesmo porque o próprio Jesus explicou muito pouco sobre a vida eterna.
Além disso, somos muito enraizados nesta vida terrena. É o caso daqueles que
não acreditam em uma outra vida.
Eles, os que ignoram a glória eterna, buscam a
todo custo aproveitar essa vida com tudo que têm direito, pois não conseguem
entender que depois da nossa morte, nossa vida não termina. Aqueles que ignoram
os mistérios de Deus, estão convictos de que tudo finaliza com a morte. Depois
dela não haverá mais nada.
Foi então que aproximaram-se alguns saduceus, que negavam a ressurreição, e interrogaram a Jesus
sobre como seria a situação de uma mulher que teve sete maridos. Eles queriam
saber, de quem ela seria esposa na ressurreição.
Jesus, que era Deus, e portanto tinha resposta para tudo, respondeu: 'Nesta vida, os homens
e as mulheres casam-se, mas os que forem julgados dignos da ressurreição dos
mortos e de participar da vida futura, nem eles se casam nem elas se dão em
casamento; e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos, serão filhos de Deus,
porque ressuscitaram.
Prezados irmãos. Se Jesus nos garantiu que Ele é
um Deus dos vivos e não dos mortos, isso é sinal de que seremos todos
ressuscitados e na outra vida seremos vivos, porém em uma outra realidade, com
o nosso corpo glorificado semelhante ao corpo de Cristo após a sua ressurreição.
A segunda parte da liturgia de hoje, nos convida a
voltarmos as nossas mentes para a realidade da família. Nos conduz, portanto, a
uma reflexão séria sobre a situação da nossa família terrena. Isto porque enquanto estamos nesta caminhada
preparatória para a outra vida, devemos mais que depressa nos preocupar em acertar os nossos passos
para que não nos percamos no caminho da casa do Pai. Sendo assim, vamos agora refletirmos um
pouco, no como vai a nossa família?
Prezados
irmãos. Jesus hoje nos fala da família, da ressurreição e da vida
eterna. Família esta vilipendiada pelo “free-sex” divulgado
nos meios de comunicações. Família que passa a ser ignorada pelos jovens cuja
cabeça está voltada para o prazer, sem
nenhum compromisso, sem nenhuma
responsabilidade. Que Deus salve a nossa família!
Caríssimos
irmãos. Roguemos a Deus para que diante de tanta enxurrada de tentações nós
consigamos merecer a ressurreição e a Vida
Eterna!
VAMOS SALVAR A FAMÍLIA
A liturgia de hoje
nos faz um convite a rever a situação da nossa instituição familiar. Nos conduz a nos perguntar: Como vai a minha
família? Ela ainda existe? O que eu
tenho feito pela união familiar? Eu
pretendo construir uma família ou vou me acasalar feito os animais?
Infelizmente as
tendências dos tempos atuais é destruir completamente a instituição familiar, e
incentivar os jovens a se acasalarem feito animais, sem os sentimentos de amor,
caridade e muito menos de cristianismo.
E o pior de tudo,
é que estamos assistindo a tudo isso, dentro da nossa própria família, nos
sentindo impotentes para fazer alguma coisa em defesa dessa família que vem
sendo destruída há muito tempo pelo cinema e pelas novelas. Traições, separações, casamentos por
interesses financeiros, prostituição disfarçada de união conjugal, tudo isso
faz parte do que se chama de família moderna ou de simplesmente mudanças dos
tempos.
Será que não
podemos mesmo fazer nada? Nós que somos
cristãos autênticos, que aos domingos batemos no peito e dizemos que
acreditamos na Igreja una, santa e católica e apostólica e professamos um só
batismo para o perdão dos pecados?...
Vamos tentar. Não
temos uma fórmula mágica para salvar a família em decadência, mas podemos
contar com o que o Mestre nos ensinou: A
base de tudo, o segredo de tudo, é a prática do amor ao próximo, regra número
um para quem pretende mudar o mundo. De
nada adiante ficarmos aqui levantando a poeira do mal social, sem apresentar
nenhuma solução. E para começar uma santa tentativa de reconstrução, em
primeiro lugar comecemos pela nossa pessoa.
E antes de mais
nada, fazer um bom exame de consciência vai muito bem. Precisamos avaliar qual
tem sido o nosso papel dentro da nossa família.
Quem sou eu? Sou
aquele que joga mais lenha ou mesmo gasolina dentro das fogueiras das brigas em
família, aconselhando filhos, pais a não serem bobos, e a dar duro naqueles que
estão sendo injustos? Sou daqueles que alimentam os atritos com fofocas e maus
conselhos?
Quem sou eu dentro
da família? Um indiferente? Aquele ou aquela que não se mete em confusão
nenhuma, não aparta nenhuma discussão, e afinal, tanto faz como tanto
fez...
Quem sou eu? Será
que eu pelo menos tento promover a paz dentro da família? Será que os meus
métodos não são falsos? Do tipo, tampar o sol com uma peneira? Passando por
cima da realidade causadora dos atritos entre irmãos, cunhados, pais e filhos?
Quem sou eu? Uma pessoa que vive o Evangelho? Ainda bem!
Então para começar mesmo pela minha
pessoa, depois de um breve exame
de nossa consciência, eu prometo tentar
melhorar o meu relacionamento com todos os familiares. Desse modo eu vou
começar perdoando meus filhos pelas suas ingratidões, a perdoar a minha esposa,
a perdoar o meu marido, perdoar os meus pais, meus irmãos, e até o meu cunhado
por tudo quilo que eles têm feito a minha pessoa. Não se trata d'eu ser uma pessoa boba no meio
das espertas, mas de ser uma criatura de Deus, uma criatura que vive os ensinamentos de Cristo.
Serei uma pessoa
com os pés no chão. Para isso vou sempre
assistir aos noticiários, e procurar, à medida do possível, sempre nos momentos
oportunos, mostrar aos demais, que a realidade não está brincadeira, e que
precisamos descruzar os braços e fazer alguma coisa para melhorar a nossa
existência, a luz do Evangelho, é claro!
Tentarei explicar
aos jovens da família que o simples ato de FICAR com outra pessoa não tem dado
certo. E basta ver isso nos próprios noticiários: Ciúmes, possessões,
assassinatos... a coisa não está terminando em pizza, mas sim em morte.
Muita infelicidade e mortes.
Uma união apenas carnal, baseada apenas no
instinto sexual, sem amor verdadeiro, sem amor fraterno, e o pior, sem a bênção
de Deus, não pode terminar bem! E
precisamos mostrar isso para os nossos jovens, meus irmãos!
Precisamos
reerguer a família como uma instituição sempre sustentável, que é a pilastra da sociedade. Pelo menos, vamos convencer os nossos jovens,
que na velhice, precisamos do apoio dos familiares pelo menos para nos
locomover.
Os animais não precisam
da instituição familiar, por que eles não têm: Razão, inteligência, e
personalidade. Não dá certo imitar o comportamento sexual dos animais. O freio
que regula o seu comportamento sexual é o CIO. E o FREIO que regula a nossa
sexualidade são os princípios morais, os valores religiosos e familiares. Se
esses estão enfraquecidos, a nossa sexualidade fica pior que a sexualidade dos
animais. Pois fora do período do CIO
eles, os animais, passam uns pelos outros, sem se aproximarem, sem a atração
sexual. Já com o ser humano, acontece o
contrário. O cio em nós começa na adolescência e vai até o fim da idade adulta,
ou mais. Dessa forma, o controle das nossas atitudes deve se originar em nossa
mente, nos nossos valores morais...
Então! Vamos fazer
alguma coisa para salvar a nossa família?
Um bom domingo. José
Salviano
Muito legal. gostei muito......
ResponderExcluirFabricio Farias
Parabéns pelas sábias palavras.
ResponderExcluirSempre eu leio, mas hoje tocou fundo.