23 de maio – Ano B
Evangelho
Mc 9,38-40
A atitude dos
discípulos de proibir aquele homem de expulsar demônios em nome de Jesus,
somente porque ele não os seguia, parece ter sido motivada pelo ciúme.
Na nossa vida
religiosa, por mais santos que sejamos, pode acontecer cena semelhante. Podemos
impedir alguém de se ingressar nas pastorais, dificultando a sua inclusão
discretamente, com uma atitude muito velada de ciúmes.
Nós não temos esse direito. Não podemos agir dessa maneira, pois
o fato de criticar outros pregadores que falam em nome de Jesus somente porque
eles não nos seguem, nada mais é de que uma postura egoísta, invejosa, uma atitude
nada cristã.
Precisamos tomar muito
cuidado com nossas reações diante das irmãs e irmãos leigos, e de outras
religiões, pois pode acontecer de estarmos nos considerando os únicos
detentores da verdade, e condenar todos aqueles que não pertencem à nossa
religião.
Somos católicos,
seguidores de Jesus Cristo, e não pretendemos mudar de religião. Porém não
temos o direito de achar que os demais irmãos do planeta que seguem outras
religiões não serão salvos. Deus é quem nos julgará na pessoa de Jesus. E nós
não temos o direito de julgar ninguém. Mesmo porque eu posso estar seguindo a
religião fundada pelo próprio Jesus Cristo e não estar fazendo a vontade do Pai
como deveria. E outro irmão ou irmã que não segue o cristianismo, pode estar
vivendo uma vida correta, justa muito mais santa do que a minha.
Isso é possível?
Infelizmente o é. Eu posso fazer parte da liturgia, ser um cristão ativo,
conhecedor de toda a vida da paróquia, mas na verdade, lá no fundo, no meu
íntimo, não sou lá uma flor que se cheire, principalmente com meus familiares.
Posso sentir inveja de
outros leigos engajados, posso sentir ciúmes de quem se destaca apela devoção e
competência no falar, pelo dom de cantar, etc.
Por isso, não nos
esqueçamos que somos humanos com muitos defeitos. E que na verdade devemos nos
conscientizar, é que todos nós somos filhos de um único Pai, que nos ama e quer
a nossa salvação eterna.
Na parábola do filho
pródigo, Jesus nos mostrou que o filho desgarrado também mereceu ser perdoado e
incluído no Reino de Deus por ter se arrependido do erro que cometeu. Enquanto
que o filho que sempre fez tudo certo, se achou no direito de ficar enciumado
com a misericórdia do pai para com aquele seu irmão que havia esbanjado os bens
materiais e seguido por uns tempos o caminho do pecado. Portanto, ele pecou
pela falta de caridade.
Vamos mostrar Jesus ao
mundo, mas não vamos ter uma atitude de monopolizadores da fé, nada de competição,
de atrito com os nossos irmãos que não nos seguem, pois a nossa missão é
salvadora e não condenatória.
Lembremos que Jesus
não veio a esse mundo para nos condenar, mas sim, para nos salvar.
Façamos a nossa parte
contribuindo pela salvação do mundo, e rezemos para que Jesus faça a sua parte
em se tratando da conversão não só dos pecadores, mas pela salvação de todos os
nossos irmãos. Amém.
Tenha um bom dia. José Salviano
Eu, Jair Ferreira da cidade de Cruz das Almas - Ba todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo.
ResponderExcluirMuito obrigada,irmão José Salviano,pela partilha.Eu sou de Moçambique.Tenho visitado este blog em busca dos ensinamentos práticos da liturgia diária e me tem ajudado muito.
ResponderExcluirAproveito a oportunidade para cumprimentar a toda equipa deste blog, que Deus continue vos abençoando.
OBRIGADO MEU IRMÃO DE MOÇAMBIQUE
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