01- Terça
- Evangelho - Lc 4,31-37
Alexandre
Soledade
Bom
dia!
Apesar
de acreditar fielmente que as conversas sobre Jesus foram como aquela
brincadeira “telefone sem fio”, creio sim que sua fama ganhou o mundo. O que
Ele fez com o homem que estava possesso deve ter também chegado aos ouvidos
daqueles que o temiam.
Sim!
Eles o temiam. Repudiavam a ideia de alguém tão simples ter tanta autoridade e
carisma com as pessoas sem precisar levantar a espada ou demonstrar qualquer
tipo de violência; temiam o homem que vinha do povo e que falava com muita
autoridade sobre Deus sem mudar uma sequer vírgula da lei. Esse homem passou a
ser um problema! “(…) Que tipo de palavras são essas? Este homem, com
autoridade e poder, expulsa os espíritos maus, e eles vão embora”.
Vivemos
hoje um tempo que chamo de combate. Como no tempo de Jesus, todos aqueles que
se empenham a expulsar o mal terão seus nomes citados e possivelmente também
perseguidos.
Quando
se entra para o trabalho do Senhor somos como perfumes dentro de um frasco que
é aberto, ou seja, não tem volta… A fragrância percorrerá nossas narinas,
chegará a onde não esperávamos; agradará alguns e também incomodará uns outros,
mas certo é que foi aberto. Ele agora só depende da força do vento. Quanto mais
intenso e continuo, maior a possibilidade da fragrância alcançar o outro lado quarto.
Esse vento brota da vida EM oração.
“(…)
Orai sem cessar. Em todas as circunstâncias, dai graças, porque esta é a vosso
respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo. Não extingais o Espírito. Não
desprezeis as profecias. Examinai tudo: abraçai o que é bom. Guardai-vos de
toda a espécie de mal. O Deus da paz vos conceda santidade perfeita. Que todo o
vosso ser, espírito, alma e corpo, seja conservado irrepreensível para a vinda
de nosso Senhor Jesus Cristo! Fiel é aquele que vos chama, e o cumprirá”. (I
Tessalonicenses 5, 17-24)
Será
que o Senhor ao ouvir aquele espírito que possuía o rapaz pensou duas vezes?
Algo me fez lembrar da mulher que ungiu os pés de Jesus e não querendo voltar
atrás no seu gesto quebra o gargalo do frasco de perfume. Será que estamos
preparados para também não voltar atrás? Tenho convicção do que quero?
Se
sim, aonde anda seu terço? Que tempo posso dedicar a ouvir a palavra de Deus?
Vou buscar os sacramentos e aperfeiçoar os dons que Deus me confiou? Vou
assumir um compromisso de fazer algo novo amanhã? Tenho coragem de sair da
minha mesmice de décadas e encarar um novo desafio? Tenho a divina coragem de
ser NOVO?
Quantas
perguntas… E as respostas?
Engraçado
ver que o espírito conhece mais Jesus que muitos de nós mesmos. Dizemos ter fé,
mas na verdade somos fãs de São Tomé. Não precisamos fazer coisas grandiosas,
precisamos fazer algo. Não podemos nos esconder.
“(…)
Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma
montanha nem se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para
colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa.
Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras
e glorifiquem vosso Pai que está nos céus“. (Mateus 5, 14-16)
Tenhamos
atitude, pois pelo menos algo precisa ser novo.
Um
imenso abraço fraterno.
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