05/08/2015 – 4ª.
Feira XVIII semana comum - Números 13, 1-2.25—14,1.26-30.34-35 – “ Deus nos
garante a chegada na terra definitiva”
Mesmo sabendo que Deus
tem um plano perfeito para que nos apossemos da “terra prometida” e que Ele
está a nossa frente para nos ajudar nessa conquista a nossa humanidade fraca se
acovarda diante das primeiras dificuldades e ficamos rodopiando na mesmice. Não
enfrentamos com fé em Deus os desafios da nossa caminhada e nos acovardamos
querendo retroceder. Muitas vezes morremos “na beira da praia” e não alcançamos
os nossos propósitos porque nos apavoramos diante dos obstáculos, por isso, nos
sentimos fracassados. Foi também isto que aconteceu com o povo de Deus quando
teve notícia de que lá na terra para onde ele caminhava e onde corria leite e
mel, os habitantes eram fortíssimos, como gigantes e eles teriam que
combatê-los para se apossarem da promessa do Senhor. Os israelitas só viram as
dificuldades e, motivados por alguns que haviam explorado a terra, desanimaram e
começaram a murmurar. As nossas palavras têm poder! O Senhor pode tomá-las a
sério e realizar aquilo que por inconsequência nós estamos afirmando. Por isso,
as lamúrias do povo irritaram o Senhor, e Ele os deixou morrer na sua
incompreensão, pisando no mesmo lugar durante quarenta anos e nem todos viveram
para pisar na terra da promessa, embora já estivessem bem pertinho. Fazendo uma
analogia com a nossa caminhada nós percebemos a semelhança que existe entre nós
e o povo de Israel. Almejamos alcançar a terra da felicidade e o Senhor nos
instrui e nos orienta, porém Ele não nos promete vida fácil e sem luta. Ele nos
garante a vitória depois da batalha e receber o troféu como prêmio da nossa
perseverança, mas nós entendemos que com Deus nós teremos as coisas como passe
de mágica e nos acovardamos quando antevemos que teremos que enfrentar os
gigantes ao longo do caminho. Precisamos confiar em Deus que nos garante a
chegada na terra definitiva. Não há felicidade sem busca nem vitória sem luta.
Se Deus é por nós quem será contra nós? Quanto mais difícil for o caminho,
maior será a conquista. Perseverança e não covardia é o que o Senhor nos
propõe. Chegaremos lá, pois Deus combate por nós! – Você costuma morrer na
“beira da praia” por medo de enfrentar os gigantes? – Você é daqueles (as) que
quer desistir porque é muito difícil? – Você gosta das coisas “práticas” ou
adere às sugestões do Espírito, embora sejam mais trabalhosas? – Você acha que
alcançará a terra prometida?
Salmo 105 – “Lembrai-vos de nós, ó Senhor,
segundo o amor para com vosso povo!
A caminhada do povo
de Deus pelo deserto é para nós um referencial para que nós aprendamos as
lições que nos ajudarão a caminhar no deserto da nossa vida terrena. Por isso,
precisamos confiar nos projetos do Senhor não somente nas horas dos
livramentos, mas também nos momentos de dificuldades. Deus faz também hoje
coisas assombrosas no meio de nós, abre o mar para nós e nos guia de noite e de
dia. O Seu amor nos conduz, a Sua graça nos preenche e disso nunca podemos nos
esquecer.
Evangelho – Mateus 15, 21-28 – “ Fé
insistente”
A partir da narrativa
deste Evangelho nós podemos perceber que Jesus realiza em nós na medida do que
nós queremos de coração. A força do nosso “querer” é sinal de Fé e é uma
motivação para que Ele realize em nossa vida os milagres que almejamos. A mulher Cananéia não se rendeu diante dos Seus
argumentos de que fora enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel,
mas com fé e convicção, mesmo não se reconhecendo merecedora pediu a Ele as migalhas
que sobrassem da “mesa dos judeus”, por isso, foi atendida. Realmente Jesus foi enviado somente às ovelhas
perdidas da casa de Israel e nós também não pertencíamos àquela casa, porém
Jesus nos acolhe como acolheu aquela mulher. Somos pecadores e, assim sendo, por
nós mesmos não temos merecimentos, não podemos cobrar nem exigir direitos, porém “grande é a nossa fé” e isto basta para
que Jesus venha também nos alimentar e alimentar a todos que são humildes e
perseverantes. Por isso não cessemos de gritar também: “Senhor, socorre-me!" Jesus, muitas vezes, não nos responde
palavra alguma, mas a nossa insistência
será para Ele prova de que cremos e temos fé no Seu poder. A fé é o argumento
que mantêm a nossa esperança na hora do desespero! - A sua fé também é grande como a da
cananeia? – O que tem atraído você para Deus? -
Você se acha um “caso liquidado” ou tem esperança de plantar e colher
frutos de conversão? - Você se acha
merecedor (a) da Salvação que Jesus veio trazer ao mundo?
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