Segunda-feira, 17 de
Agosto de 2015
Juízes 2,11-19: O Senhor fazia surgir juízes
Salmo 105: Lembra-te de mim, Senhor, por amor a teu
povo
Mateus 19,16-22: Se queres entrar na vida, guarda
os mandamentos
16Um jovem aproximou-se de Jesus e lhe perguntou:
Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna? Disse-lhe Jesus:17Por que
me perguntas a respeito do que se deve fazer de bom? Só Deus é bom. Se queres
entrar na vida, observa os mandamentos. 18Quais?, perguntou ele. Jesus
respondeu: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso
testemunho,19honra teu pai e tua mãe, amarás teu próximo como a ti
mesmo.20Disse-lhe o jovem: Tenho observado tudo isto desde a minha infância.
Que me falta ainda?21Respondeu Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende teus
bens, dá-os aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e
segue-me!22Ouvindo estas palavras, o jovem foi embora muito triste, porque
possuía muitos bens
Comentário
Jesus desmascara a falsa segurança
proporcionada pelos bens materiais. Fica claro que o dom do seguimento de Jesus
não é compatível com o apego aos bens deste mundo. Para nosso caso, é já bem
conhecido e comprovado que riqueza e cristianismo não são em nada compatíveis.
Contudo, em nosso contexto mundial, ambos convivem “admiravelmente”. Quanto tem
de capitalista nossa Igreja! E como procura compatibilizar os dois? Se Jesus
viesse hoje, que diria dessa união? Não experimentamos também certa tristeza ao
refletir sobre esta sentença de Jesus? Nossas igrejas deveriam,
verdadeiramente, seguindo a proposta de Jesus, vender tudo, colocar a serviço
dos empobrecidos e, aí sim, despojada de tudo, começar de verdade o caminho do
seguimento. Esta passagem teve, ao longo da história do cristianismo, muitas
formas de abordagem e igualmente tem inspirado modos radicais de vida.
Lembremos, entre outros, os antigos anacoretas, os legendários padres do
deserto. Lembremos são Francisco de Assis e seus companheiros, e, finalmente,
tantas figuras que, abandonando tudo, decidiram assumir um estilo de vida no
mais absoluto despojamento. Aqui se inspira o conselho evangélico de pobreza
que certamente não é para todos.
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