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sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Maria de Nazaré-Diac. José da Cruz



Nossa Senhora Rainha  Sábado  22/08/2015
1ª Leitura Isaias 9, 1-6
Salmo 112(113) , 2 “Bendito seja o  nome do Senhor, agora e par sempre”
Evangelho Lucas  1, 26-38
Em nosso imaginário quando falamos em Rainha, pensamos na da Inglaterra, ou nas que aparecem nas histórias infantis, uma senhora poderosa, sentada em um trono, que tem  tudo e todos a seus pés. Linhagem nobre, classe elitizada. Vamos ser sinceros, essa imagem não condiz com a humilde Maria de Nazaré,  casada com José, que teve o seu filho em uma cocheira rodeada de animais, por não acharem lugar em uma hospedaria. A Maria Dolorosa aos pés da cruz, vendo seu amado filho agonizante ali pendurado.  Rainha desse jeito?
A Mãe de um Rei é Rainha,  se formos entender a palavra Rei, em seu contexto e significado, vamos chegar a essa mesma conclusão: Que Rei é Jesus?  Ele mesmo dirá diante de Pilatos “O meu Reino não é deste mundo”, quer dizer, não é um reino imposto a força, com seus poderes bélicos, dominando, conquistando á força seu reinado. Esses títulos atribuídos a Maria e seu Filho, como Rei e Rainha, ganharam notoriedade na Idade Média, quando a Igreja detinha o poder civil e religioso.  Entretanto, a tradição da Igreja preservou esses títulos de realeza, tanto de Jesus como de Maria, mas sobre outro prisma...
De fato Maria é Rainha, tanto dos apóstolos, dos mártires, dos confessores, das Virgens, da Paz, dos anjos  e do Céu como a saudamos na Ladainha, ou como a louva a conhecidíssima antífona “Rainha do Céu, alegrai-vos aleluia, porque merecestes trazer em vosso seio, ressuscitou como disse aleluia, exaltai a Deus aleluia, Exultai e alegrai-vos ó Virgem Maria, porque o Senhor ressuscitou Verdadeiramente aleluia!”.
 Entre as Criaturas de Deus Maria está em um grau mais elevado dada a sua grande importância na obra da Salvação, que não poderia acontecer sem o seu SIM. Este título de Rainha exprime então o pensamento de  a Santíssima Virgem se  avantajar a  todas as  ordens de  santidade e de  virtude, Rainha dos meios que levam a Jesus Cristo, e de que, sendo Rainha  assunta ao Céu, já era sobre a terra, isto é, Rainha reconhecida pela terra e pelo céu como sendo a criatura mais perfeita e  mais avantajada em toda a  santidade e  semelhança de Deus Criador!
Indiscutível a Soberania de Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, Rainha do Céu e da Terra mas sempre sobre esse modo de olhar diferente,  pois Maria é Rainha em um Reino que não é daqui e onde a ordem é sempre invertida. Basta vermos como conclui esse belo evangelho da Anunciação “Eis aqui a Serva do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa Palavra”. Serva de Jesus, seu Filho, Serva de Deus e Serva dos homens, Maria de Nazaré não fez outra coisa nesta vida senão servir, começando com Isabel sua parenta avançada em idade e que se achava grávida por obra do Espírito Santo.
O título de Rainha vem da sua relação íntima com Jesus,  Rei do Universo, porque todas as coisas foram colocadas a seus pés, pelo Pai que o Glorificou com a Ressurreição. Porém, também Ele se fez Servo do Pai e Servo de todos.  Maria é então essa Rainha Servidora, que longe de exigir que todos se curvem diante dela, é ela que se curva diante de todos, que o diga este verso do Magnificat “O Senhor olhou para a Humildade de sua Serva!”.

Que como súditos de  Maria, possamos em nossas comunidades ser também servidores, atendendo assim aos desejos da nossa querida Rainha, fiéis á Vontade do Pai! (Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP – E-mail cruzsm@uol.com.br 

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