Nossa Senhora Rainha
Sábado 22/08/2015
1ª Leitura Isaias 9, 1-6
Salmo 112(113) , 2 “Bendito seja o
nome do Senhor, agora e par sempre”
Evangelho Lucas 1, 26-38
Em nosso imaginário quando falamos em Rainha, pensamos na da
Inglaterra, ou nas que aparecem nas histórias infantis, uma senhora poderosa,
sentada em um trono, que tem tudo e
todos a seus pés. Linhagem nobre, classe elitizada. Vamos ser sinceros, essa
imagem não condiz com a humilde Maria de Nazaré, casada com José, que teve o seu filho em uma
cocheira rodeada de animais, por não acharem lugar em uma hospedaria. A Maria
Dolorosa aos pés da cruz, vendo seu amado filho agonizante ali pendurado. Rainha desse jeito?
A Mãe de um Rei é Rainha, se
formos entender a palavra Rei, em seu contexto e significado, vamos chegar a
essa mesma conclusão: Que Rei é Jesus?
Ele mesmo dirá diante de Pilatos “O meu Reino não é deste mundo”, quer
dizer, não é um reino imposto a força, com seus poderes bélicos, dominando,
conquistando á força seu reinado. Esses títulos atribuídos a Maria e seu Filho,
como Rei e Rainha, ganharam notoriedade na Idade Média, quando a Igreja detinha
o poder civil e religioso. Entretanto, a
tradição da Igreja preservou esses títulos de realeza, tanto de Jesus como de Maria,
mas sobre outro prisma...
De fato Maria é Rainha, tanto dos apóstolos, dos mártires, dos
confessores, das Virgens, da Paz, dos anjos
e do Céu como a saudamos na Ladainha, ou como a louva a conhecidíssima
antífona “Rainha do Céu, alegrai-vos aleluia, porque merecestes trazer em vosso
seio, ressuscitou como disse aleluia, exaltai a Deus aleluia, Exultai e
alegrai-vos ó Virgem Maria, porque o Senhor ressuscitou Verdadeiramente
aleluia!”.
Entre as Criaturas de Deus
Maria está em um grau mais elevado dada a sua grande importância na obra da
Salvação, que não poderia acontecer sem o seu SIM. Este título de Rainha
exprime então o pensamento de a
Santíssima Virgem se avantajar a todas as
ordens de santidade e de virtude, Rainha dos meios que levam a Jesus
Cristo, e de que, sendo Rainha assunta
ao Céu, já era sobre a terra, isto é, Rainha reconhecida pela terra e pelo céu
como sendo a criatura mais perfeita e
mais avantajada em toda a
santidade e semelhança de Deus
Criador!
Indiscutível a Soberania de Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, Rainha
do Céu e da Terra mas sempre sobre esse modo de olhar diferente, pois Maria é Rainha em um Reino que não é
daqui e onde a ordem é sempre invertida. Basta vermos como conclui esse belo
evangelho da Anunciação “Eis aqui a Serva do Senhor, faça-se em mim segundo a
vossa Palavra”. Serva de Jesus, seu Filho, Serva de Deus e Serva dos homens,
Maria de Nazaré não fez outra coisa nesta vida senão servir, começando com
Isabel sua parenta avançada em idade e que se achava grávida por obra do
Espírito Santo.
O título de Rainha vem da sua relação íntima com Jesus, Rei do Universo, porque todas as coisas foram
colocadas a seus pés, pelo Pai que o Glorificou com a Ressurreição. Porém,
também Ele se fez Servo do Pai e Servo de todos. Maria é então essa Rainha Servidora, que
longe de exigir que todos se curvem diante dela, é ela que se curva diante de
todos, que o diga este verso do Magnificat “O Senhor olhou para a Humildade de
sua Serva!”.
Que como súditos de Maria,
possamos em nossas comunidades ser também servidores, atendendo assim aos
desejos da nossa querida Rainha, fiéis á Vontade do Pai! (Diácono José da Cruz
– Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP – E-mail cruzsm@uol.com.br
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