29- Sábado - Evangelho - Mc 6,17-29
Bom dia!
Sim, João Batista morreu por denunciar a verdade. Apresentava a
todos que deveriam mudar ou pelo menos refletir profundamente seu
comportamento. Poderosos o temiam, os simples o admiravam. Era um homem santo e
muito focado na sua missão. Hoje, recordamos o seu martírio!
Recentemente vi uma matéria enfocando o decréscimo do catolicismo
no Brasil e diferentemente do que se esperava, não foi o crescimento evangélico
que era evidenciado, a pesquisa aborda o crescimento contínuo daqueles que não
tem religião. Por que?
Vivemos num tempo em que as pessoas querem respostas rápidas para suas
perguntas. Colocam no Twitter uma pergunta e rapidamente um dos seus
“seguidores” lhe oferecerá uma possível resposta. Muitos querem que suas preces
assim também sejam atendidas, rápidas. “(…) Pede-me o que quiseres, e eu te
darei”
Nem sempre as respostas que queremos ouvir são as que Deus nos
sugere. É duro ter que admitir que boa parte das burradas que cometemos foram
motivadas por essa surdez de consciência.
É difícil competir com uma mídia que prega 24h por dia o
consumismo. “Compre agora”, “sem juros, 60 meses”, a roupa que fulana usa
na novela, os beijos e abraços liberados nos reality shows;
brothers e sisters, “fazendeiros”, (…) na verdade quem tem ido pra “roça” são
os nossos valores.
É uma mídia sem valores, não falo aqui de cristãos ou não, somos
bombardeados para abandonar o que é moral. Canais de televisão que denunciam as
mazelas sociais são os mesmos que apoiam
a eleição de deputados e senadores que defenderam seus
interesses quanto às fatias de concessão de recursos federais para comunicação.
João Batista foi morto porque um homem se encantou com um rebolado.
Quantas pessoas hoje morrem de fome, tem uma educação medíocre, uma saúde
pública vergonhosa, pois os seus governantes tomam decisões mediantes os
rebolados dos seus interesses? Notem uma coisa no evangelho de hoje “(…)
Herodes ofereceu uma festa para os proeminentes da corte, os chefes militares e
os grandes da Galiléia”. Ele não estava só, por
que tantas pessoas influentes que ali estavam não levantaram a voz
para defender o inocente?
Ter ou não ter essa ou aquela religião não é o problema. Tão pouco
a quantidade de católicos não quer dizer que temos qualidade neles. A minha
maior preocupação esta no fato dos valores de amor ao próximo aos poucos virar
uma relação comercial em que uma amizade será consolidada na medida em que
posso ter algo em troca do outro, que Deus possa falar o que quero e não o que
deveria ouvir (hunf).
Que adianta a paz se pago a milícia do morro, que adianta se dizer
religioso se me importo apenas comigo, que adianta dizer ter uma religião se a
que eu procura é a que mais me convém? Sim! Justifica-se então o fato de muitos
preferirem não ter religião, pois serei adepto do deus que me conceder mais
coisas e não me cobrar uma mudança de vida. (hunf)
João Batista perderia ainda hoje a cabeça, mas eu ainda tenho fé
nas pessoas.
Um Imenso abraço fraterno!
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