QUINTA FEIRA DA 20ª SEMANA DO TC
23/08/2012
1ª Leitura Ezequiel 36, 23-28
Salmo 50 (51 “Eu hei de
derramar sobre vós uma água pura,e de vossas imundícies sereis purificados”
Evangelho Mateus 22, 1-14
"A
hora da Festa..."
Quem é que tem coragem de
recusar a um convite para uma festança, feito por uma pessoa muito especial? O
churrasco já está no ponto, o chope geladinho e esperando para ser bombado para
o copo, a comida especial, regada a iguarias já está nas panelas, cheirando a
gostoso, a um canto uma mesinha com aquelas batidas deliciosas, e ainda mais,
uma banda musical de primeira já está no palco, a espera da platéia... e como
se não bastasse tudo isso, lá pelas tantas vai rolar um bailão que promete
varar noite a dentro, e de madrugada será servido um café colonial. "Se
perder uma festa assim, vou chorar três dias sem parar" dizia um amigo,
naqueles tempos em que a gente dava uma de penetra... e depois se mandava de
fininho na hora que a bendita gravata do noivo vinha vindo...
Deus preparou algo de
maravilhoso para o ser humano, algo que os olhos jamais contemplaram como nos
diz o apóstolo Paulo, nada há neste mundo que possa corresponder à beleza dessa
vida plena em Deus. E tudo começou com a encarnação de Jesus Cristo a festança
já começou aí... e teve alguns que não entenderam. E olhe que Deus não guardou
segredo da surpresa que queria fazer á humanidade, desde o tempo mais antigo já
vinha anunciando, dando sinais de que esse tempo chegaria. Os convidados
especiais reagiram da pior maneira possível, porque tem mais essa ainda, no
começo a Festa não era para todos, só para os privilegiados de Israel, eles
foram os primeiros a quem Deus manifestou o seu amor, isso é inegável!
Mas quem diria, no tempo
das promessas até que acreditaram, apesar dos percalços, mas quando chegou o
tempo da feliz realização, quando a festa iria começar prá valer, uns foram
trabalhar no campo, outros foram negociar, e outros mais estressados agrediram
os servos e os mataram... E quem pensou que o Dono da Festa ia cancelar tudo,
se enganou, se os "bacanas" e os "bonitões" não deram a
mínima, o Senhor mandou abrir os portões da sua casa e convidou a todos os que
estavam parados pelas esquinas, o convite continua sendo especial, mas agora,
basta que o convidado aceite: "Por favor, venham na minha casa comer,
beber, dançar, ouvir músicas e se divertir até o amanhecer, tem muita comida e
bebida, quero que todos participem da minha alegria, pois meu Filho celebra
suas núpcias...
Bom, os novos convidados
atenderam rapidinho esse convite tão bom, parecia aquelas liquidação das
grandes lojas, o povão invadiu mesmo, e a sala do banquete ficou lotada. Até
aqui tudo bem, mas daí no versículo final parece que baixou o mau humor no
Patrão, ele flagrou um sujeito que não estava vestido com a veste nupcial, e
não só botou o cara prá correr como ainda mandou amarrar o coitado e jogá-lo lá
fora na escuridão....E o evangelho conclui, "muitos são os chamados, mas
poucos os escolhidos"
Que negócio é esse? Se o
coitado foi convidado em uma esquina, claro que estava vestido meio de qualquer
jeito, ninguém falou que os convidados tinham de vestir alguma roupa
especial... E parece que o evangelho termina sem graça... Com um final não
muito feliz, pelo menos para o sujeito que não estava com a roupa adequada...
Bom; aqui vamos
esquecer-nos do sentido literal do texto e da história da Festa, isso é só um
modo das comunidades de Mateus refletirem que em Jesus Cristo, Deus chama a
todos os homens, sem nenhuma distinção, para virem participar com ele, de uma
vida em comunhão, que já começa nessa vida, e que um dia chegará a sua
plenitude...Tentar viver uma forma de Cristianismo. que não tenha a Jesus
Cristo e seu evangelho, como referência de vida, é dar uma de "bicão"
nessa Festa, São Paulo em sua teologia Batismal, chama isso de
"REVESTIR-SE do homem novo, revestir-se de Cristo, e sem essa roupa nova
que nos transforma em outro Cristo, e que nos configura totalmente a ele, seu
jeito de pensar e seu modo de agir, seremos sempre "Penetras" no
Reino, e corremos o risco de ficar de fora, justo no melhor da Festa...
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