Domingo, 16 de Agosto
de 2015
Tema: Assunção de Maria
Apocalipse 11,19a; 12,1.3-6a.10ab: Vi uma mulher
vestida de sol
Salmo 44: De pé, à tua direita, está a rainha
1Coríntios 15,20-27a: Primeiro Cristo como
primícias
Lucas 1,39-56: O poderoso fez em mim grandes coisas
39Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas
às montanhas, a uma cidade de Judá.40Entrou em casa de Zacarias e saudou
Isabel.41Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no
seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.42E exclamou em alta voz:
Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.43Donde me
vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor?44Pois assim que a voz de tua
saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu
seio.45Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da
parte do Senhor te foram ditas!46E Maria disse: Minha alma glorifica ao
Senhor,47meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador,48porque olhou
para sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada
todas as gerações,49porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e
cujo nome é Santo.50Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre
os que o temem.51Manifestou o poder do seu braço: desconcertou os corações dos
soberbos.52Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes.53Saciou de
bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos.54Acolheu a Israel, seu
servo, lembrado da sua misericórdia,55conforme prometera a nossos pais, em
favor de Abraão e sua posteridade, para sempre.56Maria ficou com Isabel cerca
de três meses. Depois voltou para casa.
Comentário
A primeira leitura mostra os sinais com
os quais Deus convida à esperança. Aparece a luta do dragão contra a mulher e
sua descendência (Cristo e os cristãos). A aparição da arca da aliança de Deus
(cf. Nm 10,33-36); 1Sam 4,6-7), assinala o hoje da presença de Deus em meio aos
seres humanos já derrotado o pecado e o mal (21,3). Os dois sinais que aparecem
no céu, a mulher e o dragão, dever ser interpretados pela assembleia litúrgica
no espaço-tempo. A mulher é o povo de Deus; é mais, representa a assembleia do
povo de Deus reunida já, agora e aqui, na Eucaristia dominical. O dragão é o
mal, que age inserindo-se na história humana e sobretudo a partir dos centros
de poder (as sete cabeças com sete diademas), para tentar destruir a unidade e
a comunhão da assembleia dominical (atira sobre a terra parte das estrelas). O
poder deste mundo se opõe ao alumbramento da mulher (se opõe a Cristo) e quer
destruir seu fruto (os cristãos). O Cristo, elevado e sentado no Trono de Deus,
assinala a derrota de Satanás. A Igreja no deserto, foge do mal e é sustentada
por Deus, como Jesus. A glorificação de Cristo, uma vez para sempre, é a
garantia de que jamais impedirá que ele seja dado à luz pela assembleia
eucarística dominical no hoje, no espaço-tempo, até sua vinda na plenitude da
glória. Maria, assunta ao céu, e figura da Igreja, tano a celestial como a que
caminha dando à luz a Cristo para o ser humano de hoje e prefigura a vitória
final de toda a Igreja com Cristo, por ele e nele.
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