20/08/2015
– 5ª. Feira XX semana do tempo comum –
Juízes 11, 29-39 – “Deus não precisa das nossas promessas insensatas”
Jefté precipitadamente
prometera a Deus sacrificar a primeira pessoa a quem encontrasse se saísse
vitorioso no combate que iria travar contra os “filhos de Amon.” Quando voltou
empunhando o galardão da vitória a sua alegria se transformou em dor, pois para
cumprir a promessa que havia feito ao Senhor teve que sacrificar a sua única
filha. Diante do que lemos temos que nos
conscientizar de que precisamos ter muito cuidado com os votos que fazemos
diante de Deus. Muitas vezes somos insensatos (as) e inconsequentes quando
desejamos alcançar os nossos objetivos ou queremos derrotar “os filhos de
Amon”, isto é ultrapassar as barreiras dos nossos desafios. Diante de Deus nós
nos expomos e fazemos promessas impensadas as quais não podemos cumprir. Em
outras vezes, nós garantimos a Deus a realização de ações que não dependem
somente de nós e sacrificamos outras pessoas. Deus não precisa das nossas
promessas insensatas nem tampouco dos nossos sacrifícios e holocaustos. Não
precisamos imolar ninguém para alcançar do Senhor as bênçãos para as nossas
conquistas. O Senhor deseja de nós somente os bons propósitos de conversão e
que tenhamos um coração contrito e confiante de que Ele nos concederá tudo de
que precisamos. Muitas vezes o que sonhamos não é o que Deus sonhou para nós,
por isso, o melhor que fazemos quando sairmos para a nossa luta diária é
entregar nas mãos do Senhor os nossos objetivos e pedirmos a Ele forças para
lutarmos de acordo com o que Ele pretende nos conceder. Não devemos desistir de
lutar para conquistar os nossos sonhos, no entanto, precisamos entregá-los ao
Senhor para que se faça a Sua vontade e não a nossa. – Você costuma fazer
promessas extravagantes para obter o que deseja? – Você tem tido sucesso? –
Você acha que precisa disso? – Você acha que pode voltar atrás nas suas
promessas? – Você costuma se arrepender
e trocar de promessa diante de Deus? – Reflita sobre isso!
Salmo 39 – “Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade,
Senhor!”
Este salmo
é uma reflexão da primeira leitura. “É
feliz quem a Deus se confia”. O Senhor não quer de nós sacrifícios e
oblações nem ofertas nem vítimas, mas somente que tenhamos o prazer de fazer a
Sua vontade. E a vontade do Senhor que vivamos de acordo com a Lei que Ele já
gravou no nosso coração e que estejamos à Sua disposição para servi-Lo.
Evangelho – Mateus 22, 1-14 – “o Banquete é a Salvação”
Todos nós
sabemos que Jesus veio chamar primeiramente os judeus, porém estes não lhe
deram crédito. Perante a obstinação do povo judeu em recusar a reconhecê-lo
como Enviado e Filho de Deus Jesus conta esta parábola para lhes prevenir sobre
o que haveria de lhes acontecer. Então,
Jesus compara o reino dos céus com uma festa de casamento na qual foi preparado
um grande Banquete e para onde foram convidadas muitas e muitas pessoas e elas
não aceitaram o convite. A festa estava pronta, mas os convidados não foram
dignos dela, por isso, o rei mandou que seus servos fossem às encruzilhadas e
convidassem a todos. O Banquete é a
Salvação de Jesus que nos convida a participar da mentalidade evangélica! Somos
nós os convidados de última hora. Somos, hoje, aqueles (as) que estavam nas
encruzilhadas e que foram chamados depois. Esse convite nos é feito a todo o
momento em que vivemos aqui na terra. No entanto, assim como o povo judeu, muitas
são as nossas desculpas para não nos fazer presentes ao Banquete da Salvação.
As ocupações, as preocupações, os negócios, as festas, a família, os
divertimentos nos roubam de Deus e do Seu reino. De diversas maneiras o Senhor
tem insistido conosco e não atendemos ao seu chamado, por isso, corremos o
risco de que chegue o dia em que talvez nem tenhamos mais chance de ser
convidados. Outros ocuparão o nosso lugar. Porém, não nos bastará apenas ir e
estar presente na festa. Precisamos da veste que nos conforma à mentalidade do
Evangelho de Jesus Cristo. Se não conseguirmos assimilar a mentalidade evangélica,
isto é, vestir a veste branca dos ensinamentos
do Senhor, nós iremos destoar.
Precisamos assumir de coração o nosso lugar na festa. Quantas pessoas encontramos no meio da comunidade ou da
Igreja que teimam em não acolher os mandamentos de Deus e têm a sua concepção
própria servindo muitas vezes de pedra de tropeço para outros que desejam
seguir as práticas evangélicas. Neste caso, apesar de nos fazer presentes de
“corpo” poderemos ser enxotados e não haver mais lugar para nós dentro do
reino. Quando aceitamos o convite de Jesus para participar do Seu reino, nós
precisamos nos desvencilhar de todos os nossos conceitos e preconceitos e nos
deixar guiar pelo Espírito Santo que nos vestirá com a veste da santidade de
Deus. –Você já aceitou o convite para participar do Banquete das Bodas? – Será
que você também não é como este homem da veste diferente que, a todo o momento,
se posiciona contrário e dá testemunho
falso dentro da sua família ou comunidade? – Perceba como são as suas reações e
veja se você precisa se emendar.
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