22- Sábado - Evangelho - Lc 1,26-38
Alexandre Soledade
Bom dia!
De que temos medo? Que batalhas precisam ser vencidas?
Fisiologicamente nosso corpo responde aos medos com uma descarga de
adrenalina na corrente sanguínea. Ela ( a adrenalina) gera em nós respostas
físicas como o “suor frio”, a dilatação das pupilas e principalmente a resposta
de fuga. Essa resposta é diferente em cada um de nós. Em alguns, a adrenalina
gera a idéia convicta de correr ou fugir do agressor a outros a resposta é a
posição estática, ou seja, nada consegue fazer.
Um exemplo: Ao vermos nosso filho quase caindo do berço, da cama ou
do sofá, alguns ainda conseguem ter a reação de correr e alcançar antes que o
fato que se consuma, porém outros não conseguem nada fazer a não ser gritar e
por as mãos a cabeça…
Esse exemplo é muito comum em casa, mas existem outros exemplos que
poderiam se simplificar num questionamento: Como eu respondo aos medos e as
tempestades? CORRO OU ENFRENTO?
Problemas não devem ser encarados como uma disputa de carros num
racha – onde o que chegar à frente ganha – NÃO É BEM ASSIM. Quando encaro
medos e problemas como racha não observo as pessoas, tão pouco ligo para elas,
pois quero sair vencedor. Essa é a forma mais comum de vermos as pessoas responder:
resolvo meu problema e bananas para os outros.
Antes de encarar o medo (ou problema) devo mudar a forma como
respondo a ele. A resposta ao meu problema não pode ferir quem esta ao meu
redor, mas também não pode limitar na vontade do outro. Como assim? A mulher
que apanha em casa covardemente não pode ficar com “dó” de denunciar seu
agressor. Por mais que queira bem ao seu amado, cessando as alternativas de
dialogo, querer bem é preservar-se da agressão. A fisiologia humana parece
conspirar contra nossa vontade de se defrontar com o agressor, que denota que
precisamos treinar mais para termos a melhor resposta ao estimulo.
Treinar mais não é viver agora a procurar encrenca, ok?
Alguém fala, retruco! Brigam comigo, imediatamente respondo! Isso
não é treino, é intempestividade.
Maria, hoje, é relembrada pela forma que respondeu aos seus medos.
Ela bem sabia que ter um filho sem um marido poderia lhe ocorrer. Engraçado,
ela nem correu e tão pouco ficou estática como a pessoa que levou um grande
susto, Maria respondeu e melhor que isso, deu a melhor resposta. “(…) Eu sou
uma serva de Deus; que aconteça comigo o que o senhor acabou de me dizer! “.
Realmente, Maria deu a melhor resposta, pois treinava muito o “sim”
a Deus, sendo assim, não teve medo. Maria era como o jovem que estuda e
enfrenta o vestibular com naturalidade; ou como um cirurgião diante às
dificuldades e complicações de uma cirurgia delicada; ou como uma mãe ou pai
que pula na frente de um carro pra salvar a vida do filho (…); ela responde
como muitos de nós responderíamos ao vermos algo que queremos muito. Ela
sonhava com o reino de Deus e tinha um propósito em toda sua criação
“(…).Eis as ordenações, as leis e os preceitos que o Senhor, vosso
Deus, me ordenou ensinar-vos, a fim de que os pratiqueis na terra aonde ides
entrar para tomar posse dela Assim, temerás o Senhor, teu Deus, observando
todos os dias de tua vida, tu, teu filho e o filho de teu filho, todas as leis
e os mandamentos que te prescrevo, e teus dias serão prolongados. Tu os
ouvirás, pois, ó Israel, e cuidarás de cumpri-los, para que sejas feliz e te
multipliques copiosamente na terra que mana leite e mel, como te prometeu o
Senhor, o Deus de teus pais. Ouve, ó Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único
Senhor. Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e
de todas as tuas forças”. (Deuteronômio, 6, 1-5)
Ela amava a Deus de toda sua alma.
O que quero e tenho hoje vale à pena a luta? De um passo na fé hoje
e de a melhor resposta! “(…) Não tenha medo! Deus está contente com você.
Que Nossa Senhora nos ajude a conquistar a vitória!
Um imenso abraço fraterno.
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