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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Uma experiência com Jesus-Diac. José da Cruz

23º DOMINGO DO TEMPO COMUM 06/09/2015
1ª Leitura Isaias 35,4-7
Salmo 145/146 “ Louva ó minha alma, o Senhor! Louvarei o Senhor por toda a vida”
2ª Leitura Tiago 2, 1-5
Evangelho Marcos 7, 31-37

A prática cristã requer continuamente uma decisão firme a favor de Jesus e seu evangelho, muita gente se ilude achando que uma experiência mais forte com Jesus Cristo em um retiro, já foi suficiente para a conversão, um pensamento bem equivocado, pois a partir do momento em que conheço Jesus e tenho uma disposição interior de ser discípulo, a Fé vai exigir de mim inúmeras decisões de caráter íntimo e pessoal.
As primeiras palavras de Jesus neste evangelho parecem ser marcadas por um amor egoísta, o Mestre exige que o amem acima de qualquer outra pessoa e até acima da própria vida. Fala-se aqui de relações afetivas muito fortes para o Povo Judeu, e a Vida é Dom Sagrado, uma bênção Divina também, como é que o ouvinte vai por em prática essas palavras do Mestre, que parecem ser tão duras?
Diferente dos Fariseus, Jesus não está colocando um fardo pesado demais nos ombros de quem quer ser seu discípulo...Embora os evangelhos não sejam narrativas históricas ou jornalísticas, mas eles mostram claramente que um belo dia, Jesus formou o seu grupo e saiu de casa, deixando para trás a mãe e os demais parentes (inclusive eles acharam que Jesus estava louco, lembram-se dessa passagem?) De fato, parece loucura romper com tudo para ser seguidor de Jesus e do seu evangelho, principalmente porque se caminha na contra mão do Sistema Religioso, Político e Econômico daquela época. É desse conflito do Reino com a Humanidade, e com os interesses de grupos poderosos que detêm o poder político, econômico ou religioso,  que surge a cruz, consequência da rejeição. Cruz para o discípulo significa todas as contrariedade que irá ter, por fazer a sua opção por Jesus e seu Evangelho nas decisões que precisarão ser tomadas ao longo da vida.
Então a segunda parte do evangelho nos convida a pensar seriamente nisso: que ser discípulo não é apenas uma filosofia de vida, ou uma prática religiosa entre outras tantas que existe por aí, ou pior ainda, a fachada de uma determinada igreja da qual me fiz membro. Quem pensar assim não conseguirá levar adiante o seu discipulado, que requer coerência entre Fé e Vida, pois os desafios são muitos, basta ver as investidas contra a Igreja de Cristo, que sempre aconteceram e vão continuar acontecendo na História da Igreja. Sentar-se para ponderar sobre a missão, é sinal de que a Fé não se desliga da razão, é preciso planejar, é preciso determinação e perseverança no Discipulado. Hoje em dia há uma multidão de “discípulos de araque” seguindo Jesus, na ilusão de que o cristianismo é um mar de rosas “Encontrei Jesus e a minha vida mudou para melhor!”Emoções e lágrimas, curas miraculosas, Jesus sofreu para que agora nós curtíssemos o paraíso do conforto, do bem material e da riqueza!. Essa multidão de discípulos, ao final vão cair no ridículo. Essa é uma falsa premissa, sustentada pela pregação de Líderes espertalhões que oferecem um cristianismo ameno, sem muitas exigências, a não ser desembolsar o  $sagrado Dízimo que vão para as  “gordas contas bancárias” nem sempre das igrejas...



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