21/08/2015
- 6ª. feira XX semana do tempo comum – Rute 1,
1.3-6.14-16.22 – “a recompensa sempre vem com uma medida dobrada”
Rute é uma
das mulheres da Bíblia que deve ser para nós como uma amostra da capacidade que
tem o ser humano de ser fiel e assumir uma aliança que dure eternamente. Como
Rute, apesar das nossas fragilidades e limitações, possuímos uma força interior
que nos ajuda a perseverar em tudo a que nos propomos realizar. Aparentemente, Noemi, que ficara
viúva, e perdera os dois únicos filhos estaria fadada a viver sozinha, se não
fosse a fidelidade de Rute, uma das suas noras. Legitimamente, Rute não
teria a obrigação de acompanhar a sua sogra no retorno a uma terra que nem
era a dela, para um povo que não era o seu, nem tampouco para o Deus que não
lhe era conhecido. Ela estava desobrigada de qualquer vínculo com o seu
passado. Estava livre! No entanto, o seu espírito de amizade desinteressada e o
sentimento de amor enraizado na aliança que ela havia consolidado com o seu
marido fez com que tomasse a decisão de seguir adiante para um mundo
desconhecido. Se nós continuássemos hoje a acompanhar a história de Rute
iríamos conhecer o desfecho da sua vida e testemunhar todas as maravilhas que
lhe aconteceram como recompensa pela sua fidelidade. Para nós fica a lição de que
nunca sairemos perdendo nada quando nos propomos a ser fiéis às pessoas com as
quais fazemos aliança. Rute se deixou
ficar livre de todas as conveniências que poderiam impedi-la de seguir o
espírito de solidariedade que a guiou para acompanhar a mãe do seu marido
morto. Ela não pensou nela própria, mas no bem que poderia fazer a outrem.
Quando nós nos esquecemos de nós mesmas, das nossas conveniências e abdicamos
dos nossos direitos e interesses próprios e nos dispomos a fazer em função do
outro, por amor a uma causa, nós podemos ter a certeza de que a recompensa virá
com uma medida dobrada e o desfecho da nossa vida será consequência da nossa
oferenda. – O que você teria feito na situação de Rute? – Você acha que vale a
pena ser fiel até as últimas consequências? – Você seria capaz de largar tudo
para ser solidária a alguém necessitado?
Salmo 145 – “Bendize, ó minha alma, ao Senhor”!
Há dentro
da nossa alma um apelo que nos põe
naturalmente dependentes do auxílio de Deus, nosso Criador. Mesmo que nem O
conheçamos nem O enxerguemos, nós inconscientemente esperamos o Seu auxílio. No
entanto, quando nos conscientizamos de que somos dependentes do Seu Amor e nos
voltamos para Ele começamos a viver o processo de ser feliz. Aí é que
conseguimos experimentar a ação do Deus Salvador. Hora nós somos os cegos, hora
somos as viúvas, os órfãos, mas de alguma forma nós sabemos que contamos com o
auxílio do Deus forte e poderoso. Por isso, o louvor é uma exigência de todo o
nosso ser que clama: “bendize ó minha
alma, ao Senhor!”
Evangelho Mateus 22, 34-40 - “Amar é a nossa vocação!”
Amar a
Deus acima de todas as coisas e amar ao próximo, como nós nos amamos, é a chave
para que possamos viver toda a Lei e os profetas. Este é o nosso chamado, esta
é a nossa vocação! A Lei e os profetas estão contidos na Palavra que Deus
deixou para direcionar a nossa vida rumo à felicidade e nela o significado do
amor que Deus nos propõe é diferente do sentido que naturalmente nós
apreendemos no mundo. De muitas maneiras nós, homens e mulheres, temos vivido
“o amor” nos nossos relacionamentos. As juras e as promessas de hoje são
facilmente esquecidas amanhã. Para que o amor que temos a Deus seja considerado
válido é preciso que ele se manifeste por meio do amor que vivenciamos nas
nossas relações com o nosso próximo e conosco mesmo. Jesus nos recomenda a amar
a Deus com o coração, a alma e o entendimento, a fim de que seja algo encarnado
e enraizado em nós e não somente de fachada e aparência nem de palavras e
juras. O coração é o centro do nosso ser interior, na alma estão os nossos
sentimentos e emoções e o entendimento significa a nossa percepção cognitiva,
faculdade de entender de conceber e de julgar as coisas. Portanto, o amor supõe
inteireza de pensamentos, palavras e ações. Porém, tudo parte do Amor de Deus
que é a fonte que alimenta a nossa capacidade de amar, primeiramente a Ele e ao
nosso próximo na mesma medida em que nos amamos. Partindo daí nós pressupomos
que só podemos amar os nossos irmãos se também amarmos a nós mesmos. Não
podemos dar o que não temos. O amor de Deus é gratuito, está à nossa
disposição, consequentemente, se quisermos ser felizes e construir um mundo
mais afortunado precisamos deixar que o amor seja a primeira regra na nossa
vida. – Você ama a si mesmo (a)? – Você tem cuidado de você? – Como você tem
demonstrado que ama a Deus de todo o coração, alma e entendimento? – Você tem
certeza de que é amado (a) por Deus? -
Você tem amado ao próximo como a si mesmo?
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