NATIVIDADE DE MARIA TERÇA FEIRA – 08/09/2015
1ª Leitura Miquéias 5, 1-4 a ou Romanos 8,28-30
Salmo Isaias 61,10 “Com grande alegria eu me rejubilarei no
Senhor e meu coração exultará de alegria em meu Deus, porque me fez revestir as
vestimentas da Salvação”
Evangelho Mateus 1, 1-16.18-23
A Fé que vislumbra o mistério...
Há em Hebreus 6 uma afirmação maravilhosa de definição sobre a Fé,
ao dizer que ter fé é conseguir enxergar as realidades invisíveis. Hoje no
calendário Litúrgico da Igreja celebra-se a Festa da Natividade de Nossa
Senhora, e o evangelho dá uma grande ênfase em Maria e José, pessoas que, a
exemplo de Abraão, deixaram-se mover pela Fé, vislumbrando o Plano de Deus para
realizar a Salvação do Homem, e ocupando com humildade o papel ou a missão que
Deus lhes reservara.
Abraão, Maria e José não são visionários, simplesmente olham os
acontecimentos da sua vida com os olhos da Fé. Tenho um padre amigo que sempre
diz algo muito verdadeiro a esse respeito: Fé é aceitação, mesmo quando as
coisas não acontecem como havíamos planejado.
Deus não invade a Vida de ninguém, mas faz uma proposta que não
pode ser interpretada apenas á luz da razão, essa proposta fará sentido na
medida em que a Fé iluminar a razão. Maria era desposada com José e já tinha
planos em sua vida, o mesmo acontecia com José, que não é um mero figurante
nessa história, mas pela sua Fidelidade a Deus, movido pela Fé aceitou um fato
que a simples razão rejeitaria. A noiva apareceu grávida, José a rejeitou
secretamente não tornando o fato público para não a difamar, mas em um sonho o
anjo do Senhor revela toda a verdade, a criança foi gerada pelo Espírito Santo,
e José deverá dar-lhe o nome de Jesus, que significa aquele que vai salvar o
povo dos seus pecados.
Humanamente falando é uma história absurda, sem pé e nem cabeça,
assim é a Força das Fé, através da qual o próprio Deus vai interpretando para
quem crer, os acontecimentos da história e da sua vida. No fundo a questão é
crer ou não crer.
Se na antiga aliança a Fé do Patriarca Abraão permanece como uma
referência para as três maiores religiões da terra, São José é o Patriarca da
Nova Aliança, e consequentemente da Igreja, ele também acreditou piamente nas
promessas de Deus, e que agora com a sua colaboração tão importante, iria se
cumprir.
Poderíamos dizer que sem a participação de José, a Missão de Maria
ficaria comprometida, pois ao assumir a paternidade da criança diante da
sociedade judaica, São José afirma e professa que Jesus é o Verbo Divino,
gerado pelo próprio Deus, e ainda legitima a sua descendência da estirpe de
Davi. (Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata –
Votorantim SP – E-mailcruzsm@uol.com.br)
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