25 de Dezembro- Quinta - Evangelho - Lc 2,1-14
O Evangelho de Jesus nos diz que sua vida e morte
testemunham a natureza inigualável de sua realeza e reino. Mas o que seu
nascimento nos diz? Jesus é o único qualificado para ser Rei. Mateus traça a
linhagem de Jesus através de José (1:1-17), um descendente de Davi (1:6), uma
vez que somente um filho de Davi poderia reinar como Messias (Salmo 89:3-4).
Lucas traça do mesmo modo a linhagem de Maria até Davi (3:23,31), assim
qualificando duplamente Jesus para ser o Messias. Contudo, o Messias precisa
também ser o Filho do Céu (Salmo 2:7). Pela virgindade de sua mãe, Jesus
nasceria como o único Filho de Deus. O anjo Gabriel assegurou a Maria que o
“poder do Altíssimo” (Lucas 1:35) lhe daria a capacidade de conceber sendo
virgem (Mateus 1:20). E, “por isso, o ente santo” poderia ser “chamado Filho de
Deus” (Lucas 1:35).
O nascimento de Jesus demonstra sua divindade.
Anjos disseram a Maria (Lucas 1:26-38) e a José (Mateus 1:18-23) que seu “Filho
do Altíssimo” era mais do que apenas um filho. Antes, ele seria o Filho
unigênito de Deus (João 3:16), chamado apropriadamente “Emanuel”, ou seja,
“Deus-conosco” (Isaías 7:14; João 1:14).
E Jesus reinaria sobre a casa de Jacó
reconstruída (Lucas 1:33; Atos 15:16-18). Desde que ele receberia quem quer que
o temesse e fizesse o que é reto (Atos 10:35), essa casa consistiria de judeus
e de gentios. Ele concederia a todos os seus cidadãos uma igualdade e comunhão
que o mundo jamais tinha conhecido (Gálatas 3:28), pois ele seria boa nova
“para todo o povo” (Lucas 2:10).
Todavia Jesus não reinaria como um tirano, mas
como Salvador. Ele salvaria “seu povo dos pecados deles” (Mateus 1:21),
trazendo a eles a maior paz de todas, paz com Deus (Romanos 5:1). Ele salvaria,
não subjugaria. Desde que seu reino também traz salvação (Atos 2:23-24), ele
não poderia ser rei se não fosse Salvador (Zacarias 6:12-13; Hebreus 1:3).
Portanto, desde que ele salva, ele na verdade tem que reinar (Atos 2:33-36).
O modo de seu nascimento mostra como ele é inigualável. A maioria
dos reis nascem no luxo e na riqueza. Porém, não este Rei. Suas faixas não
foram de fina púrpura nem seu berço de ouro. Em vez disso, uma manjedoura
serviu como sua cama. Esse Rei humilde fez uma entrada quieta e não pretenciosa
para aquelas pessoas de humildade incomum que seriam seus cidadãos.
Os anjos não anunciaram seu nascimento aos poderosos e
prestigiosos, mas aos pastores. Eles, humildemente, vieram “apressadamente”
para encontrar “a criança deitada na manjedoura”. Encontrando-o, eles
glorificaram e louvaram a Deus. Para os corações que respondem, como os desses
pastores, em fé confiante nas palavras de Deus, Jesus seria Rei.
Entretanto, esse Rei seria “para ruína como para levantamento”
(Lucas 2:34). Porque a maioria rejeita sua mensagem (João 1:11), eles caem
enquanto outros sobem a “lugares celestiais, em Cristo Jesus” (Efésios 2:6)
pela obediência à sua vontade (Mateus 5:19). Até mesmo seus pais representam o
tipo de cidadãos que pertenceriam ao seu reino: justos, amorosos, puros, e
pessoas obedientes.
Seguindo a estrela até Herodes, homens sábios do oriente aprenderam
com o profeta Miquéias que o Messias nasceria em Belém. Eles entraram na casa
(não estábulo) e viram o menino (não o recém-nascido) (Mateus 2:11). Portanto,
esses homens possivelmente viram Jesus antes de seu segundo ano de idade, em
vez de vê-lo na manjedoura, porque Herodes informou-se com os homens sábios
“quanto ao tempo em que a estrela aparecera” (2:7) e mais tarde matou crianças
de dois anos para baixo (2:16).
Até mesmo os visitantes do Oriente tipificam os cidadãos do Reino.
Dispostos a fazer uma viagem longa e árdua só para vê-lo, eles O adoraram
(Mateus 2:11). Eles trouxeram dádivas adequadas a um rei: ouro, uma dádiva
comum à realeza (1 Reis 10:14-22); incenso, frequentemente ligado com adoração
a Deus (Levítico 2:1-16) e mirra, uma especiaria tipicamente cara usada na
adoração (Êxodo 30:23-33), na aromaterapia (Salmo 45:8), e no embalsamamento
(João 19:39).
Nós também precisamos chegar alegremente ao nosso Rei e oferecer
nossos corpos “por sacrifício vivo, santo, que é o vosso culto racional”
(Romanos 12:1). Seu nascimento valida seu direito ao trono de Davi, sua
divindade, seu domínio internacional e até a natureza de seu Reino. Mas o que
os pais, os pastores e os homens sábios demonstram é que nada menos do que
corações submissos e vidas obedientes são suficientes para esse Rei que eleva
corações humildes à glória no Reino dos Céus.
Sem fugir do tema e da festa de hoje gostaria pedir que rezasses
por mim. Pois indignamente da minha parte, Deus quis que hoje eu participasse
do aniversário natalício do Seu Filho. Faço hoje 38 primaveras. Peço ao Deus
Menino que me faça crescer em estatura e graça como Ele perante seu Pai.
Pai, dá-me um coração de pobre que me permita contemplar o
nascimento de teu Filho Jesus, que viveu pobre para ser solidário com os
pobres.
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