Quarta-feira, 24 de Dezembro de 2014
EVANGLEHO DE LC, 67-79
A história do nascimento de João Batista tem
muitas semelhanças com a história do nascimento de Jesus.
Os Evangelhos nos
falam de uma pessoa muito especial, extraordinária, que nasceu uns meses antes
de Jesus e se mostrou um pouco antes de Jesus começar a sua missão na terra,
João era filho de Zacarias e Isabel, pessoas boas, justas e pobres. Zacarias
trabalhava uma semana por ano no Templo em Jerusalém.
João veio ao mundo com a missão de preparar os caminhos
para o Senhor, isto é, os corações das pessoas para receber Jesus que estava
chegando. Ele foi o último dos Profetas. Os profetas do A.T. anunciavam que
iria nascer o Salvador Jesus. João, o último profeta apontou, mostrou Jesus em
pessoa para o povo como o Messias esperado, e encaminhou para Jesus os seus
discípulos que havia formado. João representou o fim do AT e Jesus o início do
Novo Testamento.
Quando o anjo Gabriel apareceu no Templo para Zacarias e
disse que sua mulher Isabel ia ter um filho, ele duvidou. Por isso Zacarias
ficou mudo até a circuncisão de João. Depois que Zacarias confirmou o nome João
para o menino, sua boca se abriu e sua língua pode proclamar a Grandeza de Deus
com louvores ao Senhor.
Se referiu ao menino profetizando “E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, pois irás adiante do
Senhor para preparar seus caminhos”(Lc 1, 76).
Zacarias representa todo o povo de Israel que, depois de
tantos séculos passados lembrando, recordando as promessas, agora é testemunha
da fidelidade de Deus. Ele está presenciando a chegada do Messias. Vê despontar
“do alto a visita do sol nascente (que é Jesus), que há de iluminar os que
jazem nas trevas e na sombra da morte e dirigir os nossos passos no caminho da
paz” (Lc 1,78-79). Agora reconhece os seus benefícios e a todos os povos
proclama as maravilhas do amor de Deus.
Para o povo de
Israel o deserto é muito especial porque lembra um tempo decisivo da história,
mexe com seus sentimentos, com suas emoções, pois, está ligado ao caminho da
escravidão para a liberdade, quando guiados por Moisés, Deus os conduziu à
terra Prometida. O deserto é o lugar onde seus pais, seus antepassados fizeram
a experiência da proteção de Deus, onde não viveram apenas do pão, mas de toda
palavra que sai da boca de Deus.
João Batista crescia
e se fortalecia em espírito. E habitava no deserto até o dia em que se
manifestou a Israel. João passou toda a sua adolescência e sua juventude no
deserto. Ali se preparou para a sua missão de ser o profeta do Altíssimo, de
preparar a chegada de Jesus, de apresentar ao povo o Messias esperado durante
séculos: Jesus de Nazaré. João será o anunciador da misericórdia de Deus,
justificando o significado do seu nome.
João foi o último
profeta do Antigo Testamento, aquele que preparou os caminhos para a
inauguração da nova história, o nascimento do Salvador. A estrada deveria estar
pronta para que Jesus chegasse até nós e nós chegássemos até ele, num encontro
de amor e doação.
João queria se
diminuir para que Jesus crescesse. João sabia qual era o seu lugar. Quem deve
aparecer não é João e sim Jesus. João disse aos seus discípulos: “é preciso que
eu diminua e Ele cresça”. Nós a exemplo de João devemos preparar o caminho do
Senhor, sair do nosso comodismo e levar nossos irmãos a Jesus, projetar
realmente Jesus e não a nós mesmos.
João foi fiel à
sua missão de precursor, a ponto de se diminuir fisicamente quando foi
decapitado na defesa da verdade. Ele é uma testemunha fiel, que soube morrer
pela causa que abraçou.
Sejamos outro
João Batista no mundo de hoje levando os irmãos a se encontrar com Jesus, fazer
a experiência de Jesus vivo e presente em suas vidas.
Maria de Lourdes
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