5 de Janeiro - Segunda -
Evangelho - Mt 4,12-17.23-25
Jesus inicia a sua missão fazendo um apelo e
convite ao mesmo tempo à conversão passando pelas ruas dos nossos bairros, as
nossas cidades, nos estados, províncias e países. Assim como nas regiões
descritas deste evangelho suas palavras continuam a ressoar não só no mundo,
mas em cada coração humano, pois sua Palavra é verdade eterna: “convertei-vos,
porque o Reino dos Céus está próximo”.
Este convite à conversão constitui a conclusão vital do anúncio
feito pelos apóstolos depois de Pentecostes. Nele, o objeto do anúncio fica
totalmente explícito: já não é genericamente o “reino”, mas sim a obra mesma de
Jesus, integrada no plano divino predito pelos profetas. Ao anúncio do que teve
lugar com o Jesus Cristo morto, ressuscitado e vivo na glória do Pai, segue-lhe
o premente convite à “conversão”, a que está ligada o perdão dos pecados. Tudo
isto aparece claramente no discurso que Pedro pronuncia no pórtico de Salomão:
“Deus deu cumprimento deste modo ao que tinha anunciado por boca de todos os
profetas: que seu Cristo padeceria. Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para
que vossos pecados sejam apagados” (At 3,18-19). Este perdão dos pecados, no
Antigo Testamento, foi prometido por Deus no contexto da “nova aliança”, que
Ele estabelecerá com seu povo (cf Jr 31,31-34). Deus escreverá a lei no
coração. Nesta perspectiva, a conversão é um requisito da aliança definitiva
com Deus e ao mesmo tempo uma atitude permanente daquele que, acolhendo as
palavras do anúncio evangélico, passa a formar parte do reino de Deus em seu
dinamismo histórico e escatológico.
Os destinatário da mensagem de Jesus são todos os que se abrem à
Palavra, para escutá-la com sinceridade, alcançam a paz, a salvação, a vida.
Ele continua a revelar-se para nossa humanidade, quando fazemos o esforço
necessário para nossa conversão.
Após receber o baptismo de João, Jesus inicia uma nova fase em sua
vida. Deixa a sua cidade de origem, Nazaré, onde morava sua família, e vai
morar em Cafarnaum, às margens do mar da Galiléia.
Jesus percorre a Galiléia, onde se encontravam gentios e judeus. O
grande número de doentes e enfermos era a expressão das precárias condições de
vida do povo oprimido, com o qual Jesus se relacionava e comungava. A ele
acorrem, também, as multidões provenientes das regiões exclusivamente
gentílicas, vizinhas da Galiléia. Fica bem em evidência o caráter universalista
do anúncio de Jesus, visando à libertação de toda opressão e ao favorecimento
da vida.
A vinda de Cristo exige uma contínua conversão, um mudar de
caminho.
Este tempo de Advento é o momento ideal para a conversão. É
necessário preparar os caminhos do Senhor e acolher a sua chegada!
O Senhor já não quer nascer numa manjedoura, pois já nasceu
historicamente falando. Ele quer é nascer dentro dos nossos corações.É a partir
de cada um de nós que começa o mundo novo. É a partir do coração novo de cada
um de nós que o mundo poderá ter um novo coração!
Deixemos, pois, que Ele aja em nossa vida para que tenhamos vida e
vida em plenitude.
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