Sábado, 20 de
dezembro de 2014
Evangelho de Lc
1, 26-38
O Povo de Israel
era dominado pelo Império Romano e por uma classe sacerdotal - fariseus e
saduceus - sempre ao lado dos poderosos políticos. Um “pequeno resto” do povo
de Israel, porém, permanecia fiel à Aliança e continuava esperando ansiosamente
o Messias, o libertador prometido pelos Profetas. Este pequeno resto eram os “pobres
de Javé” que esperavam em Deus a realização da promessa de salvação.
Deus aproveitou os fatos da história humana para preparar a
vinda de Seu Filho. Jesus foi anunciado como Profeta, Messias e Libertador.
Deus poderia ter enviado seu
Filho já adulto, pronto para começar sua missão, mas quis que Ele vivesse cada
momento da vida humana, desde a concepção até a morte. E, comprovando o imenso
respeito pelas decisões do homem, Deus envia um anjo a uma jovem chamada Maria,
prometida em casamento a um jovem chamado José, que morava na pequena Nazaré,
na Galiléia, para lhe perguntar se ela aceitava ser a mãe do Salvador, cujo
nome seria Jesus, o Filho do Altíssimo,
e que isso aconteceria de um modo extraordinário, não por obra de uma relação
sexual, mas por obra do Espírito Santo.
E num gesto de confiança, entrega (fé) e disponibilidade (serviço), Maria
aceita aquela difícil missão.
As profecias começam a ser
concretizadas. O Messias vai nascer. Como todo bebê, Ele é concebido no útero
de Maria por obra do Espírito Santo e ali permanece por 9 meses.
Jesus ao se encarnar, escolhe
um meio totalmente diferente: não se apresenta ao mundo num palácio luxuoso,
rico e na capital do país e sim num meio simples, numa cidade da Galiléia,
chamada Nazaré, desconhecida, pobre e que ninguém esperava que de lá saísse
algo bom. Jesus se encarna no seio de Maria, uma jovem galileia, símbolo dos
empobrecidos, que aguardavam a libertação tão esperada e prometida.
Maria era noiva de José,
descendente de Davi, e como afirmavam as profecias Jesus seria “Grande”; seria
“Filho do Altíssimo” e o seu “Reino não teria fim”. O filho de Maria era o
Messias esperado, profetizado, e para qualquer efeito, filho de José
descendente de Davi.
Maria é convidada pelo
anjo a não ter medo à semelhança das grandes personalidades da história do povo
de Deus.
À objeção de Maria o
anjo responde: “O Espírito Santo descerá sobre ti e a força do Altíssimo te
cobrirá com a sua sombra”. A sombra e a nuvem, no Antigo Testamento,
sinalizavam a presença de Deus. Com isso, podemos entender que com Maria estava
presente o próprio Deus, o Espírito Santo. Porque para “Deus nada é impossível!”,
inclusive tornar Isabel fecunda, pois fora considerada estéril e amaldiçoada
por não ter filhos.
Maria é o tipo do
discípulo que Deus quer e procura para construir um mundo novo. Ela se põe à
disposição de Deus, dizendo: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim
segundo a Tua Palavra”.
Assim, hoje também
Deus intervém em nossa caminhada para construir um mundo novo, a sociedade do
amor. Mas quer de nós fé e serviço.
Oração: Senhor, me capacita
a cada dia para que eu possa como Maria dizer sempre sim com muita fé e
serviço.
Maria de Lourdes
Bela reflexão.
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