3 de Janeiro de 2015- Sábado - Evangelho - Jo 1,29-34
O Amor de Deus marcou para sempre nossas
vidas. Ele nos tirou das trevas e nos fez enxergar a luz da eternidade. Não há
mais razão para ficar triste ou viver amargurado se Deus está conosco e no meio
de nós. Grande significado tem para nós, hoje, o dedo indicador de João: “ Eis
o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
Cordeiro de Deus em latim é Agnus Dei, uma
expressão utilizada pela religião cristã para se referir a Jesus Cristo,
identificado como o salvador da humanidade, ao ter sido sacrificado em resgate
pelo pecado original. Na arte e na simbologia icônica cristã, é freqüentemente
representado por um cordeiro com uma cruz. A expressão aparece no Novo
Testamento, principalmente no Evangelho de hoje, onde João Batista diz de
Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29).
Os hebreus tinham o costume de matar um
cordeiro em sacrifício a Deus, para remissão dos pecados. O sacrifício de
animais era freqüente entre vários grupos étnicos, em várias partes do mundo.
Na Bíblia é referido, por exemplo, o caso de Abraão que, para provar a sua fé
em Deus teria de sacrificar o seu único filho, imolando-o e queimando-o numa pira
de lenha, como era costume para os sacrifícios de animais – o relato bíblico
refere, contudo, que Deus não permitiu tal execução. A morte de Jesus Cristo,
considerado pelos cristãos como Filho unigênito de Deus, tornaria estes
sacrifícios desnecessários, já que sendo considerado perfeito, não tendo pecado
e tendo nascido de uma virgem por graça do Espírito Santo, semelhante a Adão
antes do pecado original, seria o sacrifício supremo, interpretado como o maior
ato de amor de Deus para a humanidade.
João Batista tem uma atuação fundamental no
projeto de Deus realizado em Jesus. O batismo de João tinha características
originais e sua proclamação foi tão marcante que o tornou conhecido como “o
Batista”. Enquanto as abluções de purificação com água, tradicionais entre os
judeus, eram repetidas com freqüência, o mergulho nas águas do batismo, com
João, era feito uma única vez e tinha o sentido de sinalizar uma mudança de
vida para um compromisso perene com a prática da justiça que fortalece a vida.
Jesus assume a proclamação de João dando-lhe
um novo sentido de atualidade e eternidade, identificando-a com o projeto de
Deus de conferir vida plena e eterna à humanidade. O Espírito sobre Jesus é a
confirmação de sua divindade e da divinização de toda a humanidade n’Ele
assumida em todos seus valores e em toda sua dignidade. A presença de Jesus,
Filho de Deus, entre nós renova a nossa vida e nos impele ao empenho na
construção do mundo novo possível de justiça e paz.
Interpelado estou eu e estás tu também a
sermos o dedo em nossos dia que aponte para Jesus e diga. Eis o Cordeiro de
Deus que tira o pecado do mundo.
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