12 de abril - Evangelho - Jo
11,45-56
A mensagem central de hoje e de todo o Evangelho de
São João é que “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho Unigênito, para
que não morra todo aquele que nele crê, mas, tenha a vida eterna” (Jo 3, 16). A
presença de Jesus, como luz do mundo, divide inevitavelmente os seres humanos
entre os que se decidem pela Luz e, por isso, ficam do lado da vida, e os que
se decidem pelas trevas, ficando do lado da morte.
Assim, os fariseus, escribas e
sacerdotes não descansaram enquanto não conseguiram um jeito de anular a pessoa
de Jesus Cristo. Preocupados com a sua fama e a multiplicação dos milagres,
estavam sem saber o que fazer. Foram muitos os enfrentamentos entre eles e
Jesus, onde questionavam a pessoa de Cristo. Até que finalmente, os pontífices
e os fariseus convocaram o conselho. E desde aquele momento resolveram
tirar-lhe a vida.
Decidiram matar Jesus. Resolveram
matá-lo por Ele fazer o bem. Curar e ressuscitar pessoas, aconselhar-nos a
seguir o caminho reto, a não nos preocupar com o dia de amanhã, e a não ter
medo, mas crer n’Ele e no Pai. E o que mais indignou os pontífices ou sumo sacerdotes,
foi Ele dizer que era o Filho de Deus. Para os judeus, isso foi blasfêmia, mas
na verdade, eles queriam apagar o concorrente. Então aquele conselho foi um
pré-julgamento de Jesus, onde o Filho de Deus foi, de antemão, condenado.
Também nós condenamos e até mesmo
“queimamos” os nossos concorrentes, arrumando um jeito de diminuir as suas
qualidades: sejam no emprego, por ciúmes daqueles colegas que são mais capazes
que nós, seja aquele cara forte que arrasa quando chega na área.
Jesus era consciente de que um efeito
ainda que não desejado do seu trabalho, fosse ser causa de divisão entre os
partidários do imobilismo e os que lutam por um mundo novo. Por isso inflamou a
ira dos funcionários do templo e de todos os que se consideravam donos da
verdade.
Aproximando-nos da festa da Páscoa,
vamos ao encontro do Senhor da nova e eterna aliança. A Quaresma é ocasião
oportuna para reforçarmos nossa decisão pela luz, que é Cristo, e ajudarmos os
que estão nas trevas a optar pela luz e abandonar a morte.
Que esta quaresma, tempo favorável da
graça de Deus, nos dê as forças necessárias para renovar nossos corações, e
assim possamos viver a Páscoa do Senhor, que deseja devolver-nos a alegria de
viver.
Precisamos tomar mais cuidado para
não fazer como os líderes judaicos. Ter mais cuidado com os nossos pensamentos
e palavras. E, lembrar, acima de tudo o que nos disse o Ressuscitado: “Não
julguem e não serão julgados! Não condenem e não serão condenados!”
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