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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Para seguir Jesus temos de renunciar algumas coisas - José Salviano


Quarta- 6 de Novembro de 2013  Evangelho - Lc 14,25-33

 "Se alguém vem a mim e não odiar  seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos, suas irmãs e até a sua própria vida, não pode ser meu discípulo".
          Jesus  usa o termo odiar, que é um exagero semítico para explicar que para seguir Jesus, é preciso renunciar tudo e a todos  que ficam no caminho do compromisso total  com Jesus, mesmo que sejam parentes próximos. Nesse sentido, "odiar" significa "preferir menos", e não o ódio que habitualmente conhecemos.
        Como vemos, ser discípulo, ser sacerdote, é se entregar. É morrer para si. Tanto é que até um dia desses, os padres usavam batina preta, para significar mortalha, morte para si, entrega total ao serviço de do Reino. Por isso, o sacerdócio deve ser decidido com prudente deliberação.
        Jesus usa dois exemplos: o construtor sábio não começaria um projeto sem avaliar sua capacidade para terminá-lo; somente um louco iria para o combate sem conside­rar as probabilidades de vitória.
         Para o discípulo cristão, o sen­tido é que a renúncia é o sal do discipulado. Quando um seguidor de Jesus começa a ocultar alguma coisa, o discipulado se torna uma charada.  A parábola do sal tem várias aplicações. No Evangelho de Mateus, está ligada à imagem da luz e é usada em termos de bom exemplo (Mt 5,13); em Marcos, o sal é fonte de paz na comunidade (Me 9,50).
        É por isso que a decisão de ser sacerdote deve ser uma coisa muito bem pensada. E nos tempos atuais, a coisa fica muito mais difícil, porque o sacerdote é bombardeado por todos os lados, por uma enxurrada de sensualidade que lhe invade os sentidos principalmente os olhos. É  pela televisão, pela internet, pelos filmes e até andando pelas ruas.  Assim, fica muito difícil não obstante a graça de Deus e a ajuda da Mãe castíssima, um padre negar a si mesmo, dizendo não a sua sexualidade.
        Tenho a impressão que se Cristo Jesus andasse hoje pelas nossas comunidades, provavelmente faria algumas concessões na preparação dos novos padres, ou mesmo na vida dos sacerdotes já existentes, talvez mudando o celibato  obrigatório, para um celibato opcional. E com certeza, teríamos muito mais sacerdotes.


Sal

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