Domingo, 07 de fevereiro de 2021.
Evangelho de Mc 1, 29-39.
A liturgia de hoje nos leva a refletir sobre o tema do sofrimento, da dor, da angústia, da perda do sentido da vida.
Deus não é a causa do sofrimento, como muita gente pensa e acredita, Deus não
castiga ninguém, mas Ele está junto de nós, para assumir conosco as nossas
dores, as nossas angústias e nos ajudar enfrentá-las. Deus nos dá ânimo,
coragem, fé, esperança para nos ajudar a carregar nossos fardos, nossas
enfermidades, nossos sofrimentos físicos, espirituais e emocionais.
Jesus saiu da sinagoga onde Ele ensinou e rezou, e depois foi com
seus amigos à casa de Pedro e André. Isso nos leva a refletir que vamos a
Igreja, participamos das celebrações e quando saímos iniciamos nossa missão de
missionários de Jesus. Ele mostra uma Igreja que sai dos seus templos e vai ao
encontro das pessoas, sobretudo dos necessitados, os que estão passando por
sofrimentos ou dificuldades, ou perderam o sentido da vida, não se sentem
valorizados, amados. Como nos diz o papa Francisco: “uma Igreja em saída”.
Onde Jesus entra leva a alegria e a salvação. A sogra de Pedro
estava doente, com febre, acamada. Jesus pegou sua mão, gesto de carinho e
ternura e a fez levantar, voltar à vida, a dignidade. Ela curada se põe a
servir. Esse gesto transformador de Jesus nos ensina a sermos solidários, a
estender as mãos aos necessitados e ajudá-los a se levantarem, para que eles
também possam fazer o mesmo com as pessoas que necessitam. Toda vez que
estendemos as mãos a quem precisa, revelamos Deus para essas pessoas, pois as
pessoas que encontram Deus têm suas vidas transformadas. É muito agradável ver
alguém recuperando a vida e servindo a Deus e aos irmãos. Todos nós podemos
recuperar vidas devolvendo-lhes a esperança, dando um pouco de alegria aos que
padecem. Nossa sociedade está repleta de pessoas carentes de mãos solidárias,
que as toquem e ajudem a se levantar de suas prostrações, doenças, depressão,
dificuldades...
Ao cair da tarde, Jesus acolhe e cura os doentes e os possessos, que estavam a porta da casa de Simão. Esses
doentes não tinham a quem recorrer e ademais eram considerados impuros pela
religião. Não podiam participar na comunidade. Era como se Deus os rejeitasse e
os excluísse, mas Jesus os acolhe, os ama e os cura.
Jesus não parou aí, continuou a sua missão, foi para outros
lugares, foi se encontrar com mais pessoas necessitadas porque o Reino de Deus
tem que chegar a todos. Com isso nos ensina que não podemos parar, há muita
gente precisando de nós, de nossa ajuda. Todo gesto de amor e solidariedade
deve estar alicerçado na oração como fazia Jesus, que sempre rezava para dar
glórias a Deus, para ter força na missão e servir de exemplo para seus discípulos.
Jesus era desejado e procurado por todos, mas não se deixa
aprisionar entre aqueles a quem já ensinara e enchera de benefícios. Parte para
evangelizar outras regiões que ainda não tinham recebido a Boa-Nova da
salvação. “Foi para isso que eu vim!”
Isto é, foi para isso que eu desci do Céu. Sua missão não poderia se restringir
a uma cidade, a uma região, Ele queria atingir a todos.
Marcos evangelista quer demonstrar que Jesus é o Filho de Deus e
insiste em falar nas libertações de possessos porque elas causavam grande
impressão. Jesus é o Senhor da natureza inteira, até dos espíritos do mal, pois
tem poder sobre eles. Os pagãos tinham um grande terror dos espíritos maus, e
Jesus veio para os despachar do mundo.
Um dos detalhes mais impressionantes do Evangelho é a compaixão e
misericórdia que o coração de Jesus sentia para com os enfermos. Jesus nunca
deixou passar alguém sem lhe conceder a cura desejada. Ele que veio para salvar almas,
devido à sua misericórdia, compaixão, amor, tornou-se médico também dos corpos.
Não podemos imitar Jesus curando os enfermos, mas podemos ter
compaixão, consolar e ajudar os pobres e enfermos. Percebemos que Jesus tem um
coração sensível, afetuoso, cheio de carinho e ternura para com todos nós.
Assim devemos nos esforçar para ser também.
Jesus quer ser nosso melhor amigo. Conhecê-Lo como amigo é
conhecê-Lo em toda sua perfeição. Vamos apresentar aos nossos amigos esse Amigo
exemplar, homem de oração que deixava a multidão e se retirava a um lugar
deserto para orar.
Que a nossa vida seja uma vida dedicada ao serviço do Evangelho, ou
seja, a serviço da vida, precisamos de tempo para realizar nossas obras de
apostolado, não há dúvida. Mas, antes de tudo, precisamos rezar para merecermos
a graça que fará nosso trabalho frutificar, porque nada resiste à graça de
Deus. Jesus orienta a nossa fé, nossa vida de oração e a nossa missão.
Abraços em Cristo!
Maria de Lourdes
Jesus é o caminho para a salvação do nosso mundo!!! Ótima reflexão!!!
ResponderExcluirEu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, na Bahia da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe(José Salviano, Helena Serpa, Olívia Coutinho, Dehoniamos, Jorge Lorente, Vera Lúcia, Maria de Lourdes Cury Macedo) colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que doaram um pouco do seu tempo para evangelizar, catequizar e edificar o reino de Deus, que o Senhor Jesus Cristo e Nossa Mãe Maria Santíssima continue iluminando a todos. Abraços fraternos.
ResponderExcluirComo estás reflexões né ajudam na hora de preparar a homilia..muito obrigada.
ResponderExcluir🙏🙏🙏👏👏👏👏
ResponderExcluirVamos dizer como São Paulo: "ai de mim se não evangelizar"!
ResponderExcluirAbraços, Deus nos abençoe!
Maria de Lourdes