25- de JULHO -Segunda - Evangelho - Mt 20,20-28
O pedido da mãe pelo primeiro lugar para os filhos. Os discípulos
não só não entendem o alcance da mensagem de Jesus, mas continuam com suas
ambições pessoais. Enquanto Jesus insistia no serviço e na doação, eles
teimavam em pedir os primeiros lugares no Reino. A mãe de Tiago e João, levando
consigo os dois filhos, chega perto de Jesus e pede um lugar na glória do Reino
para os dois filhos, um à direita e outro à esquerda de Jesus. Os dois não
entenderam a proposta de Jesus. Estavam preocupados só com os próprios
interesses. Sinal de que a ideologia dominante da época tinha penetrado
profundamente na mentalidade dos discípulos. Apesar da convivência de vários
anos com Jesus, eles não tinham renovado sua maneira de ver as coisas. Olhavam
para Jesus com o olhar antigo. Queriam uma recompensa pelo fato de seguir a
Jesus. Ante o pedido ambicioso da mãe dos garotos, Jesus reage com firmeza:
Vocês não sabem o que estão pedindo! E pergunta se eles são capazes de beber o
cálice que ele, Jesus, vai beber, e se estão dispostos a receber o batismo que
ele vai receber. É o cálice do sofrimento, o batismo de sangue! Jesus quer
saber se eles, em vez do lugar de honra, aceitam entregar a vida até à morte.
Os dois respondem: “Podemos!” Parece uma resposta da boca para fora, pois,
poucos dias depois, abandonaram Jesus e o deixaram sozinho na hora do
sofrimento. Eles não têm muita consciência crítica, nem percebem sua realidade
pessoal. Quanto ao lugar de honra no Reino ao lado de Jesus, quem o dá é o Pai.
O que ele, Jesus, tem para oferecer é o cálice e o batismo, o sofrimento e a
cruz. Entre vocês não seja assim. Jesus fala, novamente, sobre o exercício do
poder. Naquele tempo, os que detinham o poder não prestavam conta ao povo.
Agiam conforme bem entendiam. O império romano controlava o mundo e o mantinha
submisso pela força das armas e, assim, através de tributos, taxas e impostos,
conseguia concentrar a riqueza dos povos na mão de poucos lá em Roma. A
sociedade era caracterizada pelo exercício repressivo e abusivo do poder. Jesus
tem outra proposta. Ele diz: Entre vocês não deve ser assim! Quem quiser ser o
maior, seja o servidor de todos! Ele traz ensinamentos contra os privilégios e
contra a rivalidade. Quer mudar o sistema e insiste no serviço como remédio
contra a ambição pessoal.
Jesus define a sua missão e a sua vida: “Não vim para ser servido,
mas para servir!” Veio dar sua vida em resgate para muitos. Ele é o Messias
Servidor, anunciado pelo profeta Isaías (cf. Is 42,1-9; 49,1-6; 50,4-9;
52,13-53,12). Aprendeu da mãe que disse: “Eis aqui a serva do Senhor!” (Lc
1,38). Proposta totalmente nova para a sociedade daquele tempo.
O pedido ambicioso da mãe para os dois filhos, e a explosão
irritada dos outros dez, deram ensejo ao Senhor para expor uma das lições mais
belas do Evangelho: o espírito de serviço. Não podemos comparar-nos, para ver
se um é mais do que o outro; não nos devemos deixar arrastar pela inveja e uma
competitividade vaidosa; pelo contrário, a nossa ambição deve ser dar-se
totalmente e servir, por amor, como Jesus faz. Aí encontraremos a felicidade.
Porque é dando que se recebe, é amando que se é amado, é perdoando que se é
perdoado e é morrendo que se ressuscita para a vida eterna. Hoje, quais têm sido
as suas ambições? Sugiro que peças somente o necessário para ser feliz. E este
consiste em contemplar o Rosto misericordioso de Deus.
Pai, transforma-me em servidor de meus semelhantes, fazendo-me
sempre pronto a doar minha vida para que o teu amor chegue até eles.
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