SEXTA FEIRA da 19ª SEMANA DO TC
12/08/2016
1ª Leitura Josué 16, 1-15
Salmo Isaias 12, 1c Acalmou-se a vossa
ira e enfim me consolastes"
“A decisão de amar por toda a vida,
não pode ser revogada”
Evangelho Mateus 19, 3-12
Eis aqui um evangelho que seria melhor
tirar do Novo Testamento, pois falar sobre ele e a verdade que proclama, é
arranjar encrenca até em família. Como é que vamos falar desse evangelho em
família se temos um filho ou uma filha, um sobrinho ou neto, que está nesta
situação? Na própria comunidade, já vi pregadores da Palavra tentar amenizar a
pregação, para não ofender casais em segunda união, levando estes ao desanimo
na Fé. Para a pós modernidade esse ensinamento evangélico é uma velharia do
passado, pois hoje em dia não dá mais para se falar em adultério.
Prestemos atenção nessa palavra tão
pesada “Adultério”, que significa “Falsa” ou que foi adulterada, mudada, como
os ladrões de veículos fazem com o número do chassis, tentam assim, fazer com
que o veículo roubado passe por outro e não mais aquele original em sua
numeração saída da fábrica.
Com dinheiro falso é também essa
atitude, não ficamos escandalizados quando compramos algo e o caixa examina a
nota de cem ou cinquenta á nossa frente, para certificar-se de que ela não é
falsa.. Também na compra de peças para veículos ou outro equipamento,
exigimos originais, porque sabemos que
têm qualidade, não são imitação, não foram adulteradas.
Mas quando tratamos das coisas de
Deus, e principalmente desse ensinamento sobre a vida Conjugal dos que se uniram um dia na Igreja, deixamos de lado
nosso rigorismo e exigências, e começamos a achar que tanto faz casar-se na
igreja ou não, e uma vez casados, a separação é sempre uma possibilidade, e a
união com outra pessoa também é coisa normalíssima em nossos dias. A confusão e
o desconhecimento é tão grande nessa área, ( com certeza culpa da nossa própria
igreja) que amasiados ou divorciados procuram os Ministros Ordinários do
Matrimônio, para pedir uma bênção, ás vezes em um salão durante a festa. E tem
mais ainda, quando o caso acontece com a filha ou o filho da vizinha, logo
alardeamos que se trata de um adultério, quando, porém, é com o nosso filho ou
filha, daí não é adultério pois temos uma justificativa.
Claro que Bênção também significa
compromisso, mas para a maioria é um modo de envolver o Divino em nossos
interesses humanos, e se ter dele a necessária proteção ou ter “sorte” no
casamento, como me dizia um amigo, nessa situação, e que queria que eu fosse ministrar
a bênção para ele e a sua Terceira esposa...Esse descompromisso total que têm
marcado a vida conjugal de tantos casais, mesmo os cristãos, nada mais é do que
influência do Néo-ateísmo que impera em nossa sociedade, onde se crê em Deus,
mas Ele não tem nada a ver com minha vida da qual faço o que quiser....
Sacramento do matrimonio é uma Graça
Santificante e Operante, que eleva o amor humano dando a este a mesma força e
grandeza do amor Divino. No altar, homem e mulher dizem o SIM não para um amor
sentimental ou somente do Eros, mas trata-se de uma decisão sagrada,
manifestada naquele sim e que significa “Sei das minhas fraquezas, mas diante
de Deus e da Igreja, tomo a decisão de amar para sempre, até a morte esta
pessoa que Deus colocou na minha vida, confiando que só conseguirei isso com a
Graça de Deus que vou agora receber”.
O SIM dos noivos supõe exatamente
isso, daí que neste evangelho, Jesus manifesta o desejo e a vontade, de que
este projeto original, iniciado para o casal precisamente no dia do casamento,
seja mantido até o fim. Quando ocorre o contrário, e a união com uma segunda
pessoa quebra e rompe este vínculo, esta união foi adulterada, falsificada e
nem por isso Deus manda do céu a sua Ira na vida do casal. E então, perante a
Santa Igreja, que acolheu a decisão dos nubentes no dia do casamento, a
comunhão de vida do casal já não existe, e como a Igreja não pode voltar atrás
em sua decisão, ela precisa sinalizar que a ruptura aconteceu e por isso,
casais em segunda união são orientados a não receberem a Eucaristia, que é a
expressão mais alta e por Excelência, da nossa comunhão com Deus, uma vez que,
recebendo-a, não podem vivê-la na vida conjugal de maneira autêntica, já que a
pessoa com quem se vive, não é aquela que diante de Deus e da Igreja decidiu
amar para sempre.
E se foi um casamento errado,
celebrado diante de Deus em cima de mentiras e falsidades, compete ao Tribunal
Eclesiástico verificar cada caso, dando as pessoas envolvidas o direito de
recomeçar a sua vida conjugal. (Diácono José da Cruz - Paróquia Nossa Senhora
Consolata - Vototantim SP - E-mail jotacruz3051@gmail.com.br )
Eu todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo, Jair Ferreira.
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