24/07/2016 - XVII Domingo do
tempo comum - 1ª. Leitura -
Gênesis 18, 20-32 – “Deus ouve o clamor do Seu
povo”
O clamor que subia aos céus contra as cidades de
Sodoma e Gomorra crescera por causa do pecado que se agravara a ponto de que o
próprio Deus, por meio dos Seus anjos, descesse para verificar as obras daquele
povo. Abraão, então diante de Deus intercedia em favor dos justos que pudessem
existir naquelas cidades e obteve a promessa de que, por causa de pelo menos
dez justos, aquelas cidades não seriam destruídas. Todos nós sabemos, no
entanto, que Sodoma e Gomorra foram aniquiladas com enxofre e fogo salvando-se
apenas Ló e suas duas filhas, não escapando nem a sua mulher. Diante desse
quadro nós podemos avaliar a situação do mundo em que vivemos! Será que ainda
haverá um homem justo? Podemos imaginar, com convicção, que hoje também, o
clamor sobe aos céus, por meio de pessoas inocentes que são assassinadas a cada
dia por causa da violência, pela miséria que existe na maior parte do planeta,
do terrorismo, da corrupção, da prostituição, das uniões ilícitas, da
libertinagem, das práticas que homens e mulheres vivenciam com sinais evidentes
de que não estão nem aí para o que Deus deixou como ensinamento. Percebemos
isto também, pelos atos pecaminosos e arbitrários contra a própria natureza
criada por Deus. Hoje também se escarnece da Palavra de Deus que é posta
de lado dando lugar aos prognósticos e mensagens de divindades criadas pela
mente humana que vaticina inverdades e faz com que mesmo os que se dizem
cristãos acreditem. Hoje, mais do que nunca chegou o tempo em que os que ainda
oram e suplicam ao Senhor pela libertação do Seu povo, deem testemunho de fé e
de firmeza diante das “portas escancaradas” para o pecado. Precisamos sair da
passividade e da anestesia que nos deixam conformados com muitas situações que
se passam diante dos nossos próprios olhos. Orar, pedir e suplicar são ações
primordiais, porém, a vivência do amor em todas as circunstâncias, é o passo
mais seguro que podemos dar para convencer ao mundo de que Deus tem poder para
salvar toda a humanidade. Somos colaboradores no projeto de Deus para a
salvação das “Sodoma e Gomorra” de hoje. –
Você se angustia diante das desgraças do mundo de hoje? – O que você faz para
reverter esse quadro? – Você tem orado pela conversão dos pecadores? – Você tem
feito exame de consciência das suas ações? – Como você está diante de Deus?
Salmo 137 – “Naquele dia em que gritei, vós me escutastes, ó
Senhor!”
O Senhor escuta o clamor do Seu povo, por isso
todo aquele que O busca de coração e a Ele presta culto tem a alma revigorada
para enfrentar as perseguições próprias do existir. Mesmo que andemos no meio
da desgraça, sujeitos às intempéries da existência, podemos ter confiança
de que Ele nos fará tornar à vida novamente e nos mostrará o caminho a seguir.
Somos, pois, uma obra inacabada, e a nossa caminhada aqui na terra é um tempo
propício para que Deus aja em nós, conforme os Seus projetos.
2ª. Leitura – Colossenses 2, 12-14 – “a alegria de quem já foi perdoado”
Por meio desta carta São Paulo nos dá
consciência de que já não somos mais devedores diante de Deus ao escrever: “existia contra nós uma conta a ser paga, mas ele a cancelou,
apesar das obrigações legais, e a eliminou, pregando-a na cruz”. Às
vezes, estamos caminhando na vida como se fôssemos eternos devedores e o
sentimento de culpa nos persegue, deixando-nos tristes e acabrunhados. No
entanto, isso é uma tentação do inimigo que além de mentiroso é acusador e sente
prazer em fazer intriga entre nós e Deus. Quando nos acusa e nos sugestiona a
não esquecermos as nossas faltas, mesmo quando estas já foram confessadas, ele
o faz com a finalidade de que não tenhamos em nós a alegria de quem já foi
perdoado. A escravidão ao pecado era a dívida que havia sido contraída com
Deus por nossos pais, quando, no paraíso, eles desobedeceram ao Criador e
preferiram seguir as sugestões da serpente. Com efeito, todos nós, fomos
afastados da graça santificante e estávamos fadados a uma morte eterna. No
entanto, o próprio Deus que é cheio de misericórdia e de amor, deu um jeito de
nos livrar da condenação e veio até nós, na pessoa do Seu Filho Jesus Cristo,
para nos tornar livres da culpa original, resgatando a nossa dívida. A partir
daí, podemos entender que no Batismo nós nos apossamos da carta de alforria que
nos foi entregue por Jesus como se fosse a liquidação de uma promissória de
altíssimo valor, a qual nunca poderíamos ter pago. Entretanto, só teremos
acesso a esse documento autenticado, mediante a Fé no poder de Deus que
ressuscitou a Cristo dentre os mortos. Em Jesus Cristo nós fomos sepultados e
com Ele também fomos ressuscitados. A certeza de que, com Jesus Cristo nós
fomos sepultados e ressuscitados no nosso Batismo, nos dá a garantia de que
estamos livres da escravidão do pecado. Agora, nenhuma culpa pesa sobre nós e o
nosso corpo já foi circuncidado com a Cruz de Jesus que nos trouxe para a vida.
Não há, portanto, mais motivo para que fiquemos atados e submissos ao pecado.
Em Jesus somos mais que vencedores, por isso, podemos andar de cabeça
erguida cantando hinos de louvor ao Senhor. –
Você já tem consciência disso? – Você já se apossou da carta de alforria que
Jesus assinou com o Seu Sangue? – Você é uma pessoa alegre, apesar de pecador
ou é uma pessoa triste, apesar do perdão de Deus? – Você se sente devedor de
alguém? – Entregue as suas dúvidas a Jesus.
Evangelho – Lucas 11, 1-13 – “a perseverança, a fé e a confiança na resposta do Pai”
Neste Evangelho Jesus nos ensina a oração do Pai
Nosso e nos motiva a pedir ao Pai o reino do céu, o pão de cada dia e o perdão
das nossas dívidas, na mesma proporção que perdoamos aos nossos devedores. Também
nos ensina a pedir a graça de não cair na tentação e de sermos livrados do mal,
que é o pecado. Dessa forma, a oração que Jesus nos ensinou contém os
requisitos imprescindíveis para que sejamos atendidos nas nossas necessidades,
quais sejam: a perseverança, a fé e a confiança na resposta do Pai. Por isso,
Jesus conta a história de alguém que foi procurar um amigo fora de hora e pediu
com insistência que lhe emprestasse o pão de que estava precisando para aquele
momento, sendo atendido por causa da sua persistência. Depois, Jesus mais uma
vez nos fala de perseverança, de fé e confiança, quando nos diz que, na medida
em que pedimos, procuramos e batemos na Porta do Pai, nós receberemos o
Espírito Santo que é Aquele que nos ensina a orar como convém. Pedir o
Espírito Santo é, portanto, o que devemos fazer a cada momento em que nos dirigimos
ao Pai, deixando que Ele seja o agente e administrador da nossa oração. Somente
o Espírito Santo de Deus conhece a verdade do nosso coração e as suas reais
intenções, por isso, tem a ciência exata das nossas necessidades físicas,
emocionais e espirituais. Somente Ele poderá nos ajudar a cumprir a parte que
nos cabe quando rezamos o Pai Nosso que é perdoar àqueles que nos ofenderam e
não cair nas tentações a que estamos sujeitos todos os dias. É Ele também que
se dirige ao Pai e intercede para que sejamos fiéis à nossa oração pessoal
quando temos a chance de escutar Suas confidencias e os Seus desígnios para
cada momento da nossa vida. –
Você tem pedido que o Espírito Santo dirija a sua oração? – Você tem
perseverado na oração do Pai Nosso? – Qual é o pão que você tem pedido ao Pai?
– Você tem cumprido com a promessa de perdoar a quem lhe tem ofendido? – Você percebe qual a vontade do Pai para a
sua vida?
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