SEXTA FEIRA DA 16ª SEMANA DO TC 22/07/2016 (Santa
Maria Madalena)
1ª Leitura Cântico dos Cânticos
3,1-4ª ou 2Coríntios 5,14-17
Salmo 62/63”Minha alma está sedenta
de vós, e minha carne por vós anseia como a terra árida e sequiosa, sem água”
Evangelho João 20, 1-2.11-18
Hoje nos encontramos com Maria
Madalena, uma mulher apaixonada por Jesus, uma paixão até hoje incompreendida e
mal falada por alguns "iluminados", que não conseguem vislumbrar algo
além da carne. Jesus é o Grande Amor, não só de Madalena, mas de todos os que
Nele creem, e que só podem experimentá-lo a partir do amor que fascina e
deslumbra.
Parece que João, Evangelista, neste
evangelho apresenta-nos um resumo da Vida de Madalena, tendo como enredo a sua
experiência com Jesus. Em Jesus tivera início a Nova Criação, era o primeiro
dia da Semana, Madalena VIU a pedra removida do sepulcro, ainda estava escuro,
era o início da sua Vida de Fé, ainda não consegue experimentar aquilo que
transcende e prevalece a Lógica humana "Tiraram o corpo do meu
Senhor", vai dizer aos apóstolos.
Inclinar-se para olhar dentro do
sepulcro é atitude de quem está à procura de algo mais, VE dois anjos,
"Levaram o meu Senhor!" Com a Fé um pouco mais amadurecida ela
consegue ver além, entretanto ainda pensa dentro da lógica humana. Depois disso
ela se volta e vê Jesus, mas não o reconheceu, de fato, Jesus se deu a conhecer
enquanto Palavra a ponto do próprio João chamá-lo de Verbo Encarnado, é a
Palavra Poderosa de Deus que irá criar o mundo "FAÇA-SE", quando
Jesus a chama pelo nome "Maria", então ela o reconhece, é
precisamente a Palavra que nos comunica o dom da Fé, é a Palavra que cria e nos
recria, nos renova e restaura.
"Mestre" vai exclamar
Madalena. Quem o reconheceu quer experimentá-lo, tocar o outro, achegar-se mais
ao outro, abraçar, pegar na mão. Madalena pensa ser esse o modo de experimentar
Jesus em sua vida agora iluminada pela Fé.
As comunidades Joaninas dos anos 70
– 80 estavam desejosas de saber melhor quem era Jesus, e desejavam, como
Madalena, tocá-lo, vê-lo, enxergá-lo. Retê-lo como um Bem particular, porém,
não é mais esse o modo de se fazer a experiência de Jesus em nossa vida e em
nossas comunidades.
Em seu estado glorioso, há uma
presença real do Senhor, porém mística, que não se alcança com nossos sentidos,
como cantamos no "Tão Sublime Sacramento". Madalena representa toda
uma comunidade que por aquele tempo, quando tudo parecia ainda obscuro, soube
vislumbrar essa nova presença de Jesus junto aos seus. Continuou uma eterna
enamorada de Jesus, até o dia em que, na visão Beatífica, pode contemplá-lo
plenificando o amor que alimentou nessa vida.
Inspirados por Santa Maria
Madalena, que possamos também fazer essa bela experiência, reconhecendo o
Senhor a partir da sua Santa Palavra, percebendo-o na vida dos irmãos e irmãs,
que conosco caminham na comunidade. (Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora
Consolata – Votorantim SP- E-mail cruzsm@uol.com.br)
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