10 de julho - Quinta-Evangelho - Mt
10,7-15
Bom dia!
Aonde esta o reino de Deus? Aonde e por onde já o
procuramos? Li certa vez numa camiseta a seguinte frase: “dinheiro não é tudo,
é 100%”. Vai saber se é mesmo?
“(…) Porque nada trouxemos ao mundo, como tampouco nada
poderemos levar. Tendo alimento e vestuário, contentemo-nos com isto. Aqueles
que ambicionam tornarem-se ricos caem nas armadilhas do demônio e em muitos
desejos insensatos e nocivos, que precipitam os homens no abismo da ruína e da
perdição. Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Acossados pela
cobiça, alguns se desviaram da fé e se enredaram em muitas aflições”. (I
Timóteo 6, 7-10)
O que é o dinheiro se não temos a paz para gastá-lo?
Precisamos muito do dinheiro para pagar nossas contas e
manter nosso padrão de vida e a nossa qualidade de vida, mas ele não nos
visita, não nos consola, não nos alegra no dia da tristeza. Vi certa vez na
internet um homem que ganhou milhões de dólares na loteria, no entanto hoje
tenta recuperar o velho emprego de gari.
Assistindo um documentário do History Channel sobre o
paradeiro da arca da aliança os pesquisadores e arqueólogos não descartam a
possibilidade que ela, por ser feita de madeira possa ter se desmanchado com o
tempo, sobrando apenas o ouro que a revestia.
A arca carregava as tábuas da Lei, que eram de pedra, onde
Moisés apresentou ao povo os dez mandamentos. Poderia então tamanho tesouro
virado pó junto com a madeira? O que havia de mais precioso lá, as tábuas ou a
mensagem?
Do êxodo até os dias atuais, em que momento de nossas vidas
não usamos como referência os dez mandamentos? Na criação dos nossos filhos
eles estão, nos direitos e deveres públicos eles estão lá também, no entanto o
ouro não está.
Precisamos nos empenhar ainda mais a levar a mensagem de um
reino de Deus que “paira” sobre nós, mas que insistimos em não ver. Que o
dinheiro, as posses, os bens devem ser os adornos e não a vestimenta. Que a
busca da felicidade não pode estar condicionada a se acertar na loteria, em ser
milionário, (…).
Quem nunca sonhou estar de férias no caribe, na Europa, em
Nova York com toda a família, num hotel de luxo numa praia paradisíaca digna de
um filme de Hollywood? Como sonhar é bom! Por que então não acrescentamos
nesses sonhos que temos a paz, o sorriso de nossos filhos, a presença dos
nossos amigos? O ouro pode estar também na realidade que vivemos, esteja
acontecendo num fundo de um quintal ou numa laje sem cobertura.
Se recebermos de coração aberto a paz ela será convidada a
ficar, com dinheiro ou sem dinheiro! “(…) Que a paz esteja nesta casa! Se as
pessoas daquela casa receberem vocês bem, que a saudação de paz fique com
elas”.
O que me impressiona é nossa vontade de construir patrimônio
e se esquecer dos alicerces que de fato nos sustentam para poder usufruir da
conquista. E quanto a questão de onde estaria o reino de Deus… Se de fato as
tábuas viraram pó é bem provável que elas até hoje estão no ar, ao nosso redor,
sobre nós, sobre os irmãos…
Encontrou? A mensagem sobrevive ao tempo. É ela o verdadeiro
patrimônio contido na arca da aliança.
Fecho esse texto com a reflexão proposta pelo site da CNBB,
para esse mesmo texto, no ano passado:
“(…) A vida de quem é discípulo de Jesus consiste em fazer
as obras do reino de Deus para manifestar a sua presença no meio dos homens. É
deixar de lado as suas próprias obras para que, como enviado por Jesus, realize
as obras de Deus. Para que isso seja possível, o discípulo de Jesus não deve
colocar a sua confiança nos bens materiais, mas em Deus, que tudo proverá para
que a sua obra seja coroada de êxito. Com essa confiança em Deus, o discípulo
de Jesus deve procurar estar atento a tudo o que acontece ao seu redor, para
que não perca nenhuma chance de fazer o bem aos que necessitam dele e possa
ser, também, um promotor da paz”.
A exemplo de São Barnabé, nos empenhamos em levar a notícia
que muda a vida verdadeiramente. O que levar? o que é importante.
Um imenso abraço fraterno.
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