DIA 15 QUARTA -Mc 1,29-39
Curou muitas pessoas de diversas
doenças.
Este Evangelho descreve dois dias de
intensa atividade de Jesus em Cafarnaum: 1) Sai da sinagoga onde estava
rezando. 2) Cura a sogra de Pedro. 3) Cura “muitas pessoas de diversas doenças
e expulsa muitos demônios”. 4) Refugia-se para a oração. 5) Vai a “outros
lugares, às aldeias da redondeza”. E o evangelista resume: Jesus “andava por
toda a Galiléia, pregando em suas sinagogas e expulsando os demônios”. A oração
e a união com Deus é a fonte do nosso amor ao próximo.
Jesus só fazia o bem; a sua alegria
consistia em fazer o bem às pessoas. Depois que ele curou a sogra de Pedro, o
evangelista diz: “Então a febre desapareceu, e ela começou a servi-los”. Aquela
senhora, que convivia com Jesus bem de perto, pois ele frequentemente se
hospedava na casa dela, havia aprendido com Jesus esta virtude do bom
acolhimento. Certamente, lá da cama ela sentia um grande desejo de estar
preparando a comida e o pouso dos queridos visitantes. Logo que foi curada,
pôde realizar o seu desejo.
“À tarde, depois do pôr-do-sol, levaram
a Jesus todos os doentes... A cidade inteira se reuniu em frente da casa. Jesus
curou muitas pessoas de diversas doenças.” Descubra a felicidade de servir.
Quem gosta de servir, faz aquilo que pode pelos outros. Jesus podia curar,
curava. Diversas vezes, ele nos pediu: “Curai os doentes”.
“De madrugada, quando ainda estava escuro,
Jesus se levantou e foi rezar num lugar deserto.” O seu amor maior mesmo é a
Deus Pai. É este amor que o impulsionava a amar o próximo. Como é importante
nós não nos deixarmos levar pelo ativismo, e dar umas fugidas para nos
encontrarmos com Deus! O evangelista começa o Evangelho de hoje dizendo: “Jesus
saiu da sinagoga...” portanto ele estava rezando. Só neste curto texto do
Evangelho, Jesus aparece duas vezes rezando!
“Simão e seus companheiros foram à
procura de Jesus. Quando o encontraram, disseram: Todos estão te procurando!”
Como quem diz: “Ontem o Senhor conquistou o povo; agora, que, está na hora de
colher os frutos, o Senhor foge?” Jesus não buscava “frutos” nem glórias para
si; o que ele queria era a glória de Deus Pai e o bem do povo.
“Jesus respondeu: Vamos a outros
lugares”. O líder dá a mão, ajuda a pessoa a se levantar, mas quer que ela
depois caminhe com as próprias pernas, e não fique dependendo daquele que a
ajudou, ou batendo palmas para ele. Afinal, somos todos iguais. Deus é que faz
as curas e dá as graças.
O grande modelo na cena, além de Jesus,
é a sogra de Pedro que, logo que foi curada, “se levantou e pôs-se a servi-lo”.
O trabalho é uma bênção de Deus. Poder trabalhar é poder servir. “Descubra a
felicidade de servir”. Jesus trabalhava. Ele era carpinteiro, junto com o pai,
S. José. Na vida pública, continuou trabalhando, pois a atividade missionária é
trabalho. Quem tem fé gosta de trabalhar, pois a fé sem obras é morta. Nós, que
recebemos tanto da família e da sociedade, precisamos ajudá-las também, através
do nosso trabalho.
Jesus era um mestre religioso diferente
dos outros mestres da época. Estes fundavam escolas para ensinar a interpretar
a Sagrada Escritura. Jesus era itinerante, queria que seus discípulos
vivenciassem a Sagrada Escritura, e passassem essa vivência para frente. Esse
método continua até hoje, na Santa Igreja.
Nós queremos ser “Discípulos e
missionários de Jesus Cristo, para que os nossos povos tenham vida nele”
(Documento de Aparecida). Somos chamados a levar a Boa Nova de Jesus até os
confins da terra. A Comunidade cristã não é um grupo de pessoas em torno de um
líder, mas são pessoas unidas em torno de Cristo, e organizadas entre si para a
construção do Reino de Deus.
Certa vez, um menino da roça foi à
cidade com o pai. E lá havia um palhaço na rua, fazendo propagando do circo. O
garoto se encantou com aquele palhaço, e começou a acompanhá-lo, junto com as
outras crianças.
Quando se deu conta, tinha se separado
do pai. O menino começou a chorar, e a andar desesperadamente pelas ruas
procurando o pai. Ele atravessava as ruas sem cuidado, correndo o risco de ser
atropelado. Até que, por sorte, o pai, que também o procurava, o viu na rua e
correu atrás.
Este mundo está cheio de gente andando
sem rumo e desesperadamente, como aquele garoto. A sogra de Pedro não andou sem
rumo, pois imitava e seguia Jesus Cristo, o caminho, a verdade e a vida.
Maria Santíssima passou a vida servindo:
dona de casa, esposa, mãe... Que ela nos ajude a servir na humildade, a Deus e
aos nossos irmãos e irmãs, e assim acertar o caminho do Céu.
Curou muitas pessoas de diversas
doenças.
Padre Queiroz
Padre Queiroz, amo suas hitórias. Desculpe, mas sempre que posso, mando-as para o face. São lindas!
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