Domingo, 19 de janeiro de 2014
2º Domingo do Tempo Comum
Santos do Dia: Alberto de Cashel (bispo), Arcôncio de Viviers (bispo, mártir), Arsênio
de Corfu (bispo), Bassiano de Lodi (bispo), Canuto IV da Dinamarca (rei,
mártir), Catelo de Castellamare (bispo), Contesto de Bayeux (bispo), Firmino de
Gabales (bispo), Germano de Esmirna (mártir), Henrique de Uppsala (bispo,
mártir), Laudomaro de Corbion (abade), Mário, Marta, Ábaco e Audifax
(mártires), Natalan de Aberdeen (bispo), Paulo, Gerôncio, Januário e
Companheiros (mártires da Numídia), Ponciano de Spoleto (mártir), Remígio de
Rouen (bispo), Wulstano de Worcester (monge, bispo).
Primeira leitura: Isaias 49,3,5-6
Tu és meu servo, em quem eu rejubilarei.
Salmo responsorial: 39(40),2.4ab.7-8a.8b-9.10 (R 8a e 9a)
Eis que venho fazer vossa vontade,
Segunda leitura: 1 Corintios 1,1-3
Graça e paz da parte de Deus nosso Pai, e da parte do Senhor Jesus Cristo.
Evangelho: João 1,29-34
Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
Tu és meu servo, em quem eu rejubilarei.
Salmo responsorial: 39(40),2.4ab.7-8a.8b-9.10 (R 8a e 9a)
Eis que venho fazer vossa vontade,
Segunda leitura: 1 Corintios 1,1-3
Graça e paz da parte de Deus nosso Pai, e da parte do Senhor Jesus Cristo.
Evangelho: João 1,29-34
Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
As leituras deste domingo têm como eixo transversal o convite de Deus a
toda a humanidade a assumir como próprio o projeto do Reino, de projetar, em
liberdade e sinceridade, uma maneira nova de ser homem e mulher, de ser criação
e sociedade. O texto da primeira leitura faz parte do segundo Cântico do Servo
(Is 49,1—50,7), nele há uma identidade do povo de Israel como o servidor de
Deus. Este Israel mencionado aqui não representa a totalidade do povo de Deus,
mas sim, talvez, se refira àquela pequenina comunidade de crentes, desterrada
na Babilônia, a esse grupo reduzido que mantém viva a esperança e a fé.
Esse grupo que, apesar de estar longe de sua terra, mantém sua
confiança que Javé, trará a salvação a todo o povo de Israel e ao mundo inteiro,
pois Deus colocou seus olhos nele e assinalou a missão a todo o povo de Israel
e ao mundo inteiro, pois Deus olhou para ele e lhe concedeu a missão de
expressar a toda a criação o seu desejo mais profundo: salvar a todos sem
exceção. O autor do cântico assinala uma grande diferença quanto à compreensão
da salvação prometida por Javé; sendo o tempo do exílio, o profeta anuncia uma
salvação para todas as nações, não unicamente para o povo de Israel.
Paulo inicia sua carta confirmando a universalidade do Reino de Deus;
expressando que a mensagem de salvação é para todos os que, em qualquer lugar e
tempo invocam o nome de Jesus Cristo. Contudo, pela maneira solene que Paulo
escreve (à Igreja de Deus em Corinto), pode-se afirmar que o apóstolo está se
referindo à única e universal igreja de Cristo, que se faz historicamente
presente nos cristãos da comunidade de Corinto. Isto é, ainda que Paulo tenha
escrito de amaneira particular a uma comunidade, sua mensagem ultrapassa os
limites do espaço e do tempo, adquirindo em todo momento atualidade e
relevância, pois é uma Palavra dirigia à humanidade inteira.
Homens e mulheres recebem a graça de ser filhos de Deus, por meio de
Jesus; fomos consagrados por Deus para realizar em nossas vida a “vocação
santa”, que em nossa linguagem corresponderia à “missão” de tornar presente,
aqui e agora, o reino de Deus: fazer deste mundo um lugar mais justo e
solidário, menos violento, destruidor, mais livre e fraterno. Quem assume como
modo normal de vida este horizonte libertador, está invocando o nome de Jesus.
O evangelho de João manifesta a universalidade da salvação
de Deus por meio da vida e missão de Jesus de Nazaré, visto este como cordeiro de Deus, que se sacrifica, se entrega
obedientemente à vontade do Pai para salvar da morte (do pecado) a toda a
Humanidade... Jesus é o enviado do Pai, o ungido pelo Espírito de Deus, o
servidor de Javé de que fala o Profeta Isaías (49,3) que tem como especial
missão estabelecer no mundo a justiça do reino.
É quem verdadeiramente traz a salvação de Deus à humanidade. João
Batista já havia compreendido sua própria missão e a missão de Jesus. Por tal
razão o profeta do deserto diz que atrás dele vem um que é mais importante do
que ele, pois o que vem é o Messias, Palavra nova de Deus para o mundo. O
Batista reconhece Jesus como o Filho de Deus, por isso dá testemunho dele. E o
faz com as imagens daquele tempo, imagens que há muito tempo ficaram sem base e
que até perderam sua inteligibilidade. Falar de Cordeiro de Deus, sacrificado,
que expia nossos pecados, que tira o pecado do mundo com seu sangue, que nos
"redime”... é falar em categorias que somente podemos conhecer pelo estudo
histórico-bíblico, por cultura especializada religiosa, porém que não podemos
captar “por sentido comum”, por uma vivencia que se respira através do
subconsciente coletivo social, como normalmente são captadas as boas imagens,
as imagens que estão vivas.
Algumas imagens já morreram, ainda que continuem sendo lidas ou
repetidas. Uma tarefa pendente da comunidade que crê hoje é testemunhar esse
encontro profundo com Jesus com metáforas novas, para que expressem e
comuniquem esse encontro. Será essa a forma na qual se poderá concretizar uma
vida fundada na entrega e no amor, na justiça e na comunhão com a Natureza..
Oração: Ó Deus, Pai e Mãe universal, que és a “luz que ilumina todo homem e
toda mulher quem vem a este mundo”; nós te pedimos que faças de nós
facilitadores dispostos a ser transparência dessa luz e a remover a obscuridade
que se instala no “pecado do mundo”; que como Jesus, também nós, como
“precursores” seus hoje, estejamos dispostos a carregar o pecado do mundo e a
possibilitar sua superação, segundo o teu Projeto. Nós te pedimos com os olhos
fixos no exemplo de Jesus, filho teu e irmão nosso. Amém.
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