SEXTA FEIRA DA 4ª SEMANA DO
TEMPO COMUM 07/02/2014
1ª Leitura Hebreus 13, 1-8
Salmo 26 (27) , 1 a “O Senhor é minha Luz e minha Salvação, a
quem temerei?” - Diac. José da Cruz
Evangelho Marcos 6, 14-29
O Evangelho nos mostra a
conturbada relação de Herodes com Jesus. Claro que não há uma cronologia
sequencial dos fatos aqui expostos, o que o evangelista ressalta muito bem é
que os Poderosos desse mundo, aqui representados por Herodes, sempre se colocam
acima de qualquer poder, mesmo o Divino, como donos absolutos da Vida podendo
manipula-la á vontade, sempre é claro a seu favor.
Herodes não acreditava
naquela onda de que o Batista, que ele mandara decapitar, atendendo o desejo de
Salomé, a filha de sua amante Herodíades, teria ressuscitado em Jesus e voltara
a vida para provocá-lo.
E qual é o pecado de
Herodes? Exatamente o de colocar-se acima de Deus enquanto Rei, e mesmo que
aprecie a quem prega, não pode voltar atrás em sua palavra, pois jurou durante
um banquete no dia do seu aniversário. Celebrou a Vida decretando a morte do
Justo que ousara denunciar o seu pecado de adultério.
A Eucaristia é um Banquete
bem diferente do Banquete de Herodes, nela Jesus oferece a própria Vida para
que toda Humanidade a tenha em abundância. Diferente de Herodes, Jesus mantém a
sua Palavra, mesmo que isso represente perder a própria Vida. Se permanecesse
fiel as Palavras de João Batista a quem tanto admirava, compreenderia que no
Reino de Jesus, só ganha quem perde.
O homem da pós modernidade
conhece Jesus Cristo, o seu evangelho e o seu Reino, admira os valores cristãos
e até os acha belos enquanto ideal de
Vida, mas no momento em que, para decidir radicalmente a favor do Reino, correr
o risco de perder algo, como Herodes prefere que prevaleça a mentira, a
infidelidade e a morte do Justo, relativizando Jesus Cristo e seus
ensinamentos, porque o seu egocentrismo só o leva a ver como absoluto seus
interesses.
Os governantes e os
legisladores do mundo, muitas vezes agem desse modo, decretando a morte do
Justo, porque o seu testemunho é uma séria ameaça ao poder que ocupam. E assim,
o banquete de morte se repete em todas as esferas, pois há sempre uma
Herodíades caprichosa, querendo a cabeça dos que vivem e anunciam a Verdade
absoluta.
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