22 de Janeiro de 2014
Jesus entra no templo e logo percebe um
irmão excluído pela sociedade por causa de um defeito que tinha em uma das
mãos. Sentado no chão, com vergonha por ser um dos últimos dos seres humanos
naquela sociedade excludente, e com pena de si mesmo, o pobre homem tentava se
conformar com a cruz que tinha de carregar, como o faz muitos irmãos que hoje
perambulam pelas ruas de nossas cidades, pobres criaturas mal vestidas e mal
cheirosas, dependentes da nossa caridade para matar a fome e a sede.
Era dia de sábado, e segundo a lei não
era permitido fazer absolutamente nada.
Estavam presentes os lideres judaicos,
escribas e fariseus, que se julgavam os puros observadores da lei de Israel,
estavam como sempre a observar se Jesus faria algum milagre no dia do descanso
segundo a Lei. Eles não disseram nada. Somente estavam observando, mas Jesus
percebeu os seus pensamentos e sem nenhum temor, pede ao aleijado que se
levante. Todos de olhos nos dois, principalmente os escribas e fariseus. E
Jesus então pergunta aos presentes, especialmente aos seus adversários:
“Eu pergunto a vocês: o que é que a
nossa Lei diz sobre o sábado? O que é permitido fazer nesse dia: o bem ou o
mal? Salvar alguém da morte ou deixar morrer?”
Em seguida, Jesus cura, aquele homem
libertando-o daquele defeito que o marginalizava, que o humilhava.
Os lideres judaicos, furiosos, trocam
entre si opiniões, sobre como eliminar Jesus, que segundo eles, estava
desrespeitando a Lei.
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Ao contestar a observância religiosa do
repouso sabático, imposta pela Lei de Israel, Jesus mostra que o mais
importante, é salvar a vida, é fazer o bem, e não observar cegamente um
preceito religioso simplesmente por observar. Este foi um dos quatro gestos de
Jesus em que Ele agride a ordem legal defendida pelos mandatários locais. Jesus
não se intimida e, ostensivamente, toma a iniciativa provocadora de passar por
cima daquele preceito religioso e libertar aquele pobre homem do seu motivo de
humilhação social. Enquanto que os seus oponentes, que se julgavam tão santos,
tramam a morte de Jesus.
Nós também não devemos nos intimidar
diante das injustiças, diante das coisas erradas que nos cercam. Vizinhos que
nos incomodam, e outros abusos que são frutos do egoísmo das pessoas que só
pensam em satisfazer os seus intentos e desejos sem se incomodar se estão
prejudicando os demais. Precisamos ter a coragem de reclamar, de enfrentar tais
abusos, porém sem ofender os abusados. Poderemos ser crucificados,
retaliados. Por isso, peçamos a proteção de Deus.
Sal.
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