.

I N T E R N A U T A S-M I S S I O N Á R I O S

SOMOS CATÓLICOS APOSTÓLICOS ROMANOS

e RESPEITAMOS TODAS AS RELIGIÕES.

LEIA, ESCUTE, PRATIQUE E ENSINE.

PARA PESQUISAR NESTE BLOG DIGITE UMA PALAVRA, OU UMA FRASE DO EVANGELHO E CLICA EM PESQUISAR.

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

JESUS NOS ACALMA, DÁ CORAGEM E PAZ- Maria de Lourdes Cury.

 

Domingo, 9 de agosto de 2017.

Evangelho de Mt 14, 22-33.

 

 

A liturgia deste 19º Domingo Comum quer nos revelar Jesus como Messias e Filho de Deus.

Jesus saciou a fome do povo que o seguia à dias sem ter o que comer. Diante do milagre da multiplicação dos pães, tanto o povo como os discípulos ficaram entusiasmados e pensaram em proclamar Jesus como rei. Para evitar que os apóstolos se deixassem dominar por esse entusiasmo fácil, Jesus obrigou-os a embarcar e mandou que fossem esperá-Lo do outro lado do lago, em território pagão, para semear as sementes do mundo novo, missão da comunidade cristã.

Feito isso Jesus subiu à montanha para rezar. Várias vezes os Evangelhos narram que Jesus se retirava, ficava sozinho para rezar e de preferência à noite. No coração e na prática de Jesus tinham duas paixões: a paixão por Deus e a paixão por seus irmãos, os homens. Podemos imaginar a profunda intimidade de Jesus com o Pai, pois Ele chama o Pai de paizinho e se sente como seu Filho muito querido. Nestas horas de orações longas, silenciosas e densas, era o momento d’Ele, de ficar a sós com Ele mesmo. Jesus buscava forças para continuar sua missão, continuar ensinando a sua doutrina que o levaria a morte e que não era aceita pelo poder político e religioso da época. Era na oração que Jesus buscava se fortalecer mais e mais para levar até o fim a sua missão.

Para atravessar o lago, os Apóstolos tinham que remar uns 11 quilômetros. Com o tempo bom, isso seria feito em duas ou três horas. Com o vento contrário, a coisa era diferente. Nessa noite o vento não era favorável, de forma que era preciso muito esforço, remar contra o vento que soprava forte, contra as ondas que subiam e desciam, por isso se explica o porquê de remarem a noite toda e demorarem tanto para atravessar o lago ou Mar da Galileia.

Na madrugada, antes de clarear o dia, Jesus veio ao encontro deles, andando por cima da água e os apóstolos viram um vulto e se assustaram, ficaram com medo, pensando ser um fantasma, soltaram gritos de pavor.  Mas logo se acalmaram ao ouvir a palavra de Jesus: “Fiquem tranquilos, Sou Eu”. “Sou Eu” é o nome de Deus. Jesus se revela como Deus se revelou a Moisés no deserto, na sarça ardente. “Sou Eu – Eu sou”.

Pedro quis ir ao encontro de Jesus, e Jesus lhe disse: Venha! Ele saltou para a água e foi andando sobre as águas agitadas do mar. No entanto, Pedro, que teve a coragem de atirar-se às ondas bravias, ficou com medo da violência do vento. O medo do vento foi-lhe maior que a confiança em Jesus. Acreditou mais na força do vento do que nas palavras de Jesus que diz: Vem! E assim Pedro começou a afundar. Afundar é sinal de dúvida, de medo, mas gritar pelo Senhor é a certeza de sua ajuda e salvação.

Pedro grita pelo Senhor: “Senhor, salva-me!” No mesmo instante, Jesus estendeu-lhe a mão e segurou-o. Mal Jesus subiu à barca, o vento cessou, a tempestade de repente desapareceu. Todos os apóstolos ficaram admirados diante de Jesus.

Em Jesus estavam vendo realizar o que nunca tinham visto em ninguém: um poder imenso. Tinha alimentado com cinco pães, mais de cinco mil pessoas, tinha completo domínio sobre a natureza, neste caso sobre as ondas, tempestades e vento.

Diante disso tudo a única coisa que os discípulos poderiam fazer era reconhecer a grandeza e o poder de Jesus. Prostrados diante de Jesus fazem um ato de fé: “Vós sois realmente o Filho de Deus”! Reconheceram Jesus como o Salvador prometido.

Nós podemos entender que a barca seria símbolo da Igreja no meio das dificuldades, agitada pelo vento da calúnia, pela tempestade das perseguições. E Pedro representa cada cristão, a quem não falta entusiasmo, não falta confiança em Jesus, mas ainda tem muito a aprender, amadurecer e crescer na fé. É a esses que Jesus estende sempre de novo a mão salvadora.

Podemos também comparar aquela barca com a nossa vida. Quantas vezes a barca da nossa vida é agitada pelos ventos fortes, ondas impetuosas, tempestades assustadoras. E ao mesmo tempo, que confiamos em Deus nos vem a desconfiança, o medo, o pavor, a dúvida, a falta de fé.

Quando navegamos em águas tranquilas parece que temos fé, mas quando a nossa barca é agitada por problemas começamos a duvidar e achar que Deus nos abandonou, que não nos escuta. Quando chega a doença, o sofrimento, a dor, a perda de pessoas queridas na família; quando acontece o desemprego, a falta de dinheiro, o aperto; quando a família não vai bem, pois falta o diálogo, o relacionamento não está bom, quando há o vício do jogo, do álcool, da droga, falta de moradia, problemas no trabalho, injustiças, corrupção, nesses momentos difíceis nos sentimos afundando num mar agitado de ondas bravas e gigantes.

Outras vezes nos sentimos corajosos e entusiasmados como Pedro e nos atiramos nas águas, nos entusiasmamos por Jesus e começamos a participar dos trabalhos da comunidade Igreja. De repente por qualquer motivo começamos a nos desinteressar, a nos sentir cansados, desanimados, nos acomodamos, nos afastamos da casa do Pai, nos afastamos de tudo e sem perceber vamos nos sentindo tristes e infelizes. Quando isso acontece estamos como Pedro, nos afundando no mar. É preciso fazer como Pedro, gritar pelo Senhor: “Senhor, salva-me!” Ele vem ao nosso encontro.

Não podemos duvidar da presença viva de Jesus ressuscitado entre nós, da força de sua Palavra, ela nos dá coragem e afasta o medo, o temor, dúvida. Nós contamos com a presença do Espírito Santo, que nos assiste, guia, ilumina.  A mão de Jesus estará sempre estendida, pronta para nos salvar. O Senhor, o Messias, o nosso Salvador vem ao nosso encontro com palavras de ânimo: “Coragem! Não tenha medo!” Quando começamos afundar é demonstração de dúvida, gritar pelo Senhor é a certeza de sua ajuda e salvação!

 

Abraços em Cristo!

Maria de Lourdes

 

 

 


6 comentários:

  1. Eu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe(José Salviano, Helena Serpa, Olívia Coutinho, Dehoniamos, Jorge Lorente, Vera Lúcia, Maria de Lourdes Cury Macedo, Adélio Francisco) colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que doaram um pouco do seu tempo para evangelizar, catequizar e edificar o reino de Deus, que o Senhor Jesus Cristo continue iluminando a todos. Abraços fraternos.

    ResponderExcluir
  2. Eu Eliene sou muito grata a você e toda equipe de evangelização. Gosto de refletir suas postagens e uso muito na catequese de crisma essas reflexão. Sou grata por tudo.🙏🙏🙏👏👏👏

    ResponderExcluir
  3. Com muita didática vc faz com que todos compreendam e a cada homilia vc nos surpreende. Gratidão.

    ResponderExcluir
  4. Obrigada pela gentileza sr Jair
    Maria de Lourdes!

    ResponderExcluir
  5. Oi, Eliene, obrigada pelo seu comentário. Também sou catequista de crisma!
    Maria de Lourdes

    ResponderExcluir