ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA
SOLENIDADE
16 de Agosto de 2020
Evangelho Lc 1,39-56
-MARIA, A ESCOLHIDA! José Salviano
Neste domingo a Igreja
celebra uma das festas mais importantes e mais antiga da sua história, que é
Assunção de Maria ao céu.
Com alegria e toda
devoção nós festejamos hoje a grande festa da Mãe de Jesus e nossa mãe. Maria,
a jovem de Nazaré, que foi a escolhida por Deus para gerar em seu corpo o
Messias, o Salvador. A Assunção de Maria é uma verdade professada desde os
primeiros séculos, tanto no Oriente como no Ocidente, foi proclamada dogma pelo
papa Pio XII como verdade de fé no dia 1º de novembro de 1950 pela bula Munificentíssimo
Deus.
Nós cristãos católicos
do mundo inteiro, alimentamos a nossa devoção a esta jovem que aceitou o
chamado de Deus, sem nenhuma exigência nem condições. Maria viveu como nenhum
outro ser humano a proximidade de Deus e nunca tirou daí qualquer vaidade.
Maria é toda cheia de
graça. Plena da graça de Deus como nenhum santo no mundo o foi. Ela se prontificou
a colaborar com o Plano de Deus. Maria sendo um ser humano como qualquer um de
nós, foi e é a ponte entre nós e Jesus. Jesus atende os seus pedidos,
pois ela jamais lhe pediria algo que não estaria de acordo com a vontade do
Pai.
A pessoa de Maria é
muito importante pois ela gerou, transportou em seu corpo por 9 meses, o
próprio Deus que se fez homem e veio habitar no meio de nós. Por isso hoje
comemoramos o dia em que Maria foi acolhida, completamente, de corpo e alma, no
céu, porque ela acolheu o céu nela, no seu corpo.
O grande valor de Maria reside no fato
de que ela, pela sua humildade e muita fé, mereceu ser a escolhida de Deus para
através da sua pessoa enviar o seu Filho ao Mundo. Deus não precisava de
Maria para realizar o seu Plano de salvação. Porém Ele quis precisar dela,
assim como Ele quer precisar de nós para realizar o seu Plano de salvação da
humanidade, por meio da nossa contribuição
principalmente pela catequese.
Maria assim como todos nós, foi criada
por Deus, portanto ela é filha de Deus. Por outro lado, Maria sendo mãe de
Jesus, e se Jesus provou ser o próprio Deus através dos seus milagres, logo
Maria também é mãe de Deus. Repetindo, Maria é filha de Deus e ao mesmo
tempo é mãe de Deus. É muito simples de entender isso, pois se trata de um
silogismo verdadeiro. Todos entendem, porém nem todos aceitam. Fazem
questão de contestar, e relegar Maria a um plano secundário no projeto de Deus.
Quando estava na casa
de Isabel, Maria recita um cântico a Deus, que ficou conhecido como o
“Magnificat".
Hoje podemos interpretar o Magnificat,
como um tradutor do projeto de Deus: Pois esse canto revela que Deus recorre
aos humildes para realizar suas grandes obras. Ele escolhe aqueles que para o
mundo, são pessoas insignificantes e humildes no sentido pejorativo. No sentido
de desprezíveis, sem nenhum valor social e econômico. No Magnificat encontra-se
o semblante das pessoas “humildes”. Aqueles que na nossa sociedade atual, são
os sem tetos, os excluídos, os sem terras, os desprezados, os rebaixados, os
humilhados, os oprimidos. Para a sociedade atual, humildade é sinônimo de
"sem status". Pois para os "importantes" o certo é
ser arrogante e orgulhoso.
Maria era uma moça humilde no bom
sentido. Isto é, aos olhos de Deus. Foi por isso que ela foi escolhida. E nesse
fato maravilhoso acontecido e atestado, na pessoa de Maria, os cristãos podem
ver claramente que Deus não opera por meio dos poderosos. Ele escolhe os fracos
para confundir os fortes, ou os que se consideram fortes ou poderosos, mas no
fundo ou na realidade, muitos deles não passam de corruptos, que conseguem ser
grandes não pelas próprias forças ou virtudes, mas sim, porque vive
pisando ou explorando os pobres, humildes, inocentes e iletrados.
Caríssimos. A assunção de Maria
foi a sua merecida glorificação no céu. Com Maria são coroadas a entrega e a
dedicação de todos aqueles e aquelas que se dedicam na missão de levar o
Evangelhos a quantos podem. Com a coroação de Maria também é coroada a Igreja
dos pobres de Deus que hoje caminha rumo a eternidade.
A ASSUNÇÃO DE MARIA ACONTECEU ASSIM:
Três anos antes de morrer, ela recebeu
de Jesus o anúncio de sua morte, no monte das Oliveiras. Em sua casa, em
Jerusalém, ela dormiu – daí, a tradição da Dormição de Maria. Jesus veio ao seu
encontro nesse momento. Ele pede aos apóstolos que preparem o corpo e o levem
até um lugar indicado por ele, no vale de Josafá. Quando ali chegam, eles
depositam o corpo de Maria e se sentam à porta do sepulcro. Jesus aparece rodeado
de anjos, saúda-os com o desejo de paz, reafirma a escolha de Maria para que
dela ele pudesse nascer e pede aos anjos que levem a sua alma para o céu. Jesus
ressuscita o seu corpo. Quando o corpo chega ao céu, Jesus coloca a alma
novamente no corpo glorioso e a coroa como rainha do céu (cf. a tradição
apócrifa sobre Maria, agrupada com base em 15 evangelhos apócrifos, em nosso
livro História de Maria, mãe e apóstola de seu Filho, nos evangelhos apócrifos
- 2006b).
A Dormição de Maria nasce da fé em que
Maria não morreu, mas dormiu. E, por ter sido levada ao céu, assunta, nasceu a
terminologia Assunção, usada a partir do século VIII. Essa festa começou a ser
celebrada liturgicamente na Igreja do Oriente, no século VI, isto é, entre os
anos 600 e 700, propriamente no dia 15 de agosto, a mando do imperador
Maurício. A Roma, a festa chegou no século VII.
O dogma da Assunção de Maria,
diferentemente da maioria dos dogmas da Igreja Católica, foi proclamado
recentemente, em 1950, pelo papa Pio XII, com a bula Munificentíssimo Deus. O
texto diz o seguinte: “Definimos ser dogma divinamente revelado: que a
imaculada mãe de Deus, sempre virgem Maria, cumprindo o curso de sua vida
terrena, foi assunta em corpo e alma à glória celestial”.
Mesmo que não esteja dito expressamente
no dogma, a Assunção de Maria é o mais apócrifo dos dogmas. Para a fé,
acreditar que Maria foi assunta ao céu de corpo e alma significa crer, como
afirma Afonso Murad, que “Maria não precisou esperar o fim dos tempos para
receber um corpo glorificado. Depois de sua vida terrena, ela já está junto de
Deus com o corpo transformado, cheio de graça e de luz. Deus antecipou nela o
que vai dar a todas as pessoas de bem, no final dos tempos” (cf. citado por
Faria, 2006b, p.181). (freiJacir de Freitas Faria ).
Prezados irmãos. A assunção de Maria é dogma incontestável. Caso contrário seremos
desligados da fé católica. O papa Pio XII decretou o seguinte a respeito
desse dogma: ...se alguém, e que Deus não o permita, se atrevesse a negar ou
voluntariamente colocar em dúvida o que por Nós foi definido, saiba que
separou-se totalmente da fé divina e católica” (Constituição Dogmática
“Munificentissimus Deus”, 01-11-1950).
Portanto, não se trata de ter uma fé
cega, baseada em dogmas, mas sim, trata-se do devido respeito a mãe de
Jesus a que devemos venerar e dedicar a nossa devoção.
É bem verdade que Jesus disse que tudo o
que pedirmos ao Pai em seu nome, Ele nos concederá. Tem gente que se
prende a esta frase isolada, para dizer que quando precisa pede direto a Deus
por Jesus, como são todas as orações da Santa Missa. Sim, isso é certo, e não
podemos deixar de rezar ao Pai por meio de Jesus. Mas é muito importe também a
intercessão de Maria. Pois é preciso lembrar que Maria, sendo humana como todos
nós, é ela a pessoa indicada para interceder por nós diante de Jesus, o qual
por sua vez irá interceder ao Pai.
Mãe puríssima, ajude-nos a sermos puros.
Mãe castíssima, ajude-nos a sermos
castos.
Mãe imaculada, rogai a Jesus por nós,
para que Ele nos dê força para vencer as tentações, e sermos santos.
Mãe da sagrada família, rogai a Jesus
pela paz nas nossas famílias.
Mãe poderosa, rogai a Jesus para que Ele
perdoa os nossos pecados.
Mãe...
Continue a sua oração. Bom domingo.
José Salviano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário