QUEM NÃO CARREGA SUA CRUZ E NÃO CAMINHA ATRÁS DE MIM, NÃO PODE SER MEU DISCÍPULO. – Olivia Coutinho

Dia 07 de Novembro de 2018

Evangelho Lc 14,25-33

Quantos de nós passamos  pela  vida sem vivê-la, nos iludindo  com uma falsa felicidade, achando mais cômodo fugir dos problemas, do que enfrentá-los. E assim, vamos rejeitando a cruz, enganando a nós mesmos.

A cada dia,  nos   é oferecida uma oportunidade para rever e refazer a nossa vida, a cada amanhecer de um novo dia, Deus  coloca em nossas mãos uma página em branco, na qual  escreveremos  mais um capítulo da nossa  história! O que iremos escrever, vai depender das  nossas escolhas, uma coisa é certa, se colocarmos Jesus como centralidade  da  nossa vida, com certeza, escreveremos uma bela  história!

Não nascemos do acaso, somos frutos do amor de Deus, “plantados” aqui na terra para  produzir frutos, e só iremos  produzir frutos, se ligados a Jesus,  Jesus  é a seiva que irriga todo o nosso ser, que nos transforma em fonte do seu amor no mundo. Ele veio mudar o rumo da nossa vida, dar um novo sentido ao  nosso existir, nos libertar das  nossas muitas  prisões.

Jesus é o caminho, a verdade e a vida, nossa opção por Ele  tem que ser radical, do contrário, seremos um cristão pela metade, começamos a segui-Lo, mas abandonamos o seu barco no meio do caminho, por não termos coragem de enfrentar os desafios  do mar revolto.   

As palavras de Jesus, no evangelho de hoje, exige de nós, uma  tomada de posição: Ou tomemos  a nossa cruz e o seguimos, ou  fiquemos às margens...

 Se estamos dispostos a seguir Jesus, não nos iludamos  com facilidades,  pois este seguimento,  é exigente, implica em mudança radical no nosso modo de viver, exige de nós muito mais do que boa vontade do que entusiasmo,  exige compromisso, fidelidade,  disposição de deixar  muitas coisa para trás, exige consciência do rumo a ser tomado, despojamento de nós mesmo, o assumir a cruz de cada dia! O caminho do Senhor exige também muita sabedoria, requer planejamento, é preciso fazer “cálculos”, afinal,  se trata de investir a própria existência na proposta  de Jesus. Precisamos estar seguros da nossa opção por Jesus, do contrário, corremos o risco de começar uma caminhada com Ele e desistir no meio do caminho, o que seria o maior  fracasso de nossa vida.    

O texto  diz, que grandes multidões acompanhavam Jesus,  é evidente que nem todos estavam decididos a segui-lo de fato, ali estavam também  curiosos, pessoas em busca de milagres, de algum interesse pessoal. Voltando-se para a multidão, Jesus adverte a todos aqueles que desejavam segui-lo, para que pensassem bem antes de tomar essa decisão,  pois a vida de um seu seguidor, não é fácil, é uma vida marcado por desafios, a cruz é inevitável no caminho de um seguidor de Jesus. 

Jesus é categórico: o seguimento a Ele,  implica em desapegar-se de tudo, não somente da família, como até mesmo da própria vida, o que significa colocar o Reino de Deus, presente na pessoa de Jesus  acima de tudo. Se  colocarmos o seguimento à Jesus à frente de tudo, com certeza, os  nossos relacionamentos afetivos ficarão  melhores, afinal, espelhando em Jesus, vamos aprender a conviver com as diferenças, a respeitar o outro, a amar de  forma ordenada...

Existe uma grande  diferença  entre ser cristão e ser discípulo, ser cristão é viver a parte mais  fácil da fé,  ser cristão é gostar de Jesus, é ser admirador de suas palavras, é participar ativamente das celebrações, é somar-se à multidão para louvá-lo! Enquanto que ser discípulo, é tudo isso e muito mais: ser discípulo de Jesus,  significa comprometer-se com Ele,  é abraçar a sua causa, estar com Ele para o que der e vier, assumir todas  as consequências do seguimento a Ele!

O discípulo, é aluno de Jesus, é aquele que aprende  e leva ao outro o  que aprendeu com o Mestre.  É  a partir dai, que o discípulo passa a ser missionário, um continuador da vida de Jesus aqui na terra!

O primeiro passo de quem optou por seguir Jesus, consiste em renunciar a si mesmo, em colocar Jesus como prioridade absoluta em sua vida, o que não significa amar menos o outro,  pelo contrário, quem coloca Jesus como prioridade em sua vida, ama o outro como ama a Jesus, pois Jesus está no outro.

 É amando Jesus, que amamos o outro, é amando o outro que amamos Jesus!    

A opção por Jesus,  não pode subordinar-se a nenhuma outra, por isso, o verdadeiro discípulo de Jesus, deve apresentar-se a Ele, completamente livre de qualquer apego.

FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho