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quinta-feira, 29 de novembro de 2018

ADVENTO, TEMPO DE ORAÇÃO, VIGILÂNCIA E ESPERA – Maria de Lourdes Cury Macedo.


Domingo, 2 de dezembro de 2018.
Evangelho de São Lc 21, 25-28.34-36

Iniciamos hoje o tempo do Advento, o novo ano litúrgico, no qual a Igreja se prepara para celebrar a solenidade do Natal do Senhor. Ao recordarmos o nascimento do Filho de Deus como “primeira vinda do Cristo entre os homens” fortalece em nossos corações a esperança de sua segunda vinda. Portanto, a liturgia do Advento nos convida a vigiar e esperar a vinda Gloriosa do Salvador, pois um dia, o Senhor voltará com poder e glória para instalar plenamente o seu Reino de amor, paz, justiça, enfim um novo céu e uma nova terra. O nascimento e a volta de Cristo caracterizam o Advento como um tempo de espera piedosa e alegre. A liturgia do Advento nos convida à oração e à vigilância para não esmorecermos diante dos obstáculos que surgem na nossa vivência cristã.
Nesse tempo de preparação somos chamados a fazermos um questionamento sério sobre nossa vida pessoal e também sobre o mundo em que vivemos. É um momento privilegiado para avaliarmos se a semente do amor e da justiça lançada por Jesus Cristo no coração dos homens está nascendo e frutificando.
Advento é tempo de espera, preparação e chegada, do nascimento de Jesus em nossas vidas. É tempo de grande compromisso com o projeto de Deus. Durante o ano litúrgico, celebramos várias etapas da vida do Senhor. Em todas elas, sempre se repete o apelo à conversão, à vigilância e ao progresso na fé. Mas o que especialmente marca no tempo do Advento é que vivemos um tempo de espera, de esperança e de acolhimento.
         Esperar alguém requer cuidadosa, amorosa e alegre preparação... É assim que devemos esperar o Natal, a chegada de Jesus. Preparando o nosso coração para acolher Jesus. Ficar alertas e vigilantes para perceber a riqueza, a quantidade de sinais que testemunham, que mostram a presença de Deus em nossa história, em nossa vida.
A partir do momento que Jesus subiu ao céu nós temos que viver esperando a sua volta não com medo, mas com alegria e esperança. A segunda vinda de Jesus tem a finalidade específica de libertar toda a criação. Não sabemos quando, nem como, mas devemos viver como se Ele fosse voltar agora. E viver como? Esperar como? Praticando a justiça e esforçando para transformar o mundo, a humanidade de acordo com o gosto de Jesus.
Jesus já nasceu, é uma presença no meio de nós, e esta presença é manifestada através do nosso testemunho, do nosso exemplo de cristãos. Só assim as pessoas perceberão que Deus existe e está presente no meio de nós. Só assim Deus será manifestado. É bom para nós esperarmos Jesus, com a alma limpa de pecado, com as mãos cheias de boas obras, com o coração repleto de amor, misericórdia, perdão, solidariedade aos irmãos. Assim poderemos levantar a cabeça sem medo. Deverá, sim, ter medo àqueles que rejeitam o projeto de Deus.
A leitura de hoje nos fala de sinais no sol, na lua, nas estrelas, das angústias entre nações assustadas pela fúria das águas e dos homens corajosos, mas que diante da ameaça, fraquejam, temem se sentem impotentes sem ter o que fazer. É preciso que nós entendamos que a linguagem dessa passagem é reconhecidamente simbólica. E não podem ser entendidas ao pé da letra. Este modo de dizer é um modo misterioso de falar sobre as coisas do tempo presente e do poder e a glória de Deus, de julgar aqueles que se opõem ao seu projeto e libertar os que são fieis. Esse jeito de falar quer nos mostrar a ação salvífica do Filho do homem, pois, apesar dos acontecimentos serem descritos de forma terrível, para os cristãos são sinais de esperança, da proximidade da libertação, da garantia da salvação. O “Filho do homem” virá para garantir a vitória da vida sobre a morte e possibilitar à humanidade o reconhecimento da soberania de Deus.
É uma linguagem para tempos difíceis como o que estamos vivendo hoje e que muitas vezes diante do que vemos também nós nos sentimos fracos, medrosos, temerosos, impotentes diante de tanto mal. Mas, a finalidade destes textos é animar as comunidades para continuarem denunciando tudo o que é contra o projeto de Deus e mostrar que Deus está presente na nossa vida, que Ele é o Senhor de tudo, Ele tem poder sobre tudo, até sobre a natureza. Os que são fieis a Cristo não devem temer nada, porque a misericórdia e a presença de Deus se manifestarão junto de todos que lutam por mudanças, por transformações e se preocupam com o bem do próximo.
Os textos dos fins dos tempos, não querem nos amedrontar ou levarmos ao desespero. Ao contrário, são textos realistas, escritos numa linguagem própria da época, que nos querem mostrar que para um mundo novo nascer, vir à luz é preciso passar pelo sofrimento, como um parto. Não é um mundo em sofrimento que estamos vendo diariamente através da televisão, jornais, também através da nossa vida e da vida dos nossos irmãos?
 Nós estamos vendo todos os dias através das notícias que o homem nega o plano de Deus, nega o projeto da Vida para a qual fomos criados. A humanidade não consegue levar com dignidade a condição de imagem e semelhança do Criador e deixa  de corresponder ao sonho de Deus que é de fraternidade, justiça e paz para todos.
Neste tempo de advento nos esforcemos para ficar vigilantes através da oração, da conversão, da alegria e da esperança para que o mundo possa se transformar, e um mundo  novo possa acontecer, sem guerra, sem fome, sem destruição.
Se semearmos as sementes do egoísmo, de violência e de orgulho, estes serão nossos companheiros de viagem. Mas se jogarmos as sementes da esperança e da fé em Cristo, ele será nossa herança feliz. Se a humanidade acolher Jesus, O Mundo Novo renascerá e assim o Reino de Deus ficará visível e instalado no meio de nós. E aí sim celebraremos com dignidade o Natal de Jesus.
        
Abraços em Cristo!
Maria de Lourdes


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