16 de Março - Quarta - Evangelho
- Jo 8,31-42
Se
o Filho do Homem vos libertar, sereis verdadeiramente livres.
Neste
Evangelho, Jesus, através da comparação com o escravo, mostra-nos que a
liberdade que ele oferece é a única verdadeira e definitiva. No mundo, as
coisas são passageiras, como o escravo naquele tempo que ficava passando de
família em família. Jesus não é escravo, mas filho. As obras dele permanecem,
como o filho permanece sempre na sua família. Além disso, a liberdade oferecida
por Jesus é fruto da verdade, e esta não muda. Mas só conhece a verdade quem
permanece na palavra de Jesus: “Se permanecerdes na minha palavra, sereis
verdadeiramente meus discípulos e conhecereis a verdade, e a verdade vos
libertará”.
A
verdade liberta e a mentira escraviza, da mesma maneira que o pecado. Temos de
optar entre a verdade e a mentira. O próprio Cristo é a verdade. A mentira é a
raiz de muitos pecados, assim como a verdade é a raiz de muitas virtudes.
Jesus
declara que a mera descendência natural de Abraão não é garantia de que a
pessoa está com Deus. É Cristo que nos estabelece na autêntica linhagem de
Abraão, pela fé. Entretanto, para sermos discípulos de Cristo, temos de por em
prática a sua palavra.
Abraão
é o pai da fé, uma fé não só de cabeça, mas que o levou a jogar a sua vida na
direção das promessas de Deus, apesar de não conhecer a fundo essas promessas.
Os verdadeiros filhos de Abraão são os que o imitam, jogando-se agora no seguimento
de Cristo.
O
mundo hoje tenta fazer a cabeça de todo mundo, como um rolo compressor. Essa
massificação começa com as crianças, aprofunda-se nos jovens e nestes a
massificação já começa a produzir frutos: drogas, sexo livre, gangues... A
manipulação atinge também o setor religioso; quem não está firme na Palavra de
Deus, não persevera na verdadeira Igreja de Cristo.
É
urgente sermos “discípulos e missionários de Jesus Cristo, para que nossos
povos tenham vida nele” (Documento de Aparecida).
Os
mártires testemunhos que o seguimento de Jesus leva à verdade e está liberta a
pessoa. Mesmo morrendo, eles são mais livres do que muitos que andam pelas
ruas.
Certa
vez, um senhor foi ao hospital visitar um amigo que estava internado, muito
mal. O amigo estava com balão de oxigênio.
O
visitante chegou ao lado da cama e ficou em pé, parado, conversando com ele.
Mas não percebeu que havia pisado na mangueirinha do oxigênio, e assim o doente
não podia mais respirar.
Logo
o doente começou a sentir-se mal e, percebendo a causa, empurrou o visitante
para trás. Foi só este se afastar, pronto, o doente começou a respirar normal e
recuperou a tranquilidade.
Existem
certos “visitantes” que se aproximam de nós interessados no nosso dinheiro, e
não hesitam em destruir a nossa vida, por exemplo, levando-nos ao vício e a
outras coisas que matam.
Quanto
mais perto de Deus, mais livre é uma pessoa. Maria Santíssima era uma mulher
livre. Ela não se submeteu aos tabus da época em relação à mulher: falava em
público, denunciava, fazia longas viagens... Que ela nos ajude a permanecer e
crescer na Palavra do seu Filho.
Se
o Filho do Homem vos libertar, sereis verdadeiramente livres.
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