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domingo, 13 de março de 2016

Comentários Prof.Fernando

Comentários Prof.Fernando
5 ºdom. Quaresma (prep.p/Páscoa) 13 março 2016 “A Adúltera”

O texto a seguir apresenta resumo e adaptação do comentário de G. Brocard sobre João cap.8.
1)     O crime e a criminosa
O Mestre, chegando a Jerusalém vai ao templo para fazer suas orações como bom judeu. Mal chegou e uma pequena multidão o cerca para ouvir suas mensagens. Gritos interrompem. Um grupo de homens empurrando uma mulher. Conduzem-na ao templo para um julgamento, pois fora flagrada como adúltera. D
2)     O dilema
O grupo quer colocar Jesus numa armadilha. Ou o Mestre vai de novo apresentar um ensinamento que não é o oficial e isso servirá para acusá-lo. Ou vai se colocar ao lado dos apedrejadores, cheios de obsessão para a observância estrita preceitos do costume (contra a mulher, pois não aparece nesse episódio o (homem) adúltero). Neste caso o Mestre destruiria ele mesmo os ensinamentos de misericórdia com que apresentava sua Boa Notícia, seu “Eu-angelio”. A arapuca está armada. “Foi Moisés que mandou ... E tu, o que dizes?”
3)     A resposta silenciosa
O Mestre de Nazaré não cai na armadilha. Isaías (ver leitura 1) já dissera: eis o que diz o Senhor que abriu uma passagem através do mar, um caminho em meio às ondas (...) Não vos lembreis mais dos acontecimentos de outrora, não recordeis mais as coisas antigas, porque eis que vou fazer obra nova, e ela já surge, não a vedes? Vou abrir uma via pelo deserto, e fazer correr arroios pela estepe (...) jorrar água no deserto, e correr arroios na estepe, para saciar a sede de meu povo, meu eleito. Note-se que a mesma água que na passagem do povo libertado pelo Mar Vermelho é símbolo do mal e da morte, agora muda seu papel e seve para irrigar a terra e matar a sede do povo. Eis o traço característico da ação divina que não cessa de transformar o mal em Bem, como Jesus o faz para com a vida da adúltera no episódio de hoje. E como o Mestre faz isso? Simplesmente, diante da armadilha armada pelos fariseus, ele começa abaixando-se até o chão, afastando-se do debate no qual queriam derrubá-lo. Em vez de discutir, E diz só uma palavra: Quem não tem pecado seja o primeiro a apedrejar. Palavra de vida que não condena ninguém e cujo objetivo é um só: tornar cada um o autor de seus atos e de sua vida, como se lhes dissesse: “Que cada qual seja autor da própria vida, responsável por seus atos; não quero decidir no seu lugar, mas que cada um responda por si à mesma questão que estão me colocando”
4)     A consciência
Eles se retiram e, diz o escritor deste evangelho, “começando pelos mais idosos”. Parece que em função da idade eles se tornaram mais conscientes do próprio pecado. O Mestre abre um novo espaço para cada um encontrar a própria interioridade. O que escribas e fariseus reprovavam era o que eles temiam em si mesmos (incapazes, porém, de reconhecer): o pecado.
5)      Pensar na própria vida e tomá-la nas mãos
Ousar pensar por nós mesmos! Que confiança nos oferece e para que liberdade nos convida! Ele é, em vez de “grande inquisidor”, o “grande autorizador”. Ele quer que nos tornemos autores de nossas vidas. Em vez de acusar, ele nos leva a nós mesmos. Cada um é convidado a entrar na interioridade e reencontrar sua unidade – a verdade do próprio ser, renunciando comportamentos e palavras de morte na decisão pela vida. No evangelho de hoje escribas e fariseus não se afastam nem humilhados nem furiosos, desejando vingança. Vão embora porque se tornaram conscientes das próprias ambiguidades. Sermos autores de nossa vida e autorizar os outros a viver como autores da própria vida, pois é Deus quem nos diz: “nem eu te condeno”. Quando diz “vá e não peques mais” convidou a mulher salva da morte a não mais “errar o alvo” (significado do termo “pecado” no hebraico bíblico). Mostra que nela confia. É como a gente diria a alguém a quem se ama: “tenho certeza que V. chega lá, eu acredito em Você”. É como se Jesus tivesse dito à mulher salva da morte: “eu lhe abro um caminho novo no deserto da sua vida; então vai, e V. não vai perder mais o rumo.

oooooooo ( * ) Prof. (Edu/Teo/Fil,1975-2012)fesomor2@gmail.com

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