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quinta-feira, 24 de março de 2016

Paixão do Senhor-Claretianos

Sexta-feira, 25 de Março de 2016
Tema: Paixão do Senhor
Isaias 52,13-53,12: Ele foi ferido por causa de nossos pecados.
Salmo 30(31): Ó pai, em tuas mãos eu entrego o meu espirito.
Hebreus 4,14-16;5,7-9: Ele aprendeu a ser obediente e tornou-se causa de salvação para todos os que lhe obedecem.
João 18,1-19,42: Prenderam Jesus e o amarraram.
1Depois dessas palavras, Jesus saiu com os seus discípulos para além da torrente de Cedron, onde havia um jardim, no qual entrou com os seus discípulos.2Judas, o traidor, conhecia também aquele lugar, porque Jesus ia frequentemente para lá com os seus discípulos.3Tomou então Judas a coorte e os guardas de serviço dos pontífices e dos fariseus, e chegaram ali com lanternas, tochas e armas.4Como Jesus soubesse tudo o que havia de lhe acontecer, adiantou-se e perguntou-lhes: A quem buscais?5Responderam: A Jesus de Nazaré. Sou eu, disse-lhes. (Também Judas, o traidor, estava com eles.)6Quando lhes disse Sou eu, recuaram e caíram por terra.7Perguntou-lhes ele, pela segunda vez: A quem buscais? Disseram: A Jesus de Nazaré.8Replicou Jesus: Já vos disse que sou eu. Se é, pois, a mim que buscais, deixai ir estes.9Assim se cumpriu a palavra que disse: Dos que me deste não perdi nenhum (Jo 17,12).10Simão Pedro, que tinha uma espada, puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha direita. (O servo chamava-se Malco.)11Mas Jesus disse a Pedro: Enfia a tua espada na bainha! Não hei de beber eu o cálice que o Pai me deu?12Então a coorte, o tribuno e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o ataram.13Conduziram-no primeiro a Anás, por ser sogro de Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano.14Caifás fora quem dera aos judeus o conselho: Convém que um só homem morra em lugar do povo.15Simão Pedro seguia Jesus, e mais outro discípulo. Este discípulo era conhecido do sumo sacerdote e entrou com Jesus no pátio da casa do sumo sacerdote,16porém Pedro ficou de fora, à porta. Mas o outro discípulo (que era conhecido do sumo sacerdote) saiu e falou à porteira, e esta deixou Pedro entrar.17A porteira perguntou a Pedro: Não és acaso também tu dos discípulos desse homem? Não o sou, respondeu ele.18Os servos e os guardas acenderam um fogo, porque fazia frio, e se aqueciam. Com eles estava também Pedro, de pé, aquecendo-se.19O sumo sacerdote indagou de Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina. 20Jesus respondeu-lhe: Falei publicamente ao mundo. Ensinei na sinagoga e no templo, onde se reúnem os judeus, e nada falei às ocultas.21Por que me perguntas? Pergunta àqueles que ouviram o que lhes disse. Estes sabem o que ensinei.22A estas palavras, um dos guardas presentes deu uma bofetada em Jesus, dizendo: É assim que respondes ao sumo sacerdote?23Replicou-lhe Jesus: Se falei mal, prova-o, mas se falei bem, por que me bates?24(Anás enviou-o preso ao sumo sacerdote Caifás.)25Simão Pedro estava lá se aquecendo. Perguntaram-lhe: Não és porventura, também tu, dos seus discípulos? Negou-o, dizendo: Não!26Disse-lhe um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha: Não te vi eu com ele no horto?27Mas Pedro negou-o outra vez, e imediatamente o galo cantou.28Da casa de Caifás conduziram Jesus ao pretório. Era de manhã cedo. Mas os judeus não entraram no pretório, para não se contaminarem e poderem comer a Páscoa.29Saiu, por isso, Pilatos para ter com eles, e perguntou: Que acusação trazeis contra este homem?30Responderam-lhe: Se este não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti.31Disse, então, Pilatos: Tomai-o e julgai-o vós mesmos segundo a vossa lei. Responderam-lhe os judeus: Não nos é permitido matar ninguém.32Assim se cumpria a palavra com a qual Jesus indicou de que gênero de morte havia de morrer (Mt 20,19).33Pilatos entrou no pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe: És tu o rei dos judeus?34Jesus respondeu: Dizes isso por ti mesmo, ou foram outros que to disseram de mim?35Disse Pilatos: Acaso sou eu judeu? A tua nação e os sumos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?36Respondeu Jesus: O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus súditos certamente teriam pelejado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu Reino não é deste mundo.37Perguntou-lhe então Pilatos: És, portanto, rei? Respondeu Jesus: Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz.38Disse-lhe Pilatos: Que é a verdade? ... Falando isso, saiu de novo, foi ter com os judeus e disse-lhes: Não acho nele crime algum.39Mas é costume entre vós que pela Páscoa vos solte um preso. Quereis, pois, que vos solte o rei dos judeus?40Então todos gritaram novamente e disseram: Não! A este não! Mas a Barrabás! (Barrabás era um salteador.) 19,1Pilatos mandou então flagelar Jesus.2Os soldados teceram de espinhos uma coroa e puseram-lha sobre a cabeça e cobriram-no com um manto de púrpura.3Aproximavam-se dele e diziam: Salve, rei dos judeus! E davam-lhe bofetadas.4Pilatos saiu outra vez e disse-lhes: Eis que vo-lo trago fora, para que saibais que não acho nele nenhum motivo de acusação.5Apareceu então Jesus, trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura. Pilatos disse: Eis o homem!6Quando os pontífices e os guardas o viram, gritaram: Crucifica-o! Crucifica-o! Falou-lhes Pilatos: Tomai-o vós e crucificai-o, pois eu não acho nele culpa alguma.7Responderam-lhe os judeus: Nós temos uma lei, e segundo essa lei ele deve morrer, porque se declarou Filho de Deus.8Estas palavras impressionaram Pilatos.9Entrou novamente no pretório e perguntou a Jesus: De onde és tu? Mas Jesus não lhe respondeu.10Pilatos então lhe disse: Tu não me respondes? Não sabes que tenho poder para te soltar e para te crucificar?11Respondeu Jesus: Não terias poder algum sobre mim, se de cima não te fora dado. Por isso, quem me entregou a ti tem pecado maior.12Desde então Pilatos procurava soltá-lo. Mas os judeus gritavam: Se o soltares, não és amigo do imperador, porque todo o que se faz rei se declara contra o imperador.13Ouvindo estas palavras, Pilatos trouxe Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado Lajeado, em hebraico Gábata.14(Era a Preparação para a Páscoa, cerca da hora sexta.) Pilatos disse aos judeus: Eis o vosso rei!15Mas eles clamavam: Fora com ele! Fora com ele! Crucifica-o! Pilatos perguntou-lhes: Hei de crucificar o vosso rei? Os sumos sacerdotes responderam: Não temos outro rei senão César!16Entregou-o então a eles para que fosse crucificado.17Levaram então consigo Jesus. Ele próprio carregava a sua cruz para fora da cidade, em direção ao lugar chamado Calvário, em hebraico Gólgota.18Ali o crucificaram, e com ele outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio.19Pilatos redigiu também uma inscrição e a fixou por cima da cruz. Nela estava escrito: Jesus de Nazaré, rei dos judeus.20Muitos dos judeus leram essa inscrição, porque Jesus foi crucificado perto da cidade e a inscrição era redigida em hebraico, em latim e em grego.21Os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos: Não escrevas: Rei dos judeus, mas sim: Este homem disse ser o rei dos judeus.22Respondeu Pilatos: O que escrevi, escrevi.23Depois de os soldados crucificarem Jesus, tomaram as suas vestes e fizeram delas quatro partes, uma para cada soldado. A túnica, porém, toda tecida de alto a baixo, não tinha costura.24Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas deitemos sorte sobre ela, para ver de quem será. Assim se cumpria a Escritura: Repartiram entre si as minhas vestes e deitaram sorte sobre a minha túnica (Sl 21,19). Isso fizeram os soldados.25Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena.26Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho.27Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa.28Em seguida, sabendo Jesus que tudo estava consumado, para se cumprir plenamente a Escritura, disse: Tenho sede.29Havia ali um vaso cheio de vinagre. Os soldados encheram de vinagre uma esponja e, fixando-a numa vara de hissopo, chegaram-lhe à boca.30Havendo Jesus tomado do vinagre, disse: Tudo está consumado. Inclinou a cabeça e rendeu o espírito.31Os judeus temeram que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque já era a Preparação e esse sábado era particularmente solene. Rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados.32Vieram os soldados e quebraram as pernas do primeiro e do outro, que com ele foram crucificados.33Chegando, porém, a Jesus, como o vissem já morto, não lhe quebraram as pernas,34mas um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água.35O que foi testemunha desse fato o atesta (e o seu testemunho é digno de fé, e ele sabe que diz a verdade), a fim de que vós creiais.36Assim se cumpriu a Escritura: Nenhum dos seus ossos será quebrado (Ex 12,46).37E diz em outra parte a Escritura: Olharão para aquele que transpassaram (Zc 12,10).38Depois disso, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus, mas ocultamente, por medo dos judeus, rogou a Pilatos a autorização para tirar o corpo de Jesus. Pilatos permitiu. Foi, pois, e tirou o corpo de Jesus.39Acompanhou-o Nicodemos (aquele que anteriormente fora de noite ter com Jesus), levando umas cem libras de uma mistura de mirra e aloés.40Tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no em panos com os aromas, como os judeus costumam sepultar.41No lugar em que ele foi crucificado havia um jardim, e no jardim um sepulcro novo, em que ninguém ainda fora depositado.42Foi ali que depositaram Jesus por causa da Preparação dos judeus e da proximidade do túmulo
Comentário
O quarto poema do servo mostra um personagem paciente e glorificado. Trata-se da narrativa da paixão, morte e triunfo do personagem, marcada por uma introdução e epílogo que o autor coloca na boca de Deus. O conteúdo é claríssimo. Um inocente que sofre. Deixando de lado a doutrina da retribuição que considera o sofrimento como consequência do pecado; enquanto que os culpáveis são respeitados. Mais surpreendente é ainda que o humilhado triunfe e que um morto continue vivendo. O mesmo texto proclama que se trata de algo inaudito. A biografia do servo se apresenta de uma maneira reduzida: nascimento e crescimento (15,2), sofrimento e paixão (3,7) condenação à morte (8), sepultura (9) e glorificação (10-11a). Os que narram os acontecimentos participam neles; são transformados e dão conta desta transformação. Deus confirma a mensagem com seu oráculo. Anula o juízo humano declarando inocente seu servo. Este sofrimento do inocente servirá para a conversão dos demais. Sua vida, paixão e morte foram como uma intercessão pelos demais e o Senhor o escutou. O triunfo do Servo é a realização do plano do Senhor (v. 10). Se depois de ler o texto nos perguntamos: quem é este personagem que sofre até a morte e continua vivo? A quem nos lembra? Sem dúvida, a figura se parece com Moisés ou com Josias, ou o profeta Jeremias. Alguns pensam que é o mesmo servo dos contos precedentes, outros que o profeta Isaías II, outros o identificam com o povo judeu ou o pequeno resto. Uma coisa é evidente: Jesus o messias quis modelar sua vida de acordo com o servo sofredor de Isaías 53.
Cristo tinha muito clara a ideia de que ele devia sofre e morrer e estes eram elementos de sua missão redentora. Sua identificação com o servo de Javé em Marcos 14,24 e seus paralelos sacrificado por todos, é evidente. O Filho do Homem cumpre sua missão de servo de Javé. A partir de que momento o Cristo foi reconhecido como servo de Javé? Desde o Batismo (Mc 1,11 e paralelo Is 42,1). Em São João também aparece muito a ideia da identificação de Cristo com o Servo. Então não é uma identificação posterior que fez da comunidade cristã, mas que é anterior. É possível que o autor tivesse compreendido o significado completo e total talvez não pensou em Cristo, porém si em um personagem posterior que promoveria uma intercessão total. O servo de Javé é uma personalidade corporativa. É Cristo que age pessoalmente e sua atuação repercute em toda a humanidade.
Salmo 30: Em ti, Senhor, me refúgio, não fique eu nunca defraudado
É um salmo de súplica e uma ação de graças. No meio da angústia, o salmista mistura os gritos de socorro com as expressões de confiança porque está certo de que o Senhor é sua rocha e sua fortaleza. Esta confiança do salmista no momento da prova convida a evocar em nós esse mesmo sentimento, certos de que Deus escutará nossas súplicas.
Hebreus 4,14-16;5,7-9
O autor da carta aos Hebreus apresenta Jesus como Sumo Sacerdote, não somente como o responsável do sacrifício como era no Antigo Testamento, mas como o homem cheio de misericórdia, que assumiu todos os sofrimentos do ser humano até a morte, de tal maneira que se converteu no modelo para todos os homens. Sua vida esteve sempre condicionada à vontade do Pai, mesmo em meio ao sofrimento.
Deste sumo sacerdote podemos aproximar-nos com liberdade, sem medo, porque em seu trono é abundante a graça e por sua misericórdia conseguiremos o apoio necessário. Cristo foi chamado por Deus da mesma maneira que Araão e segundo a ordem de Melquisedec, porém já não para oferecer o sacrifício e as oblações, porque ele mesmo é a vítima. É um novo tipo de sacerdote que proporciona a salvação a quantos se aproximam dele e sua grande tarefa é conduzi a todos ao Pai.
Leitura da Paixão: João 18,1—19,42
A narrativa da paixão, segundo São João, apresenta a imagem de Jesus, forjada pelo evangelista através de todo seu evangelho: um Jesus revelação do Pai, ao mesmo tempo que se revela na plenitude do amor. Ainda pendente da cruz, sua vida e sua morte constituem uma vitória pois “tudo foi cumprido”, como era a vontade do Pai.
As orações comunitárias
As orações que a liturgia propõe expressam os sentimentos que movem a comunidade cristã. A universalidade desta oração inclui inclusive pessoas que não pertencem à Igreja e que não creem em Deus. A morte de Jesus é uma proposta para que todos unidos participemos realmente da nova história que surge da cruz vitoriosa.
Reflexão para hoje
A morte foi o grande mistério que preocupou a humanidade através de toda sua história. Mesmo que este tenha pretendido negar todas as verdades, contudo há uma que nunca pode ser rejeitada: a realidade da morte. Nem sequer os ateus mais recalcitrantes se atreveram a negar que eles também um dia vão morrer.
Para o pagão, a morte era uma verdadeira tragédia; não tinha ideia clara sobre o além, por isso não obstante admitirem a existência no além, dita existência estava rodeada de obscuridade e enigmas. Além disso, nem todos admitiam uma vida depois da morte pois significava um desaparecer total, um fim de todas as esperanças, a frustração de todos os anseios. Os próprios judeus aceitavam a ressurreição, porém a estendiam ao fim da história. Para os discípulos, a situação era muito desalentadora; eles esperavam um Messias terreno que ia reviver as glórias do reinado de Davi e Salomão, porém, suas ilusões se desvaneciam como a espuma. Essa sensação de desalento está claramente expressada por um dos discípulos de Emaús: Nós esperávamos que seria ele quem resgataria Israel, mas com tudo isso, já são três dias des que tudo isto aconteceu (Lc 24,21).
A morte de Jesus foi um acontecimento trágico; seus inimigos haviam conseguido o que pretendiam: tirá-lo do meio da sociedade; os fariseus, porque havia desmascarado sua hipocrisia; os sacerdotes porque havia denunciado o vazio de um culto formalista; os saduceus porque havia refutado a negação da ressurreição; os ricos porque havia desmascarado a injustiça de suas ações; os romanos porque pensaram que era um sedicioso.
Jesus morreu abandonado por todos; seus discípulos fugiram, os judeus o desprezavam; o Pai se fez de surdo a seu clamor; essa tarde na cruz pregava o corpo de um julgado, condenado por uma justiça humana e rejeitado por seu povo. Parecia que o ódio tinha vencido o amor; o poder, vencido a debilidade de um homem; as trevas, vencido a cruz; a morte, vencido a vida. Aquela tarde, quando as trevas caíram sobre o monte Calvário parecia que tudo havia terminado e os inimigos de Jesus podiam por fim descansar tranquilos.
Porém, no mais profundo dos acontecimentos, a realidade era diferente. Jesus não era um vencido, mas um triunfador; não o aprisionava a morte, mas se havia liberado do seu abraço mortal; o que parecia ignomínia se transformou em glória; o que muitos pensavam que seria o fim, não era senão o começo de uma nova etapa da história da salvação. A cruz deixou de ser um instrumento de tortura para converter-se no trono de glória do novo rei e a coroa de espinhos que cingiu sua cabeça é agora um diadema de honra.

Ao morrer, Jesus deu um novo sentido à morte, à vida e à dor. A pergunta desesperada do homem sobre a morte encontrou uma resposta. Porém, isto não significa que possamos cruzar os braços e nos considerar contentes em saber que a morte de Jesus significou uma mudança na vida da humanidade. Esta mudança deve se manifestar em nossa existência porque ele não aceitou sua morte com a resignação de quem se submete a um destino implacável, mas como quem aceita uma missão de Deus. Por isso sua morte condena a injustiça dos crimes e assassinatos, porém pede que façamos algo contra a injustiça porque não somente condena a exploração dos oprimidos, como também nos pede melhorar sua situação; a morte de Jesus não somente é uma rejeição do abandono das multidões, mas que exige que nos aproximemos do desvalido. Sua morte não é somente uma lembrança que vivemos a cada ano, mas um chamado a melhorar o mundo, a destruir as estruturas de pecado; a restabelecer as condições de paz; a construir uma sociedade baseada na concórdia e a justiça como colaboração. Jesus continua morrendo em nossos bairros marginalizados, nos soldados e guerrilheiros que jazem nas selvas, no sequestrados e prisioneiros, nos enfermos e nos ignorantes. A nós toca-nos soltar o mesmo grito de Jesus pronunciou quando disse: “Pai, por que me abandonaste”; que esse grito se converta em esperança: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”.






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