QUINTA FEIRA DO TEMPO 07/04/2016
1ª Leitura Atos 5, 27-33
Salmo 33(34),2 “Bendirei continuamente o Senhor, seu louvor não
deixará meus lábios”
Evangelho João3, 31-36
Nos versículos finais do capítulo 3 de São João, está o relato de
uma polêmica envolvendo as comunidades Joaninas. É quase que a única passagem
no Novo Testamento, onde é mencionado que Jesus Batizava na Judéia enquanto que
João Batista batizava em Enon.
Como acontece ainda hoje, a Comunidade Joanina sentiu ciúmes e
inveja porque alguém estava fazendo o mesmo que o seu mestre João, e logo
começaram as discussões sobre a questão da purificação, a ponto dos discípulos
de João irem “denunciar” o outro “Batista”que já estava ficando mais famoso que
o próprio João.
Essa “rixa” entre as comunidades cristãs tradicionais, e as
Joaninas, sempre houve e parece que o autor do quarto evangelho, pretendeu, com
essa passagem encerrar essa discussão inútil e descabida, sobre quem era
superior: Jesus de Nazaré ou João Batista.
E a conclusão final está no evangelho de hoje 3, 31-46 onde somente
o primeiro versículo já pôs fim ao debate “Aquele que vem de cima, aquele que
vem do Céu é superior a todos. E aqui voltamos lá no início da aula de
catequese que Jesus deu a Nicodemos: “Se tenho vos falado de coisas terrenas e
não acreditais, como podereis acreditar se eu vos falar de coisas Celestiais?”.
O fato é que, essa polêmica das comunidades Joaninas, conclui de
maneira esplendorosa a aula de catequese de Jesus, que saindo da sala de
catequese, foi para a prática. Céu, palavra largamente empregada por João,
designa lugar de Deus, ora, se Jesus veio do Céu, e dá testemunho das
realidades celestes, então ele é Deus!
Não há, portanto, ao homem, nenhuma alternativa para desfrutar da
amizade e do Amor que Deus oferece que não seja a Fé em Jesus Cristo, Ele e
somente Ele, nos dá a Vida Eterna, que no mesmo evangelho de João, é chamada de
Vida Plena, porque supõe o homem na sua totalidade e não apenas o Espírito como
imaginavam os gregos influenciados pelo Gnosticismo, para os quais o corpo é a
prisão da Alma. A graça é Vivificante, inclusive para o corpo, por isso é
Eterna e não sucumbe na morte biológica. Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa
Senhora Consolata – Votorantim SP – E-mail cruzsm@uol.com.br)
Nenhum comentário:
Postar um comentário