Segunda-feira, 19 de Outubro de 2015
Romanos 4,20-25: Abraão foi justificado por
sua fé
Interlecional Lucas 1: Bendito seja o Senhor,
Deus de Israel, porque visitou seu povo
Lucas 12,13-21: Cuidai de toda forma de
cobiça.
13Disse-lhe então alguém do meio do povo:
Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança.14Jesus respondeu-lhe:
Meu amigo, quem me constituiu juiz ou árbitro entre vós?15E disse então ao
povo: Guardai-vos escrupulosamente de toda a avareza, porque a vida de um
homem, ainda que ele esteja na abundância, não depende de suas riquezas.16E
propôs-lhe esta parábola: Havia um homem rico cujos campos produziam muito.17E
ele refletia consigo: Que farei? Porque não tenho onde recolher a minha
colheita.18Disse então ele: Farei o seguinte: derrubarei os meus celeiros e
construirei maiores; neles recolherei toda a minha colheita e os meus bens.19E
direi à minha alma: ó minha alma, tens muitos bens em depósito para muitíssimos
anos; descansa, come, bebe e regala-te.20Deus, porém, lhe disse: Insensato!
Nesta noite ainda exigirão de ti a tua alma. E as coisas, que ajuntaste, de
quem serão?21Assim acontece ao homem que entesoura para si mesmo e não é rico
para Deus.
Comentário
O texto de
hoje toca uma das maiores tentações humanas: a riqueza, entendida como o puro e
simples acúmulo de bens. Nenhum animal acumulou jamais na natureza uma fortuna.
Seu intento natural leva a cada um a defender o território que necessita para
sobreviver, porém nunca a acumular bens que não possa consumir. O ser humano,
ao contrário, carecendo desse instinto, se lança na acumulação de todo tipo de
coisas que incrementam seu “valor” social. Muitas religiões, incluída a cristã,
tem insistido em libertar o ser humano dessa tentação, que engendra não pouca
violência e maldade, porém nenhuma conseguiu resultados satisfatórios.
Chega-se, inclusive, a construir grandes sistemas doutrinais para justificar
algo que é totalmente absurdo, tanto na ordem racional como na transcendente.
Para Jesus, as riquezas que vão mais além dos recursos vitais são absolutamente
injustificadas e tornam o ser humano embrutecido e insensato. Nós gostaríamos
talvez que Jesus não nos dissesse isto porque em nossa cultura a riqueza é um
valor quase inestimável. Contudo, Jesus é totalmente claro nisso e não nos
deixa espaço para dúvidas nem fantasias.
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