22- Quinta - Evangelho - Lc 12,49-53
Neste evangelho, Jesus mais uma vez nos mostra o seu amor, convidando-nos a conhecer sua missão em meio às alegrias e dificuldades. Jesus veio nos trazer o Espírito Santo, o Espírito de amor, o Consolador, Aquele que nos ensina todas as coisas.
Jesus
nos deixa o exemplo: Ele que é o Rei se fez pequeno quando pediu a João Batista
para o batizar, batismo esse que nos dá força em meio ao combate espiritual,
onde a carne e o espírito conseguem vivenciar dentro de uma fraternidade de
amor e paz. Após o batismo, somos chamados a vivenciar os frutos do
Ressuscitado para que possamos ter uma vida plena e cheia do Espírito Santo.
Jesus
era consciente de que um efeito (ainda que não desejado) do seu trabalho ia ser
causa de divisão entre os partidários do imobilismo e os que lutam por um mundo
novo. Por isso inflamou a ira dos funcionários do templo e de todos os que se
consideravam donos da verdade. O fogo da Palavra de Deus não era para
funcionários lúgubres saturados de doutrinas e sedentos de poder.
Mas
o fogo de Jesus não é o fogo das paixões políticas. É o fogo do Espírito que
tem que ser aprovado na entrega total, no batismo da doação pessoal. É um fogo
que prende aí onde se abandonaram os interesses pessoais e se busca um mundo de
irmãos.
A
paz de Jesus é um fogo purificador que não se confunde com a “Pax Romana”,
aquela paz que Roma (e qualquer império) se esforça por proclamar. Esta é só
uma tranquilidade institucional que garante a vantagem dos opressores sobre os
oprimidos, do império sobre os subalternos, da injustiça sobre o direito.
O
fogo purificador de Jesus faz amadurecer os mensageiros, os discípulos, os
profetas, os apóstolos. O destino deles, como o do mestre, é sair ao encontro
da obscuridade com um clarão que põe às claras tudo o que a ordem atual
esconde. O fogo põe as claras também as deficiências pessoais, as ambições
subterrâneas, os desejos reprimidos. O fogo que se prova com a entrega total ao
serviço do evangelho.
Devemos
observar que o Senhor Jesus Cristo não está atacando o relacionamento familiar,
mas indica que nenhum laço terreno, embora muito íntimo, poderá diminuir a
lealdade a Ele.
Essa
lealdade pode até mesmo causar em determinados membros de uma família que eles
sejam afastados ou ignorados pelos outros por terem escolhido seguir a Cristo
Jesus.
Podemos
resumir que o Senhor Jesus Cristo se refere a espada por ser um instrumento
cortante e que na qual a sua vinda causará separação em muitas pessoas, não
porque Ele quer, mas pela opção de cada um em segui-lo como Senhor e salvador.
Pai,
que o batismo de Jesus, por sua morte de cruz, purifique-me de todo pecado e de
toda maldade, como um fogo ardente, abrindo o meu coração totalmente para ti.
bela reflexão.
ResponderExcluirbela reflexão.
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